Seduzida pela promessa de uma fonte de renda mensal de 10%, uma enfermeira de Jacarepaguá, de 48 anos, recolheu suas economias e investiu na GAS Consultoria, empresa de propriedade de Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó de bitcoins”. Entre novembro de 2020 e abril deste ano, ele pagou as despesas e até vendeu o carro, o que permitiu 3 contribuições que juntas totalizaram R$ 80 mil, não demorou muito porque, em vez de R$ 8. 000 por mês, o contrato assinado só garantia ansiedades e medos.
A prisão do suposto investidor, acusado de falsificar transações com criptomoedas para mascarar um sistema de pirâmide monetária, processou a cliente, e ela não é a única: desde a operação da Polícia Federal que colocou Glaidson atrás das grades no final de agosto, na Justiça do Rio houve cerca de trezentos casos contra o ex-servidor, como evidenciado por pesquisa realizada através do GLOBO. Na noite de quinta-feira, a Polícia Federal acusou Glaidson e outras 21 pessoas e pediu o bloqueio de 38 bilhões de reais do ex-servidor e outros desinfetantes. O dinheiro pode ser usado para pagar o valor investido através dos clientes glaidson que foram à Justiça.
“O autor, com sagacidade, acreditava que estava fazendo um investimento em um negócio sério, com honestidade e, sobretudo, cumprimento legal”, diz a ação movida através da enfermeira, ajuizada na última quarta-feira na 3ª Vara Cível, na Barra da Tijuca. No mesmo dia, pelo menos outras 60 ações semelhantes, com Glaidson como alvo, começaram a ser processadas no estado, as reivindicações são a rescisão do contrato, a devolução das quantias investidas e o congelamento de ativos semelhantes. ao GÁS, a fim de garantir um reembolso de longo prazo.
Os advogados Daniel Dias e Maiara Almeida, que constituem cinco clientes na Justiça contrários a Glaidson, afirmam em nota que vão solicitar que os 38 bilhões de reais que podem ser bloqueados sejam usados como pagamento a seus clientes.
“Os bens e bens bloqueados na fórmula da justiça criminal destinam-se a reembolsar os danos causados, servindo exatamente para compensar as vítimas imagináveis”, disse um dos dois advogados.
O EXTRA analisou, um a um, os 222 movimentos publicados no Tribunal de Justiça até quarta-feira 23: 59. Mais do que a parte (125) havia sido interposta nas últimas 48 horas, mostrando que a corrida contra a perda havia se intensificado. Até a noite da última quinta-feira, 67 novas instâncias já haviam sido adicionadas à lista de processos contrários a Glaidson, totalizando 289.
Além dos dados fundamentais a serem apresentados na internet, as FORÇAS também consultaram as solicitações iniciais de 150 dessas ações. O valor total investido através de consumidores lesados é impressionante: 19,9 milhões de reais. Os tribunais, por enquanto, ainda podem “Em treze casos em que já houve uma prisão judicial por meio do Tribunal, o valor retido nas contas relacionadas ao ex-servidor e consultoria gasosa perto de 2,9 milhões de reais, ou menos de 15% do total. Aplicativos.
Os valores menores envolvidos nos processos detalhados estão vinculados a aportes de R$ 5. 000, por outro lado, há duas ações em que os demandantes investiram pouco mais de R$ 1 milhão em GÁS, em média é como dos 150 consumidores que se sentiram prejudicados por terem transferido pouco mais de R$ 125 mil para a empresa de Glaidson.
Petições relatam vários casos em que o requerente fez mais de um investimento com a organização; não é incomum que haja 3 ou 4 transferências em poucos meses; no entanto, alguns casos se destacam. Um empresário de Cabo Frio, por exemplo, fez 29 transferências em menos de dois anos, entre 27 de dezembro de 2019 e 13 de agosto de 2021, com valores entre R$ 10. 000 e R$ 100. 000, valor total discutido na ação, sem levar em conta o dano ético reivindicado nos julgamentos máximos, é de R$ 795 mil.
Cabo Frio na liderança
Apelidada de “novo Egito” por causa da vasta fonte de investimento de Glaidson e da base de operações de Glaidson, a Cidade do Cabo Frio, no Distrito do Lago, é responsável por mais de um terço dos casos contra ele: 79 dos 222 da capital. , com 54 ações, e Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, com 22.
Da prisão, o empresário tem como alvo ex-clientes de outros 23 municípios do Rio.
Na tranquila Guapimirim, onde vivem cerca de 60 mil pessoas, até quarta-feira estavam em andamento nove processos, número que continua crescendo, com novas ações. O benefício simples buscado é o avanço da crise social e econômica.
– Acredito que em nosso município existem cerca de mil pessoas doentes só no nosso município, vemos o início da falência das corporações e temos outras pessoas que largaram seus empregos e implementaram todas as demissões no GÁS, é uma situação de incerteza e desolação — afirma o advogado Alberto Ferreira Fares Neto.
Vítimas e advogados entrevistados por fuerzas relatam uma técnica não incomum para atrair investidores, o assédio começou com consultores de GÁS, que atuam como uma espécie de representante casual, sem compromissos formais com a empresa; em muitas ações, esses intermediários também fazem parte dos objetivos.
A contribuição inicial, no máximo, é pequena, com no máximo R$ 10 mil, como investimento prudente. Então, com o recebimento da primeira renda, referente a contratos de 24 ou 36 meses, os consumidores aumentam o preço das transferências – foi o que aconteceu, por exemplo, com a enfermeira de Jacarepaguá.
– A GAS tem feito um trabalho muito marketing, com muitos anúncios e distribuição de prêmios para investidores, como viagens exclusivas e festas. Eles enganaram você — diz o advogado Thiago Bezerra de Carvalho, culpado de nove movimentações por nulidade de contrato, dois em São Paulo: fase.
Um dos clientes do escritório, que falou anonimamente, relata que entrou no programa convencido através de um amigo, que já havia pago R$ 350 mil e recebendo os lucros, já que as criptomoedas são novas no Brasil e com muitas notícias positivas no mundo, ideia de que o principal benefício seria real.
“Acho que posso surfar a onda. Recentemente, até a notícia de que Messi receberia uma parte de seu salário em criptomoedas, então há um boom global”, diz ele, que investiu R$ 20 mil dois dias antes da prisão de Glaidson.