O embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nelson Forster, respondeu ao presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA, Bob Menendez, sobre a cautela do “declínio democrático” do país presidido por Jair Bolsonaro.
Na carta enviada, Forster afirma que Menendez está “mal informado” e que “o dinamismo e a energia da posição democrática do Brasil contrastam fortemente com os regimes autoritários do hemisfério”.
“Devo salientar que Vossa Excelência parece estar mal informada sobre o estado das instituições democráticas do Brasil”, escreveu o embaixador.
A reação veio depois que Menendez e três legisladores enviaram o secretário de Estado Antony Blinken, chefe da diplomacia dos EUA, alertando para a deterioração da democracia no Brasil e pedindo ao presidente Joe Biden que explicasse que “qualquer ruptura democrática terá sérias consequências”.
No documento, ressaltam que “um reavivamento da ordem constitucional brasileira comprometeria a própria base” entre os dois países mais populosos das Américas.
“Pedimos que sejam transparentes que os Estados Unidos apoiem os estabelecimentos democráticos do Brasil e que qualquer ruptura antidemocrática com a ordem constitucional existente terá sérias consequências”, disseram.
Senadores americanos têm expressado temor sobre as declarações “cada vez mais perigosas” de Bolsonaro relacionadas à eleição de 2022.
Leia a resposta de Foster:
Caro Presidente Menendez,
Tive a oportunidade de ler sua carta sobre o Brasil ao Secretário de Estado, assinada em conjunto com outros 3 senadores e publicada ontem, 28 de setembro, na página online da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Que o Brasil é uma das maiores democracias e economias do mundo e um clássico e forte melhor amigo dos Estados Unidos no Hemisfério Ocidental; no entanto, devo salientar que Vossa Excelência parece estar mal informada sobre o estado das instituições democráticas do Brasil.
Após quase 3 décadas como deputado, o presidente Jair Bolsonaro foi eleito em outubro de 2018, com 55% dos votos válidos (57,7 milhões de votos). Sua eleição marcou a preferência transparente de outros brasileiros e de nossos estabelecimentos para combater a corrupção e proteger os cidadãos. princípios do Estado de Direito, da prestação de contas e da transparência consagrados na Constituição Brasileira.
O dinamismo e a energia dos estabelecimentos democráticos brasileiros contrastam fortemente com os regimes autoritários do hemisfério, que são uma fonte de medo para nossos governos.
Em uma entrevista de 24 de setembro a um semanário brasileiro, o presidente Bolsonaro uma vez rejeitou narrativas conspiratórias, observando que no Brasil “o golpe de Estado é zero”.
Concordo plenamente com Sua Excelência que “os Estados Unidos se beneficiarão, mais do que nunca, de uma forte parceria com o Brasil”. Na verdade, estamos trabalhando duro com nossos amigos americanos em questões muito importantes, como as mudanças climáticas, a boa sorte da COP 26, a luta contra a pandemia (mais de 90% da população adulta brasileira já ganhou a primeira dose e 55% é completamente imune) e a promoção de princípios democráticos em nossa região e além (o Brasil já recebeu mais de um milhão de venezuelanos, dos quais 265. 000 permaneceram no país).
Brasil e Estados Unidos continuam avançando em regiões-chave como defesa, área (o Brasil foi o primeiro país latino-americano a se inscrever no programa Artemis) e energia em branco e renovável, na qual o Brasil é líder mundial, com quase parte de toda sua energia e 85% de sua eletricidade vem de fontes renováveis. O Brasil e os Estados Unidos são potências agrícolas e continuam a promover a agricultura sustentável e baseada na ciência, que desempenha um papel fundamental na segurança alimentar global.
Continuo à sua disposição para continuar nossa discussão sobre táticas para aprofundar as relações entre Brasil e Estados Unidos, em benefício mútuo de nossos povos.
Saudações
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