POR G1 AM
Um homem de 51 anos morreu na manhã deste sábado (28), em decorrência de rabdomiólise, em Itacoatiara, interior do Amazonas, desde o dia 21 deste mês 26 casos da doença se manifestaram no estado, e esta é a primeira morte.
Os casos de rabdomiólise registrados no Amazonas estão relacionados à doença de Haff, conhecida como “doença da urina negra”. Os pacientes relatam comer peixe antes dos sintomas aparecerem, mas a contaminação do peixe ainda foi confirmada.
A primeira morte por rabdomiólise foi mostrada por meio da Fundação de Vigilância em Saúde da Amazônia (FVS-RCP). A mulher estava internada desde sexta-feira (27) no Hospital Regional José Mendes, na Vila do Novo Remanso, zona rural da cidade.
Dos 26 casos apresentados, 24 foram em Itacoatiara, 1 em Caapiranga e 1 em Manaus. Equipes da FVS e da Fundação de Medicina Tropical (FMT-HVD) estão em Itacoatiara desde quinta-feira (26) para monitorar o surto da doença. .
Pesquisa permanece livre de contaminação de peixes
A secretária de Saúde de Itacoatiara, Rogéria Aranha, informou que a investigação epidemiológica observou que os pacientes se alimentavam de peixes antes dos sintomas aparecerem, mas ainda não é possível especificar que o alimento estava contaminado.
Segundo ela, serão abertos caminhos de estudos com acadêmicos para verificar e identificar a causa da infecção.
“Embora tenhamos identificado cientificamente a causa, estamos fazendo essa pesquisa ativa. Orientar os cuidados com a preparação dos alimentos e o uso racional da informação. Assustamos a população”, disse ele.
O infectologista Marcelo Cordeiro, que lê rabdomiólise desde 2008, não propõe que outras pessoas evitem comer alimentos porque, segundo ele, são “casos específicos”. Para ele, está cumprindo as regras da vigilância epidemiológica. .
“Não localizamos regularmente casos graves, e é vital manter todas as linhas consultivas da Fundação de Vigilância em Saúde, pois o procedimento de investigação de casos é conhecido se, por acaso, há um local expresso. Medidas adequadas serão tomadas e, se necessário, será aconselhada a interrupção do consumo ocasional”, explica.