04/10/2021 5:38, atualizado em 04/10/2021 11:11
Documentos da Pandora Papers mostram que 66 dos maiores devedores fiscais do Brasil, cujas dívidas somam 16,6 bilhões de reais, permanecem com milhões depositados em paraísos fiscais, incluindo o empresário Eike Batista e as ações do ex-deputado José Janene, estrela do Mensalão que morreu em 2010. , desconhecido do público em geral, mas que fazia parte de esquemas de corrupção sob investigação através da Polícia Federal.
Corporações offshore são corporações em paraísos fiscais, muito populares entre as pessoas mais ricas do mundo. Eles são criados por razões que variam, desde a poupança nas contas fiscais, uma gota de impostos gentilmente chamada de poder tributário, até ativos que protegem os perigos políticos ou confiscos, como aconteceu no Brasil em 1990. Por estarem em países com pouca transparência e fiscalização, os remanejamentos também são usados através daqueles que precisam esconder bens ou através da corrupção de outras pessoas ou membros de organizações criminosas que precisam esconder dinheiro sujo. É permitido ir para o exterior, desde que sejam reportados à Receita Federal e, quando seus ativos ultrapassarem US$ 1 milhão, ao Banco Central. Assista a um vídeo aqui para perceber melhor o que é um offshore.
Quando um usuário tem sua chamada registrada em dívida ativa, o governo federal pode pedir ao Poder Judiciário para penhorar bens e reter valores para forçar o pagamento da dívida, o que é mais complicado no caso de ativos no exterior, mesmo quando os bens são declarados.
Para a lista, o artigo decidiu sobre as convocações de todos os mutuários com dívidas totais superiores a R$ 20 milhões cadastradas na Dívida Ativa da União, após a qual, essas chamadas foram pesquisadas na base de dados da Pandora Papers e os efeitos foram analisados para excluir as instâncias. No momento da travessia, Metrópolis só levava em conta as dívidas na chamada da pessoa física e não aquelas semelhantes às corporações de propriedade dessas pessoas, na verdade, muitas vezes, as dívidas de pessoas jurídicas também são registradas para pessoas físicas. .
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Os nomes conhecidos foram contatados, seja pela assessoria de imprensa ou por outros canais, para que informem apenas ao Fisco Federal e ao Banco Central sobre a abertura da empresa offshore e a explicação do motivo da criação das empresas.
Leia abaixo algumas das principais instâncias de devedores offshore discutidas nos documentos da Pandora Papers e, abaixo, a lista completa dos 65 devedores.
Eike Batista
O empresário que hoje é o usuário mais rico do Brasil tem uma dívida de 3. 800 milhões de reais registrada na Divida Ativa, sua ligação é vinculada a duas empresas offshore, Farcrest Investment e Green Caritas Trust.
Farcrest criado em abril 2006. At época, ele ainda estava longe do auge de sua carreira, em 2012, quando se classificou como o sexto homem mais rico do mundo.
O Green Caritas Trust, criado em dezembro de 2011, tinha uma meta declarada de doar € 2,5 milhões para a filantropia. O orçamento viria de algum outro aceito como verdadeiro no Panamá, o Blue Diamond Trust, que tinha ações em mais de 8 empresas. Confianças são estruturas de capital que são usadas para proteger ativos. Na prática, aceitar como verdadeiro para fins como um contrato entre um aceito como verdadeiro, quem gerencia os ativos, e o beneficiário, que possui os ativos. fazer transferências para a UNICEF e outras instituições de caridade.
A intenção da Green Caritas facilitou a verificação de ameaças realizada em Eike através da Asiaciti Trust, empresa que liderou os procedimentos burocráticos para estabelecer a empresa offshore. “Dado o baixo preço desse projeto e o fato de ser puramente benéfico, não há mais etapas”, diz o documento.
Procurado por meio de seu advogado, Eike Batista respondeu até o final desta reportagem, para que as transferências benéficas tenham sido confirmadas.
Claudio Rossi Zampini
O empresário Claudio Rossi Zampini possui corporações em diversas áreas de São Paulo, como a CRZ Telecomunicações e a Flamingo Táxi Aéreo. Zampini olha diretamente ou no clube de nove corporações. Também possui débitos de 1. 300 milhões de reais inscritos na dívida ativa da União, referentes aos registros entre 2014 e 2019.
Zampini parece ser o dono de 3 filiais criadas entre 2008 e 2011 nas Ilhas Virgens Britânicas. Há muitos dados sobre a mais antiga, Lizza Properties, estabelecida em março de 2008, nem sobre o máximo recente, Encinita Holdings, estabelecido em 2011.
O momento é a Flamingo Jet Air, que aparece nos documentos da Pandora Papers como propriedade da Flamingo Táxi Aéreo, uma das empresas da Zampini em São Paulo. O empresário parece um diretor offshore. Esta empresa foi fundada em 2010 em 2017, disse que a empresa tinha US$ 650. 000 em uma carteira de investimentos no Merrill Lynch Miami Bank, nos Estados Unidos.
Da mesma forma que relata valores, Zampini afirma ser o proprietário do Hotel Braston em São Paulo, mas nos sócios da empresa não aparece a chamada de claudio, mas a de Andrea Regina de Souza Freiberg e Blue Cloud Participações. . Blue Cloud é propriedade de uma empresa offshore, Blue Cloud Enterprises Inc. , nas Ilhas Virgens Britânicas.
O namoro entre Nuvem Azul e Zampini é processado em um caso de 2011 através do Tribunal Regional Federal da Região III. Ele está sob pressão de que a criação da Nuvem Azul seria um “subterfúgio para esconder o controle existente exercido através de Claudio Rossi Zampini”. Como resultado deste acordo, o hotel foi incluído no pedido do réu pela dívida de Claudio. O documento agora revelado, no qual ele afirma ser o dono do hotel, corrobora o entendimento da Justiça.
