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Jornal Gaúcho
Em nove locais 01/10/2021 | 07:00 ATUALIZADO em 01/10/2021 | 07:00
Na manhã desta quinta-feira (30) uma operação policial teve início, em nove localidades do Estado do Rio Grande do Sul, para prender 32 suspeitos de fazer parte de uma organização criminosa que aplica o golpe nu e que, em cinco meses, passou de um lado para outro. Cinco milhões de dólares. Em pouco mais de um ano, a organização teria extorquido mais de cem vítimas no Rio Grande do Sul e em outros seis estados.
Um total de 187 agentes, com helicópteros, cumprem 146 decisões judiciais nos municípios de Porto Alegre, Alvorada, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Montenegro, Charqueadas e Viadutos. Às nove da manhã, outras 20 pessoas já haviam sido presas, uma delas até vestida com uma tornozeleira eletrônica.
De acordo com a investigação, por ordem dos presos, os conspiradores do golpe abusaram dos nomes de vários policiais, acrescentando o do líder policial Mario Souza, diretor da 2ª Delegacia Regional Metropolitana, para intimidar os doentes em várias regiões do Brasil.
A investigação de uma organização sobre um golpe criou um roteiro para os detidos extorquirem dinheiro das vítimas.
Uma investigação foi aberta há cinco meses, por meio da delegacia de Esteio, que faz parte do escritório regional, porém, o monitoramento das movimentações dos suspeitos já havia começado há pelo menos um ano, pois usavam os nomes dos investigadores e delegados de Rio Grande. Sul, sul.
Várias investigações foram realizadas e foram obtidas provas, como a troca de mensagens, que mostraram a participação de uma organização gigante comandada por pelo menos um detento, no programa há um total de 3 presos de outras três prisões, segundo a Polícia.
O delegado Souza ressalta que os atingidos da região metropolitana de Porto Alegre, São Paulo e Santa Catarina, mas basicamente do interior do Rio Grande do Sul, entraram em contato após serem enganados pelos suspeitos. Há também vítimas de Rondônia, Tocantins, Pernambuco. e Paraná.
“Os policiais nos espaços me chamaram porque usavam meu nome. Não só meu, mas também alguns delegados e investigadores, para intimidar as vítimas. Em alguns casos, essas outras pessoas pagavam entre R$5. 000 e R$15. 000, em média, para criminosos, diz ele.
Das 146 ordens judiciais, 32 temem a prisão preventiva, 44 demissões, 25 violações de sigilo bancário com 32 congelamentos de contas, além de treze apreensões de bens – 12 carros e um ativo – e uma apreensão judicial de R$ 600 mil. a organização já usou pelo menos duzentos contas bancárias na chamada das laranjas, e agora todos aqueles que ainda não foram bloqueados também serão investigados. Os crimes investigados são extorsão e associação de criminosos.
“Foi a maior investigação que tivemos no estado e até uma das maiores do Brasil para desmantelar a quadrilha que está dando o golpe de Estado. É até uma questão de honra, porque eles usam meu nome, até mesmo”, diz o chefe de polícia. Fabio Motta Lopes, subchefe da Polícia Civil.
Os nomes dos suspeitos não são revelados enquanto a investigação continua, basicamente por causa do fator lavagem de dinheiro, mas também para identificar mais vítimas dos golpes, que podem ligar para os seguintes números: (51) 3425. 9063 e (51) 98459-0259. Eles também podem acessar o site da Polícia Civil.
O chamado golpe nu (veja abaixo) ocorre quando um usuário se passa por um adolescente, um personagem jogado através de detentos, pois eles usam fotografias falsas, e mantém contato com homens mais velhos para trocar fotos íntimas, que então fingem fazer com que pais e policiais peçam dinheiro, para não divulgar a situação.
Em um dos casos deste ano, em Viamão, que também investigou por meio da Polícia Civil, uma das vítimas, que perdeu R$ 100 mil, cometeu suicídio ao saber que havia participado de um golpe. Em outro, no mês passado, as autoridades detiveram os suspeitos, também ordenados da prisão, que até criaram uma situação entre os presos sobre como interpretar personagens para extorquir dinheiro das pessoas.
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