Apagão profissional: cargos vagos, mas fugindo do Brasil

Segundo a Softex, organização social que trabalha para divulgar a transformação virtual do Brasil, o país poderia ter um déficit de quase 410 mil competências até 2022, representando um prejuízo de R$ 167 bilhões para o setor. para ameaçar uma oportunidade em corporações no exterior. O artigo também consultou especialistas para perceber por que essa moção e como as corporações nacionais podem enfrentar essa situação de fortes exportações.

Com passagens por empresas de tecnologia na Espanha, Suécia e Estados Unidos, Felipe Ribeiro Barbosa, 36 anos, é engenheiro de software que deixou o Brasil em 2010. Como muitos colegas profissionais, Ribeiro tem procurado passar para ‘estrangeiro’. que o sonho “sim” viria tão rápido.

Formado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Campina Grande (Paraíba), o profissional contou ao Tecnoblog que a busca por oportunidades começou na vida universitária e que os projetos tecnológicos paralelos que evoluíram na época, em colaboração com o corpo docente, também contribuíram para a variedade. tentar.

Ele correu em Madrid em Tuenti, uma rede social espanhola que, felizmente, não é controlada através de Mark Zuckerberg, depois passou sete anos no Spotify e recentemente é contratado pela Netflix na Califórnia (EUA). Onde ele mora com sua esposa e filhos.

“Enquanto eu estava na faculdade, participei muito de eventos, conferências, contribuições em softwares soltos e também trabalhei como solto. Mas nunca trabalhei como CLT no Brasil, não como programador. E, na caixa de tecnologia, nunca fui contratado no Brasil. Eu era estudante de ciência da computação e tive esse movimento de projetos ao longo da minha formação e isso foi descoberto através de recrutadores tuenti, que estavam procurando profissionais de diferentes lugares, agregando o Brasil. era a maior startup espanhola, eles estavam indo muito bem; assim como no Brasil, muitas outras pessoas usavam o Orkut, Tuenti era a rede popular na Espanha, antes do Facebook conquistar o mundo. “

A analista sênior de produtos Mariana Fomin, 36, tem se comprometido com seus estudos e se orgulha do investimento feito ao longo dos anos; Licenciatura, cursos e MBA completos. No Brasil, ele já estava se candidatando a uma empresa canadense, ganhando dólares, mas sentindo o desejo de deixar o país; um propósito que ela já tinha pensado com seu marido. Em janeiro de 2020, ele se mudou para a Holanda e agora trabalha no Just Eat Takeaway, com sede em Amsterdã, um destino favorito de muitos profissionais de tecnologia.

A agitada vida em São Paulo foi uma das razões pelas quais Fomin buscou uma oportunidade no exterior. Além disso, a incapacidade de algumas corporações aqui no Brasil de não pagar um salário semelhante ao do canadense também contribuiu para o processo de tomada de decisão. A valorização dos holandeses é notável: hoje, o analista de produtos ganha 10 vezes mais do que no Brasil, a qualidade de vida mudou, assim como a liberdade.

“Fiz muitas coisas para melhorar meu currículo, mas não pareceu o suficiente. Nos Países Baixos, por outro lado, como expatriado, há um incentivo governamental para que as corporações locais tragam outras pessoas do exterior, porque há falta de profissionais de tecnologia aqui. Então eu tenho um salário base maior do que os holandeses; Faço parte de um programa de “regra de 30%, o que significa que só pago a fonte de imposto de renda sobre 70% do meu salário e isso está em vigor há cinco anos. Os holandeses não têm os benefícios dos expatriados. “

Na Alemanha já conhecemos a história da ex-nubank Marina Limeira, 24, engenheira de software e radião no país europeu desde 2019, onde mora com o marido, que também trabalha com ciência da computação, e seu filho mais novo, que nasceu lá.

Embora more na Europa, Limeira trabalha (remotamente) para uma empresa de geração fundada no Arizona, EUA. EUA Ela ainda está na primeira série e diz que está se adaptando a Berlim.

O profissional passou seus anos treinando internamente em Alagoas e ficou curioso para fazer uma escala nas grandes cidades, com isso também surgiu a preferência de sair do Brasil para entrar em outras culturas ao redor do mundo. Claro que você pode ter uma “vida normal” em Berlim.

Ela é honesta ao dizer que tem sido e continua a ter problemas no país de Angela Merkel, pois brasileiros, europeus são mais frios e isso é ainda mais evidente no ambiente das pinturas, como alguns especialistas alertaram através do Tecnoblog, lembra Marina. que esse e outros infortúnios em um país com outra cultura trazem muitos talentos para o Brasil.

“Primeiro há esse interesse ‘como é viver ao ar livre na minha cidade?Em segundo lugar, procurei ver outra cultura, saber como é viver ao ar livre no Brasil. Depois me mudei para a Alemanha em 2019. ” Achamos que tudo lá é maior e mais maravilhoso. Isso não é verdade, porque eu não sou daqui. Não sabemos a língua ou como as coisas funcionam. Você chega aqui e o mercado de gerações não é necessariamente maior. Existem muchos. de startups em Berlim, mas se você comparar o ponto técnico de outras pessoas em São Paulo e aqui, eu diria que em São Paulo é maior, eles são muito mais trabalhadores. “

Segundo a Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), o Brasil injeta 46 mil profissionais de geração no mercado a cada ano, mas tudo isso não é suficiente. Eles estimam que entre 2018 e 2024, a convocação para a competição na região será bem sucedida em 420 mil pessoas. “Esses números criam o desejo de exercer uma força de trabalho profissional no curto prazo”, alerta Brasscom.

