FONTE: UNAMET MT com Diário de Cuiabá | FOTO EM DESTAQUE: Victor Ostetti / MidiaNews
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) solicitou à Secretaria de Estado da Saúde (Ses-MT) dados referentes à aquisição de 1,4 milhão de comprimidos de ivermectina por R$ 2,8 milhões, sob a taxa de R$ 2,05 segundo o tablet. com isso o valor pago através de alguns municípios de Mato Grosso.
O pedido de explicação do órgão estadual aprovado pela Assembleia Legislativa na semana passada, informou à Ses-MT que o momento é uma pandemia e várias cotações orçamentárias foram feitas e a opção pelo menor valor.
Segundo Lúdio Cabral, a aquisição pelo governo estadual de 350 mil caixas de ivermectina foi citada na semana passada pelo depoimento do diretor executivo da Farmácia Vitamedic, Jailton Batista, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a pandemia no Senado.
“Buscamos os contratos e soubemos que o Estado pagou muito mais do que os municípios pela pílula de ivermectina”, disse por meio da assessoria de imprensa. “Há uma série de lacunas e inconsistências no contrato entre o governo de Mato Grosso e a Vitamedic que eles querem esclarecer, como o fato de que o contrato fala primeiro de uma unidade como caixa e depois como pílula. O fato é que o Estado pagou R$ 2,05 de acordo com o tablet ivermectin”, acrescentou.
Na investigação, Lúdio soube que a cidade de Cáceres fez a compra mais barata, segundo ele, eram 500 mil comprimidos a R$ 0,28 cada. O deputado também menciona Juína e Nortelândia que compraram 10,3 mil e 1,5 mil unidades, respectivamente, e pagaram R$ 0,95 consistentes com tablet, Alto Taquari comprou 3. 000 comprimidos a R$ 1 cada e Alta Floresta comprou 20 mil comprimidos a R$ 1,18 cada.
“O Estado vai ter que explicar por que pagou esse valor ao mesmo tempo que os municípios mato-grossenses pagaram um valor muito menor por quantias muito menores dessa droga. Por que Cáceres comprou comprimidos de ivermectina por R$ 0,28 de acordo com a unidade e o estado de Mato Grosso pagou R$ 2,05 de acordo com tablet?Por que o Estado pagou tanto e comprou 4 vezes mais por um valor sete vezes maior consistente com o consistente com a unidade?Lúdio perguntou.
CPI
O médico da saúde Lúdio Cabral é o autor do pedido de abertura de um ICC sobre a Pandemia na Assembleia Legislativa, cujo objetivo é investigar os movimentos e omissões imagináveis do Estado no controle da pandemia, o que possivelmente teria causado a Mato Grosso a maior mortalidade do Covid-19 no Brasil. Em sua avaliação, a aquisição de ivermectina para esse montante é mais um fato que reforça o desejo de abertura da CPI no estado.
Por meio da Ses-MT, o governo estadual esclareceu que a aquisição de comprimidos de ivermectina ocorreu em um momento crítico na pandemia Covid-19, quando a droga foi solicitada a ser superior ao fornecimento. “Diante desse contexto e favorecendo o atendimento à população, o Estado tem citado diversos orçamentos e optado pelo menor valor. O controle estatal fez a aquisição diretamente com o fabricante do componente”, enfatizou.
Para o governo, a comparação entre o item adquirido através do município de Cáceres e o produto adquirido através do estado é irrelevante, uma vez que o que é adquirido através do município é um medicamento formulado ou manipulado. “O Estado tem o direito de comprar produtos, que são regulados através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, disse.
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