Brasil tem 20 anos para se preparar para um contingente gigante de idosos

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 20 anos, o percentual de idosos dependentes de outras pessoas na população economicamente ativa será maior do que o de outros jovens idosos de 0 a 14 anos. Em pouco tempo, o grande número de idosos no país terá um impacto socioeconômico de longo alcance.

Desafios que ainda não foram resolvidos no Brasil, como a expansão do mercado de trabalho para outros idosos ativos e o fortalecimento da rede de atenção a outros idosos frágeis, podem levar a uma situação caótica para os idosos do futuro, caso não sejam feitos planos inteligentes. começou agora, do ponto de vista dos especialistas.

“A pandemia, tão absurdamente implacável quanto é para os idosos, os levou à discussão. É quando a sociedade começa a se preocupar em não deixar as outras pessoas morrerem. E isso aconteceu mesmo nos menores núcleos da família, onde a ideia do neto tinha que colocar uma máscara para proteger sua avó”, disse Fernanda Matos, presidente do Conselho Municipal do Idoso. Os outros anciãos continuam preconceituosos. E vem da não aceitação do outro, do outro. “. Antes, em todos os processos de preconceito, outros morriam ou permanecia escondidos. Mas hoje, os idosos estão no ônibus, no mercado de lição de casa, no teatro. Ele é a minoria, mas ele não será mais.

Para a demógrafa e analista do IBGE Luciene Longo, o Estado quer urgentemente criar métodos para responder à população idosa em desenvolvimento, investindo em serviços públicos comprometidos com esse grupo”. Mesmo com os efeitos sobre a população idosa de Covid, a tendência é que a população continue envelhecendo e tenha uma expectativa de vida mais longa. Hoje temos um componente gigante da população na faixa economicamente ativa, mas em pouco mais de 20 anos serão pessoas mais velhas”, revela. O maior número de brasileiros tem cerca de 35 anos.

A taxa de fecundidade das mulheres brasileiras vem diminuindo com frequência, o que converte a distribuição das famílias. Hoje, é muito mais comum localizar mulheres que tomaram a decisão de ter apenas um filho ou que optaram por não ter um. “não atualize o outro. E o fato de as famílias terem apenas um filho tem apenas mais um impacto. Se a criança vai morar em outra cidade, quem cuida dos pais?Segundo ela, para que o equilíbrio da economia não se desequilibre, a tendência é que, no futuro, o país inspire as famílias a ter mais filhos, como outras nações que experimentaram um envelhecimento imediato da população.

A preparação individual é importante.

O país terá que planejar atender às demandas do envelhecimento, mas cada indivíduo também pode preparar seu corpo e cérebro para esse processo, um exemplo disso é o aposentado Afonso Cappai, que se prepara para a longevidade desde a juventude. Aos 35 anos, começou a correr e começou sua carreira atlética. Hoje, aos 76 anos, ele mira 260 km consistente com o mês.

Durante a pandemia, para não ter que evitar a paixão, ele começou a acordar às quatro da manhã para colocar proteção física nas ruas abandonadas, mesmo assim, dependendo da máscara, o momento foi definido quando os outros corredores chegaram ao seu roteiro. .

“Levantar às quatro da manhã quando não há sangue não é fácil, mas eu não impedi a correr, mesmo na madrugada chuvosa”, diz Cappai, que ainda segue rigorosa nutrição e medita por 30 minutos por dia. ele faz musculação, para estar ciente de que ele nunca teve uma lesão muscular.

Depois de mais de 40 anos trabalhando em uma montadora, Cappai agora precisa aproveitar sua forma física para aproveitar ao máximo sua vida. “Eu faço isso para dar um exemplo para minha família. Preciso deles e preciso que eles me agradem. “, diz o maratonista, que já passou por duas cirurgias de próstata, mas nunca deixou de lado seus objetivos.

Crise de cuidados com pandemias

Ana Amélia Camarano, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), acredita que a pandemia revelou a necessidade da rede de atendimento ao idoso, que hoje está basicamente ancorada nas famílias. As famílias cuidam dos idosos sem qualquer assistência do Estado, querem essa ajuda de muitas formas, da educação ao pagamento, pois algumas evitam correr para cuidar de si mesmas e viver da fonte de renda de seus pais idosos. O Estado terá que preencher uma lacuna. A sociedade terá que decidir o que fazer e não há políticas que levem esse fator em conta”, questiona.

Não será mais imaginável depender em todos os momentos das famílias para a assistência à saúde do idoso e, de acordo com o Estatuto do Idoso, nesse momento, o Estado terá que assumir o dever de garantir moradia, adequação. , recreação e dignidade. Rapidamente, a convocação de vagas nas casas das Instituições de Longa Permanência para Idosos (LTCI) dificilmente pode aumentar. Segundo a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social, foram 464 abrigos para idosos em Minas. Gerais, com outras 16. 421 pessoas atendidas.

“Atualmente, outras pessoas mais velhas ativas podem migrar para o frágil eixo do idoso. Idealmente, outras pessoas podem envelhecer com suas famílias, mas queremos reconhecer que algumas famílias não se importam, então queremos outros modelos. Hoje, o que temos são as instituições de longo prazo, mas isso não é tudo. Em Belo Horizonte, por exemplo, temos uma república de mulheres mais velhas que cuidam do espaço no bairro Pompeia, recebendo da Câmara Municipal”, explica a diretora de Políticas da Idosa de Belo Horizonte, Renata Martins.

Outra substituição urgente é combater a situação de preconceito sofrida por outras pessoas com mais de 60 anos no mercado de trabalho. Com a aposentadoria vencida imposta por lei e a substituição na pirâmide etária, envolverá mais idosos em atividades profissionais. Especialmente porque a tendência é reduzir a lacuna tecnológica que existe entre os mais jovens e os mais velhos. “A cultura do mercado de trabalho terá que ser substituída. Especialmente porque muitas outras pessoas que estão envelhecendo já cresceram com um computador em casa, em contato com ferramentas tecnológicas”, argumenta Luciene Longo.

Ao comparar as pirâmides etárias de 2020 e 2040, segundo dados do IBGE, é concebível determinar que, muito em breve, o país se deliciará com um aumento no percentual de outras pessoas entre 40 a 59 anos e entre os idosos.

 

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