Os assassinatos de outros aborígenes aumentaram 22% em uma década, enquanto os homicídios em geral caíram 20%.

julia barbon

A taxa de homicídios de outros indígenas aumentou 22% entre 2009 e 2019, para homicídios em geral no país, que caíram 20% no mesmo período, segundo dados analisados pela primeira vez através do Atlas da Violência, publicado nesta terça-feira, 31).

Neste grupo expresso, as mortes aumentaram de 15 para 18,3 consistentes com 100. 000 habitantes durante a década; o índice brasileiro passou de 27,2 para 21,7; ambos os números diminuíram para 2017 e 2018.

O levantamento foi baseado no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), vinculado ao Governo do Espírito Santo.

“Esse conhecimento é apenas a ponta do iceberg do que o território indígena está enfrentando, usamos com cuidado. Eles são inteligentes porque revelam violência fatal, mas também querem falar sobre a qualidade desse conhecimento”, diz o pesquisador Frederico Barbosa, do IPEA.

Considerando os números absolutos, foram registrados 136 assassinatos de indígenas em 2009, o início da série antiga, que depois oscilou com uma tendência de alta nos anos seguintes, chegando a 247 em 2017 e depois descendo para 186 em 2019.

Os estados com as taxas são Rio Grande do Norte (68,8 óbitos consistentes com 100 mil habitantes), Roraima (57), Mato Grosso do Sul (44,8) e Amapá (30,1). taxas globais de homicídios nesses lugares.

Segundo Barbosa, “é muito provável” que um componente significativo dessas mortes seja semelhante a disputas territoriais, atividades agrícolas, exploração madeireira e a reaproximação de outras atividades econômicas em territórios indígenas, mas não é imaginável detalhar o que aconteceu em cada um. caso. . . .

Os números são publicados em um momento em que o STF (Supremo Tribunal Federal) está debatendo a delimitação de terras indígenas no país, decisão que será retomada na próxima quarta-feira (1). O tribunal terá que analisar a tese do atraso, questão que também está em discussão no Legislativo.

O agronegócio está pressionando a corte para que outras pessoas tenham apenas o direito de terra que já estava ocupada até 5 de outubro de 1988, quando a Constituição foi promulgada. Brasília essa semana.

O Atlas publicou nesta terça-feira destacando que “a violência física é responsável por toda a violência étnico-racial e simbólica sofrida por essa população desde o nascimento do Brasil” e cita “casos de abuso de poder, burocracia sistemática ou não sistemática de assédio, criminalização de líderes indígenas e movimentos sociais, ameaças, violência sexual, etc.

Neste mês, por exemplo, a Repórter Brasil revelou que o exército havia criado um “cantinho de abuso” para os indígenas venezuelanos que estavam no abrigo Pintolândia, em Boa Vista (RR). habitação.

Um dos casos relatados a membros do Ministério Público Federal e da Ouvidoria da União uma inspeção maravilhosa no abrigo no dia nove de agosto foi o ataque a uma mulher cujos braços, coxas e costas estavam machucados, segundo reportagem publicada. através da Folha.

O Atlas que os povos indígenas contêm 896,9 mil americanos e, em 2010, representava 0,4% da população nacional, naquele ano 81% dos municípios brasileiros possuíam pelo menos um indígena residente.

A revisão também cita outros relatórios sobre o assunto. Um deles é o “Conflitos no Campo”, por meio da Comissão Pastoral da Terra, que calculou uma média de cinco desses conflitos em consonância com o dia de 2019, o maior número em 10 anos, com um total de 32 assassinatos, sendo os principais indígenas os mais afetados. sem terra, colonos e chefes agrários.

O “Relatório de Violência contra os Povos Indígenas no Brasil”, por meio do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), destaca o registro de 256 casos de “invasões possessivas, exploração ilícita de recursos e danos à propriedade” em pelo menos 151 terras indígenas, de outras 143 pessoas em 23 estados, um aumento de 135% em 2018.

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