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“Zé Kéti fez o samba das comunidades e morros da zona norte para se comunicar com outras artes. É a consagração do samba como música de origem negra e menos privilegiada naquela época. Ele tinha a visão de que tudo tinha que ser feito, especialmente porque os compositores estavam ligados às escolas de samba originais, é obrigatório que outras correntes artísticas colocassem um preço no samba e que as rádios, então transportadas pela música estrangeira, tocassem”, diz sua filha Geisa Ketti sobre seu pai José Flores de Jésus, mais conhecido. Como Zé Kéti.
Nascido no Rio de Janeiro em 16 de setembro de 1921 e morto na mesma cidade em 14 de novembro de 1999, Zé Kéti foi o autor de clássicos como “Opinião”, “Diz que Fui por Aí”, “Acender as Velas”, “Máscara negra”, “Malvadeza Durão” e “Mascarada”.
Para celebrar seu centenário, Geisa prepara a zektivive. com. br e oferecerá uma exposição com familiares do compositor no dia 2 de outubro, no Teatro Rival, no Rio de Janeiro.
“Não era o tamanho do que significava para a música brasileira e o tema de muita crítica. As outras pessoas do bairro, principalmente, disseram que ele tinha ficado branco e que ele tirou o chapéu para os brancos do sul. “lado, e ele não acreditou. Suas canções continuaram a se comunicar sobre amor, boemia, o cotidiano das desigualdades deficientes e sociais”, lembra a viúva Neli Maria.
Filho de um marinheiro e de um cavaquinho, Zé Kéti trabalhava como peixeiro no centro do Rio de Janeiro. Foi nesse momento que Monarco o conheceu, um dos nomes maravilhosos da ala de compositores da Portela. em um domingo, apresentado por Antonio Escurinho. Fizemos o exercício ouvindo e fazendo uma música de samba. Naquela época, ele tinha um monte de coisas guardadas no porta-malas e voltou triste para a periferia, porque não conseguia gravar”, conta Monarco, que com ele escreveu “Tarde Demais”.
Monarco foi um dos primeiros a ouvir a música “A Voz do Morro”, que gravou através de João Goulart e uma boa sorte no carnaval, a inauguração da exposição “Noite de Gala”, na TV Globo, e componente do filme “Rio, 40 Graus”, dirigido por Nelson Pereira dos Santos. Os dois também trabalharam no Rio Zona Norte, a partir de 1957.
“Esse filme, que conta a vida de compositor e sambista, realizado através de Grande Othel, é uma homenagem a Zé Keti. Nelson retornou em 2003 com o curta-metragem ‘Meu Compadre Zé Keti’. É um filme que mostra a admiração e o carinho que Kéti incentivou nos músicos e cantores que tocam e cantam seus sambas na tela”, diz Darlene J. Mais triste, da biografia “Nelson Pereira dos Santos”.
A Voz do Morro também foi chamada de uma organização formada, entre outras, por meio de Elton Medeiros e Paulinho da Viola, que conheceu Zé Kéti na boate Zicartola, através de Cartola e Dona Zica, e recebeu seu chamado como artista dele e do jornalista Sérgio. Cabral substituindo o batismo, Paulo César. ” Eu estava correndo no banco e apostando guitarra como amador, quando pedimos para ele deixar músicas na gravadora Musidisc e ele nos levou. O músico Luís Bittencourt gostou e nos aconselhou a gravar um álbum”, diz Paulinho da Viola. A organização gravou 3 volumes de “Roda de Samba”, com magnífica repercussão.
Na época, Zé Kéti conheceu Carlos Lyra, compositor e músico da bossa nova e diretor da UNE, a União Nacional dos Estudantes. Os dois compuseram o “Samba da Ilegalidade”.
“Zé gentil, super criativo, e me surpreendeu com sua habilidade harmônica, sem ter estudado música ou tocado nenhum instrumento. Gravei todas as músicas deles e tive o conceito de fazer um disco comigo fazendo uma música e harmonizando-as Depois disso, penso nisso, e acho que uma garota de classe média, que morava na praia, fazendo uma música dos compositores na colina, vai dar a mínima”, diz Lyra.
A mulher Nara Leão, que gravou a música “Diz que Fui por Aí” em seu primeiro álbum solo, “Nara”, de 1964. Mais de 40 anos depois, em 2007, a cantora Fernanda Takai re-gravou essa música em um álbum tributo. para Leo, intitulado “Onde Seus Olhos Brilham”.
“Procurei então colocar uma música do primeiro álbum dela, que trouxe a maravilha do repertório de sambistas e outros autores do mundo da bossa nova, que ela já havia cantado. E as canções do Zé Kéti ainda têm uma melancolia, mas, ao mesmo tempo, a esperança de celebrar a vida em um país tão desigual”, diz Takai.
Nara Leão e Zé Kéti, em combinação com João do Vale, se apresentarão na exposição “Opinião”, em 1964, que é uma das primeiras obras artísticas em oposição ao regime militar, e para a qual compõe “O Favelado”, “Nega Dita” e o nome do samba, que incentivou os nomes de um jornal, um teatro, organização que encenou a obra e o álbum da época de Leão.
Zé Kéti também luta pela defesa dos direitos autorais dos compositores, como lembra Aida Marques que, desde 2018, prepara um documentário sobre ele, que será publicado em 2022. “Ele é um empresário nato e, como compositor, escreveu crônicas do Rio e falou em nome de muitas camadas de outras pessoas no morro. Foi isso que ele fez na música e na vida”, revela.
“Além de criar sambas imortalizados via Jamelão, Elis Regina e Linda Baptista, entre outros, Zé Kéti faz parte do mesmo time de Cartola, Nelson Cavaquinho e Elton Medeiros, compositores de construções melódicas muito sutis, criadores de um gosto que sobrevive através de seu maior herdeiro, Paulinho da Viola”, diz o cantor e compositor Zé Renato. É um dos artistas que participam das exposições de Zé Kéti, na 4ª sede do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.
100 ANOS: ZÉ KETTI VIVE!
Sábado (2/10), às 19h30
Teatro Onde Rival Refit – r. Álvaro Alvim, 33-37, Cinelândia, Rio de Janeiro
Ingresso no valor de R$ 30 a R$ 60
Link: https://bileto. sympla. com. br/event/68874/d/108143
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