27/08/2021 05:20, atualizado em 27/08/2021 09:45
São Paulo – A nova secretária de Cultura da capital paulista, Aline Torres, experimentou uma ascensão meteórica no traçado da Prefeitura de São Paulo, e há uma semana foi nomeada subsecretária de Inovação e Tecnologia, com a demissão de Alê Youssef, porém, o desafio mudou.
Embora seja nova no gabinete do prefeito, Aline tem quase duas décadas de ativismo e política sob seu comando. Aos 16 anos, ela se inscreveu no Educafro, organização que visa promover a inclusão de negros e jovens no ensino superior. Aos 18 anos, filiou-se à juventude do PSDB.
Em entrevista à Metropoles, ela explica como mapeou esse caminho: “Nunca fui mulher de esquerda ou de direita. Eu tenho sido um usuário de diálogo, de construção de pontes. Segundo ela, sua luta diária é fortalecer os outros, “porque alguém me fortaleceu para chegar aqui”.
Aline Torres é a nova secretária de Cultura de São Paulo Fábio Vieira/Metrópoles
Aline assume a presidência de Alê YoussefFábio Vieira /Metropoles
Aline ingressou no PSDB no início dos anos 2000, emigrou um ano para MDBFábio Vieira/Metrópoles
“Ser mulher nessa área é uma conquista dolorosa e persistente”, diz Fábio Vieira/Metropoles.
Aline é formada em Relações Públicas Fábio Vieira/Metrópole
Foca-se nas mulheres e na população negra que, segundo ela, constituem a maioria da população, são uma minoria nos espaços de poder.
“Queremos substituir essa estrutura. Isso se repete nos partidos, os líderes do Psol são homens e brancos. [Guilherme] Boulos um candidato branco, Bruno [Covas] também. Queremos substituir os espaços de alguns, juntamente com outras mulheres negras “e personagens”, argumenta.
Enquanto a situação não muda, Aline evacua: “Ser mulher em tal área é uma conquista dolorosa e persistente”.
Como chefe do Departamento de Cultura, ela será culpada pelo compromisso do prefeito Ricardo Nunes (MDB) com o compromisso com as políticas existentes para elevar a agenda do setor.
O acesso de Aline ao PSDB foi por acaso: aos 18 anos, ela e uma barraqueira se encontraram com o ex-governador Geraldo Alckmin no dia em que se opuseram a um serviço no Posto de Atendimento ao Trabalhador da Capital (PAT). Paulo.
“Geraldo fazendo uma inspeção no local com as secretárias, e meu amigo o chamou para um canto e reclamou que o garçom estava distribuindo as batatas fritas”, diz.
Na época, uma assessora da estagiária na época disse que investigaria o caso e alguns dias depois, ela e a amiga foram convidadas a ir ao Palácio dos Bandeirantes, onde souberam que, pela denúncia, a gerência descobriu que o trabalhador da tarefa nepasstiante do cargo cede e que a fórmula mudaria.
“Tivemos o prazer de saber que alguns de nossos dados tinham feito algo para o bem-estar da sociedade”, diz ele. “Então esse assessor disse que éramos muito ativos e nos perguntou se estávamos interessados em aderir ao PSDB. “
Foi assim que Aline se juntou ao partido e se aproximou do ex-governador. “Estudei muita política, partido, fiz tudo no PSDB.
No ninho tucano, ela descobriu que estava concorrendo como candidata a deputada estadual em 2018, mas pode não ganhar uma cadeira na legislatura estadual. Nas próximas eleições, em 2020, ela tentou ocupar um cargo de vereadora, mas para o MDB, atual partido do prefeito.
Ela lembra que outras pessoas tiveram dificuldade em perceber seu papel em ambos os lados. “Eu ouvi muito ‘ah . . . Aline é do movimento negro, ajudou muito, mas você não pode votar no MDB’ e outras pessoas não percebem o PSDB e o MDB, acham que são mais de direita do que qualquer outra coisa. É obrigatório perceber a estrutura da vida do outro, colocar-se na posição do outro.
Para as eleições de 2022, prevê uma intensificação da polarização, mas baseia-se na empatia. “Temos que verificar para construir a conexão de outras pessoas que podem fazer o movimento de escuta. “
“Vou deixar essa medalha na porta todos os dias para você valorizar”, disse Bruna.
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