A denúncia pelo uso anormal e experimental de proxalutamida em pacientes com Covid-19 no Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre (HBM) foi tema de audiência pública, realizada na segunda-feira, por meio da Comissão de Segurança e Serviços Públicos do Legislativo. Os especialistas criticaram a falta de transparência na condução dos testes -realizados em março – e a falta de conhecimento sobre o uso da droga. Os testes com a substância envolvem erros graves e devem ser examinados.
O coordenador da Conep, Jorge Venâncio, afirma que a entidade solicitou dados sobre ensaios clínicos, mas o coordenador da organização dos estudos, Flávio Cadegiani, não enviou o conhecimento ao Conep. Ele falou de 178 mortes, depois duzentos (ensaios clínicos). Pedimos uma descrição detalhada dessas mortes. Ele morreu e se recusou a fornecer a descrição detalhada”, disse ele. “, acrescenta.
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O caso teve repercussão após reportagem publicada pelo site de notícias Matinal, o Ministério Público Federal do RS (MPFRS) abriu inquérito civil no dia 13 de agosto para investigar exames clínicos no HBM sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). . Criticando o número de óbitos em ensaios clínicos, Venâncio afirma que a comissão já enviou representação ao MPF contra Cadegiani após “um prolongado direito de defesa”. “Não temos como saber exatamente o que aconteceu”, diz ele. Os testes) envolvem erros graves que precisarão ser revistos através do governo correspondente da empresa”, disse.
O ensaio clínico com a droga também é objeto de pesquisa através do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), que instrui os estudos realizados no HBM. O presidente do Cremers, Carlos Isaia Filho, disse que “a vulnerabilidade dos participantes aos estudos é marcante”. Isso é uma evidência de que não houve aprovação moral da Conep ou de qualquer comitê de estudo. Os fatos terão que ser verificados”, disse. Ele também ressalta que esse caso pode minar a credibilidade dos estudos brasileiros. Os deputados Thiago Duarte (DEM) e o tenente-coronel Luciano Zucco (PSL) defenderam o grupo de estudos. Duarte disse. Zucco disse que houve uma violação ilegal de dados na tentativa de “depreciar o estudo”.
A médica de terapia intensiva Ana Carolina Peçanha perguntou por que o conhecimento dos estudos realizados no HBM não estava disponível. “Mesmo que tivesse aprovação nacional, por que raramente há muito conhecimento sobre essas outras pessoas no manuscrito deste projeto de estudo?”O deputado Pepe Vargas (PT), que à frente da audiência informou que o comando geral do WB e cadegiani enviou uma nota à comissão. A BM informa que os dados iniciais mostram que o Estado atendeu às necessidades e normas legais. Um procedimento de investigação foi iniciado.
Em nota enviada à Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia, Cadegiani disse que “as críticas são infundadas” e que ele é “perseguido” pelos estudos. Enfatiza que pretende “colaborar para salvar vidas” e “reduzir a mortalidade dos pacientes acometidos por essa doença”. Cadegiani promete que obteve autorização da Anvisa para importar o medicamento e que a transferência de estudos foi aprovada através do Conep.
Fabricada na China e sem permissão para importar para o Brasil e usar em humanos na época da realização dos testes, a proxalutamida atua como um bloqueador de andrógenos, hormônios sexuais masculinos e passa por experimentos para o remédio do câncer de próstata e de mama.