RIO – A Justiça do Rio de Janeiro decidiu pela violação do sigilo bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) na investigação que investiga a contratação de trabalhadores “fantasmas” no local de trabalho do deputado. o portal de notícias G1, outras 26 pessoas e sete corporações também revelaram seus segredos.
No GLOBO, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) mostrou que a investigação sobre a contratação de supostos funcionários fantasmas e a prática de “rachadinha” no vereador Carlos Bolsonaro continua, em segredo, no Ministério Público 3. a Delegacia Especializada de Investigação Criminal do Centro do Rio de Janeiro. O Tribunal de Justiça do Rio também disse que as violações foram concedidas em 24 de maio.
Após dois anos de investigação, o MP enfatiza que está ciente de que os assessores do vereador não respeitaram os horários devidos no espaço e, portanto, podem ser funcionários “fantasmas”.
Em documento recebido pela GloboNews, os investigadores do parlamentar citaram que o modus operandi da “rachadinha” também foi detectado no local de trabalho do deputado estadual carioca Flávio Bolsonaro, irmão de Carlos Bolsonaro. A prática, segundo os promotores, está relacionada à retirada de moedas das contas de conselheiros “fantasmas”, que são repassadas a funcionários confiáveis no armário no ritmo da coleta. As moedas acabam sendo usadas para pagar despesas ou comprar bens para o parlamentar.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, Carlos Bolsonaro reteve e usou grandes somas de moedas em seus seis mandatos consecutivos como conselheiro. Nos documentos, a empresa cita pelo menos 3 condições que correspondem à prática supracitada: em 2003, Carlos pagou R$ 150 mil em moedas para comprar um apartamento na Tijuca, na zona norte do Rio; em 2009, o conselheiro doou R$ 15. 500, também em moedas, para cobrir uma perda que havia sofrido no mercado de ações; e no ano passado Carlos disse ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tinha em casa R$ 20 mil em moedas.
No pedido de quebra de sigilo, os investigadores também sugerem o estilo de vida de um relatório através do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que emite duas movimentações monetárias suspeitas envolvendo Carlos, uma delas de 1,7 milhão de reais, feita através de Rogéria Nantes Bolsonaro, mãe do assessor, entre 2007 e 2019.
Os assessores do gabinete suspeitos de serem funcionários “fantasmas” foram divididos através do MP em seis núcleos, um deles é composto por parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro (sem partido), mãe do quarto filho do presidente. da República, Jair Renan, chefe de gabinete de Carlos entre 2001 e abril de 2008, ano em que se divorciou de Jair Bolsonaro. Desde junho, Ana Cristina e Jair Renan vivem em uma mansão avaliada em 3,2 milhões de reais no Lago Sul, uma comunidade de luxo em Brasília.
Ana Cristina também foi alvo das comunicações do Coaf. O documento mostra que, na época em que estava à taxa do gabinete de Carlos Bolsonaro, ele ganhava “um depósito de quantias gigantes em dinheiro em sua conta bancária”. Entre os arquivos está um depósito de mais de R$ 191 mil em março de 2011, e alguns outros de mais de R$ 341 mil em julho do mesmo ano. O documento também indica que Ana Cristina tinha um saldo de R$ 602 mil, relatado pelo Coaf como incompatível com sua renda.
O documento elaborado pelo MP também especifica que transações monetárias incompatíveis com sua fonte de renda e movimentações possivelmente constituiriam indícios de lavagem de dinheiro na conta da ex-mulher do líder executivo. A empresa cita, por exemplo, o movimento de R$ 30 mil que Ana Cristina ganhou de uma tia, na época em que seu parente ocupava um cargo comissionado no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa, um movimento semelhante ao da “rachadinha”.
Os pesquisadores apontam que a maior movimentação de dinheiro sugere que Ana Cristina Siqueira Valle é a beneficiária dos salários pagos a seus parentes, que foram nomeados para pintar no gabinete de Bolsonaro, que, segundo o deputado, morava ou pintava até mesmo na cidade onde Carlos. Bolsonaro descreve suas funções.
Os procuradores afirmam que somente após a quebra de sigilo será imaginável, como deve ser quantificado, o volume de verbas desviadas dos cofres públicos – por crimes de peculato, materializados através do esquema de “rachadinha” – e traçar a destinação do dinheiro público desviado.
Em nota enviada à GloboNews, a defesa do vereador Carlos Bolsonaro afirmou que “a aquisição dos bens localizados na Tijuca já é objeto de investigação por meio do MP no IC 3191 e protocolada em 2005, após a investigação de dados monetários que mostravam compatibilidade com a fonte de renda da época”.
O texto também especifica que “o valor utilizado em 2009 para pagar despesas não públicas é totalmente compatível com a fonte de renda do vereador, bem como os valores devidamente declarados à Justiça Eleitoral em 2020”. E acrescenta: “Com relação ao relatório do Coaf, a defesa não teve acesso a tais dados para conhecer seu conteúdo, porém, o conselheiro deve dar qualquer tipo de explicação às autoridades.
Procurada, a defesa de Flávio Bolsonaro disse que foi “impedida de comentar os principais pontos porque o caso está em sigilo judicial e todos os dados aplicáveis foram e serão fornecidos nos autos” foram praticados por meio de ex-funcionários da Alerj. do Congresso tem seguido o regimento da Assembleia Legislativa e foi vítima de uma campanha de difamação. “
À GloboNews, a defesa de Ana Cristina Siqueira Valle informou que “isso só se manifestará nos autos porque é tratado em segredo de justiça. No entanto, teremos que rejeitar a violação de dados, uma prática que está se tornando cada vez mais comum. “Rogéria Bolsonaro não respondeu aos pedidos da emissora para se posicionar sobre o caso.