A devastação na Amazônia já chegou a 15%, dizem os pesquisadores. — Foto: Rede Globo/Reprodução
Em 2020, a Amazônia registrou 15% da área degradada. Segundo os pesquisadores, se a destruição da floresta continuar no mesmo ritmo e atingir mais de 20%, a devastação pode ser simplesmente irreversível.
Mais de 74 bilhões de hectares de floresta desapareceram na Amazônia entre 1985 e 2020, segundo levantamento inédito por meio da organização não governamental (ONG) Mapbiomas. O domínio devastado está localizado no território do Chile.
O conhecimento foi coletado com fotografias de satélite de mais de 36 anos. Os estudos foram coordenados por organizações da sociedade civil que atuam em seis países com territórios na floresta amazônica, universidades e empresas de geração.
Segundo o MapBiomas Brasil, até os anos 2000, o país ainda possuía políticas de conservação, como rastreamento florestal e criação de áreas, o que ajudou a diminuir o desmatamento; no entanto, a situação da floresta amazônica brasileira foi substituída a partir de 2013, levando a um desmatamento cada vez mais intenso na região.
Segundo a ONG, além de destacar a magnitude do problema, o conhecimento também é utilizado para agregar dados que estão ajudando na progressão de políticas públicas voltadas à recuperação dos espaços afetados e à preservação de territórios ainda devastados.
Destruição rápida
Em 3 décadas, a destruição na Amazônia triplicou em termos percentuais, de 6% em 1985 para 15% em 2020, segundo os pesquisadores, se a devastação seguir essa taxa e atingir mais de 20% do domínio destruído, a devastação na Amazônia será quase irreversível. Essa estimativa, segundo especialistas, pode ser uma verdade nesta década.
Segundo o levantamento, a perda de plantas amazônicas é resultado de atividades como a mineração, por exemplo, que já ultrapassou em mais de 600% em mais de 3 décadas.
Outros pontos como a abertura de estradas, usinas hidrelétricas e blocos de petróleo também têm efeito na vida florestal e nas mudanças climáticas.
“É obrigatório retomar as políticas de combate ao desmatamento, porque se a floresta não tiver sucesso em graus de degradação, ela não terá mais capacidade de se regenerar. Teremos perdas de instalações ecossistênsas que vão desde a regulação climática até o fator hidrológico. “ciclo que influencia o regime pluviométrico em outros biomas, não só na Amazônia”, explica Antônio Fonseca, da equipe técnica do MapBiomas Brasil.
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