Acusado de matar ex e filho, na PCMG após ser solto por engano

Após ser solto por engano da fórmula criminal na última terça-feira (24), Paulo Henrique da Rocha, 35, já retornou à Unidade III do complexo prisional público de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. acompanhados por advogados da Polícia Civil.

Os dados foram divulgados pela Secretaria de Justiça de Minas Gerais (Sejusp-MG), que informou que entrou na fórmula criminal às 17h30. m. O homem é acusado de matar a ex-namorada Tereza Cristina Peres de Almeida, 44. e seu filho Gabriel Peres, 22, em 2019, na comunidade do Ipiranga, na região Nordeste de Belo Horizonte.

O homem foi solto após um erro imaginável relatado através do advogado da família das vítimas, à Seção de Autorizações de Soltura da Polícia Civil (Setarin) de Belo Horizonte.

O advogado da família das vítimas, Thiago Cruz, apontou a libertação de Paulo, poucos dias antes do julgamento, por um grave erro.

“Pedi ao meu cônjuge para ir ao Fórum e no processo, ele realmente viu o sistema penal, e o libertou porque não tinha um mandado de prisão assinado. Inicialmente, dissemos que houve uma falha de Setarin, da Polícia Civil, que não assinou o mandado de prisão. Setarin enviou um e-mail para a 2ª Vara do Júri e, sem demora, a 2ª Vara do Júri mandou prendê-lo e retomou”, explicou.

O novo mandado de prisão de Paulo Henrique expedido nesta quarta-feira (26). Thiago Cruz relata que o círculo de parentes teve que substituir seu regime após a libertação do suspeito.

O advogado garante que vai registrar uma petição na Segunda Vara de Justiça de Belo Horizonte para solicitar explicações ao Ministério Interno da Polícia Civil. “Amanhã eu submeto este pedido. Não vou me contentar com isso de graça. Então o cara mata meus consumidores e é isso”, disse ele.

Respostas

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança e Justiça (Sejusp) indicou que a soltura dos detentos é por meio do Poder Judiciário e que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) é culpado apenas pelo cumprimento, após verificação dos impedimentos e análise de documentos que se enquadram na competência da Polícia Civil de Setarim.

A Sejusp ressalta e esclarece que na época da soltura de Paulo Henrique da Rocha, no dia 2 de agosto, às quatro horas, não houve impedimento para sua soltura, por isso o alvará de soltura foi executado através da unidade penal sem irregularidades. Sistema Integrado de Defesa Social – PSI, mandado de prisão emitido e registrado nesta fórmula verificado na data de 26/08/2021, dois dias após sua liberação”, diz o auto em nota.

O Fórum Laffayete, em Belo Horizonte, também observou por nota que a juíza Mirian Vaz Chagas, da Vara de Execução Penal da Comarca de Ribeirão das Neves, emitiu um alvará de soltura pendente em sua jurisdição.

“Nesses casos, antes de prosseguir com a liberação, a autoridade culpada verifica se há algum impedimento no sistema. Há uma ordem judicial referente ao caso belo-horizontino, que chegou a consultar e impediu qualquer outro pedido de soltura do acusado, rejeitado em março deste ano, justamente por causa da ocorrência, no sistema, do mandado de prisão da 2ª Vara do Júri”, diz a nota.

O Fórum informou que após ser informado por meio da Setarin que o acusado Paulo Henrique Rocha havia sido solto, “embora haja um mandado de prisão preventiva expedido através do II Tribunal do Júri, o juiz Ricardo Sávio emitiu um mandado de prisão por reconquista”.

Também por nota, a Polícia Civil informou que um procedimento administrativo foi instaurar para investigar os fatos. “Além de conduzir investigações técnicas sobre o dever imaginável dos funcionários, e referindo-se a uma brecha que levou à imprecisão da formalização. “da licença de liberação”, disse ele em um comunicado.

A Polícia Civil também disse que estava revendo protocolos para torná-los ainda mais rigorosos. “Otimizar a verificação e certificação de situações para obtenção de licenças de entrada, que estarão relacionadas à intensificação da qualificação dos servidores”, explicou em nota.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *