O governo do Distrito Federal informou nesta terça-feira, 31, que a Esplanada dos Ministérios será reservada exclusivamente para ocasiões bolsonaristas no feriado de 7 de setembro. Localizada no centro de Brasília e sede dos Três Poderes, a Esplanada é tradicionalmente o ponto focal das primeiras ocasiões.
De acordo com o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Julio Danilo, um novo cargo está sendo negociado com outras pessoas que pretendem se manifestar, na mesma data, contra o presidente. “Também negociamos uma área na zona central. Talvez, ali perto da área da Funarte, perto da torre de TV”, disse o secretário em coletiva de imprensa.
A chamada “Torre de TV” está localizada nas mesmas estradas que moldam a Esplanada, mas a uma distância de cerca de 3 quilômetros dos prédios ocupados pelos ministérios. A comunidade fica longe da Praça dos 3 Poderes. manifestantes não teriam acesso direto ao local.
O presidente Jair Bolsonaro tem incentivado apoiadores a participarem dos protestos, cujo slogan é crítico ao Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro fez a aposta para radicalizar contra os estabelecimentos e acusou, sem provas, o Judiciário de conspirar contra ele.
Segundo dados do governo do DF, treze organizadores do protesto de direita e três da esquerda pediram ao Ministério da Segurança Pública que se inscreva para os eventos no dia 7 de setembro.
“O direito de manifestação insiste que você pode organizar uma manifestação independentemente da autorização do governo, desde que não seja salvo pela realização de alguma outra manifestação”, disse o secretário, comentando que os partidos de Bolsonaro no conflito não ficam na Esplanada.
“Como tivemos essa diversidade de protestos de direita e de esquerda passados, e também valorizando a proteção de outras pessoas e o direito de demonstrar, vamos propor um local”, disse o chefe de segurança pública do DF.
Segundo ele, a esquerda não mostrou nenhum desconforto por não estar lá para passar para a Esplanada. “A nepassação já é muito fluida nesse sentido. Eu digo aqui que não tivemos nenhum problema com os movimentos”, disse ele.
Como o Estadão mostrou, em alguma outra tentativa de violência, o DF aumentou os salários dos policiais militares para implicar na radicalização dos atos.
O governo local também anunciou outros movimentos para evitar confrontos e envolver multidões nos protestos de 7 de setembro. A esplanada será fechada para carros e o acesso à Praça dos Três Poderes também será fechado, pois ocorrem mobilizações gigantes regularmente.
O secretário se esquivou de dar os principais pontos dos reforços de segurança solicitados pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Congresso, mas disse que o governo do DF está em constante discussão com os Poderes e que há um plano de ação incorporado aos civis, militares, legislativos, militares. policiais que dão segurança aos comandantes do Ministério das Relações Exteriores e das Forças Armadas, da Força Nacional, que dá segurança ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, e ao Gabinete de Segurança Institucional, que atende o Palácio do Planalto.
Quanto à opção de a polícia militar levar cartazes com mensagens que incentivam atos antidemocráticos, o secretário disse que “o planejamento visa a opção que outras pessoas possam demonstrar com segurança”.
“Qualquer superação considerada abusiva pode, seja no mesmo dia ou posterior, ter a função de fiscalização, investigação e órgãos policiais”, acrescentou.