Quando perguntado por que ele mantinha as offshores e por que as escondia, Claudio respondeu no final desta reportagem. A área permanece aberta para manifestações.
Jonathan Couto de Souza
Jonathan Couto de Souza é mais conhecido por sua carreira como cantor e influenciador virtual do que por sua atividade publicitária na Clean Indústria e Comércio de Cigarros, da qual tem 21% de participação, tornou-se notório graças ao seu casamento, que terminou este ano, com a influenciadora Sarah Pontius, casal que aparece em sites de celebridades.
Jonathan tem uma dívida de 1. 200 milhões de reais registrada na dívida ativa da União, e a cobrança é feita por uma empresa offshore, a Ranfed Investments. Criada em 2016, a corporação aparece na declaração de ativos feita por Jonathan em 2020, quando foi efetivado para o cargo de vereador no Rio de Janeiro. Procurado através de sua produtora, ele respondeu. A área permanece aberta para manifestações.
Gustavo Amaral Rossi
Gustavo Amaral Rossi é empresário no setor de serviços e tem 543 milhões de reais subscritos à dívida ativa da União. Ele foi alvo da Operação Rosa dos Ventos, por meio da Polícia Federal, cuja investigação instaubrou no início de 2016 seu pai, Miceno Rossi Neto, para sonegar impostos e lavar dinheiro na venda de combustíveis, além de crimes contra a organização do trabalho, estrangeiros. troca de fraude e fraude em pedras valiosas e títulos da dívida pública. O esquema seria usar empresas laranjas para evitar pagar impostos e, assim, acumular lucros.
De acordo com documentos da Pandora Papers, sua empresa offshore, Infinity Inc. , com sede em Seychelles, abriu suas portas em dezembro de 2018, quando Gustavo já estava sendo investigado pela Polícia Federal, como componente do procedimento de due diligence realizado antes da abertura da empresa offshore, a SFM. , uma empresa com sede em Dubai especializada na criação de offshores, descobriu que havia sido alvo de uma investigação de corrupção por meio da Polícia Federal, o que não é um impedimento à sua responsabilidade de abrir a empresa.
Procurado por meio de seu advogado, Amaral Rossi respondeu a Metrópolis. A área permanece aberta para manifestações.
Alberto Davi Matone
Um dos usos habituais do offshore é a aquisição de imóveis. Foi o que Alberto Davi Matone, fundador do Banco Matone, vendeu para J
O Registro imobiliário do Condado de Miami-Dade, onde a Coral Gables está localizada, registra qualquer transação após essa data, afirmando que Alberto ainda é dono da mansão. Além disso, a Northbush Associates parece ser a dona da casa.
O lote tem mais de 2. 000 metros quadrados, dos quais 516 são áreas construídas. A área de dois andares, cinco quartos e cinco banheiros é uma relíquia cuja estrutura começou há apenas cem anos, em 1926. A área permanece aberta aos protestos.
Inventário de José Janene
O ex-deputado José Janene, que morreu em 2010, parece ser o representante de duas empresas offshore com sede no Panamá, a Corliss Enterprises e a Kleman Investments, ambas criadas em junho de 2003, quando ele começou seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados.
Janene era conhecida por ser um dos eixos do escândalo Mensalão, que quase levou ao afastamento de seu mandato, apesar de tudo o que foi absolvido pelo Ministério Público da Câmara em uma votação secreta no final de 2006.
Se declarado no Brasil, o offshore deve ser incluído no inventário de Janene. A reportagem tentou tocar o representante legal da viúva de Janene para explicar o assunto, mas não obteve resposta. Permanece aberto a manifestações.
Mario Kenji Erie
O empresário Mario Kenji Erie, dono das lojas de roupas Makenji, abastecidos no sul, com 19 conjuntos espalhados pelo Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, uma das figuras centrais em uma investigação de corrupção da Polícia Federal, a Operação Alcatraz. , 2019. A investigação investiga suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude nos procedimentos licitatórios para aquisição de dispositivos eletrônicos por meio do governo de Santa Catarina.
Existem duas subsidiárias de Mario na base de dados da Pandora Papers: Flufnstuf Services e MRKG Enterprises, a primeira foi criada em 2016 e, de acordo com as declarações feitas, teria ativos de apenas US$ 10. 000, o objetivo seria investimentos monetários. A MRKG foi criada no ano seguinte, para o mesmo fim, não há estimativa dos valores transferidos para a empresa, porém, o documento indica que os recursos aqui vêm da fonte de renda de suas pinturas e investimentos monetários.
Kenji Erie respondeu perguntas de Metrópolis. A área permanece aberta às manifestações.
Corina de Almeida Leite
Dona da Cia Agropecuária Monte Alegre, na contenção de gado e vencedora de diversos prêmios estrangeiros, e esposa da Adecoagro, empresa luxemburguês que é uma das maiores agroindústrias do Centro-Oeste, a empresária Corina de Almeida Leite tem 27,4 milhões de reais registrados em Corina, que mantém uma empresa offshore nas Ilhas Virgens Britânicas desde 2006, Etiel Societé Anonyme, que, de acordo com um documento da Pandora Papers, tinha US$ 500 mil em ações da Adecoagro em 2016.
Segundo Corina, o offshore é “devidamente declarado ao Tesouro Federal e ao Banco Central do Brasil”. A dívida, por sua vez, está sendo discutida na Justiça, onde foi julgada através do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e cancelada, por ter sido mal registrada, referente a um financiamento que já havia sido pago. “Segundo a empresária, não há referência ao offshore. Em consulta realizada em 22 de setembro deste ano, sua convocação continua na Divisão Ativa.
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