Há muita comunicação sobre o apagão profissional no campo de TI. Sarah Hirota, diretora de outras pessoas e cultura da startup Fhinck, tem uma opinião diferente e acredita que o Brasil merece não sofrer uma grave escassez nos próximos anos, como mostra a pesquisa da Brasscom No entanto, ela admite que as empresas de tecnologia querem sair de sua zona de conveniência e se mudar, de outra forma, localizar a habilidade será ainda mais difícil.

“Eu não estou pensando em um corte de energia. Se as empresas acordarem, acho que a solução para a escassez em si está aqui. É na educação, fazendo um investimento em profissionais para entrar no mercado e quebrando alguns paradigmas que temos. “Então temos uma série de movimentos nesse fator diversidade, para trazer mulheres para o mercado geracional, queremos investir em movimentos educacionais para outras pessoas. Nós temos interessado outras pessoas. haverá um apagão? Haverá um apagão se não dermos uma chance às outras pessoas, e essas são outras pessoas que querem, querem. Existem cursos e outras táticas para expandir esses talentos. O apagão está na estratégia “Eu só quero trazer profissionais seniores”.

Uma pesquisa realizada pelo Tecnoblog, com base em dados extraídos de especialistas e talentos que vivem no país, mostra que as razões que empurram esses profissionais de TI para deixar o Brasil são: instabilidade política semelhante à situação socioeconômica, o desejo de conhecer novas culturas, qualidade de vida, especialmente segurança, e o salário máximo vantajoso, desde que o genuíno foi desvalorizado.

Acompanhando de perto esse movimento o português Diogo Oliveira, co-fundador do Landing. jobs, mercado que conecta desenvolvedores ao redor do mundo com empresas de tecnologia na Europa.

Em uma troca verbal com nosso relatório, ele diz que a crise para localizar outras pessoas em TI não é só no Brasil, alertou Mariana Fomin. Oliveira também diz que temos profissionais inteligentes e que o Brasil, em geral, tem uma história muito forte. semelhante à programação.

No Tecnoblog, Landing. jobs revelou que a plataforma tem 25 mil brasileiros ativos para pintar no exterior e que até agora empregaram cerca de 400 pessoas a mais no Brasil.

Diogo Oliveira emite que Portugal é o mercado máximo ativo no Landing, seguido pelo nosso país, no entanto, acredita que em apenas um ano o Brasil vai superar Portugal, as expectativas são altas.

“Um número muito atrativo em percentual é que até hoje realocamos mais de 400 brasileiros em lugares. Os destinos mais populares são, sem dúvida, a Alemanha e os Países Baixos. Sem dúvida. Um pouco também nos países nórdicos, mas muito, muito mais. “, Holanda e Alemanha, mais Portugal, é claro. “

O relatório Decoding Digital Talent, elaborado por meio do Boston Consulting Group (BCG) em 2019, mostra que 75% dos especialistas da geração brasileira e indiana estão abertos a oportunidades em outros países, depois de ouvir outras 26. 806 pessoas no chão em mais de 180 países. , a BCG concluiu que, respectivamente, Londres, Nova York, Berlim, Amsterdã, Barcelona e Dubai são as cidades mais procuradas por meio desses especialistas.

“Há muita qualidade no Brasil, em todo o mundo reconhecida. E especialmente com esses novos fluxos de trabalho, remotamente, mas também com essa vontade, essa preferência, que eu sei que não é terrível de ouvir um brasileiro, ainda não é. É incomum saber que também há instabilidade física política, econômica, social e segura, então muitas outras pessoas estão procurando respostas fora do Brasil. tipo de contratação e habilidade em nossa comunidade.

Por que Amsterdã atraiu tantos talentos brasileiros?A reportagem pediu à Embaixada do Reino dos Países Baixos em Brasília mais dados e principais pontos sobre a concessão de vistos aos profissionais brasileiros em Amsterdã, no entanto, eles nos informaram através da assessoria de imprensa que “infelizmente, não há dados para disponibilizar”. É por isso que recorremos aos especialistas.

Oliveira lembra que a Holanda é um dos países máximos abertos a estrangeiros que desejam pintar lá, além disso, há muitos incentivos por parte das corporações e do governo, como disse a brasileira Mariana Fomin no início deste artigo. Os Países Baixos também são mais elevados, mas o salário que pagam tende a ser mais vantajoso do que na Alemanha, por exemplo.

Acho que posso dizer que para mim é relativamente óbvio, há muitas coisas na verdade, em primeiro lugar, é vital saber que a Holanda não é muito grande e Amsterdã não é um polo gigante, o que é atraente aqui é que a Holanda, desde jovem, tem sido um país mais aberto a atrair habilidades estrangeiras, por isso foi de longe o primeiro país da Europa – mesmo antes do Reino Unido – a perceber que, com a habilidade que tem a nível nacional, não é suficiente, terá que se abrir. E os esforços não foram apenas proativos no Brasil, o esforço foi “estou aberto à habilidade global”.

Enquanto o governo está disposto a divulgar a “educação financeira”, a opção de coaching na linguagem de programação é deixada para a segunda, terceira e quarta série (quando não negligenciada). Hoje, quem desempenha esse papel são as FFs, que só frequentam o ensino médio, e apenas para cursos de técnico em informática. Além disso, outros temas escolares também merecem maior atenção, como as artes, literatura, sociologia e filosofia, que têm um efeito direto na criatividade e na sociedade.

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