O relatório final da “Operação Kryptos” destaca o papel dos 22 acusados de crimes contrários à fórmula monetária nacional, lavagem de dinheiro e controle imprudente ou fraudulento por meio de uma fórmula de pirâmide monetária liderada por Glaidson Acácio dos Santos, também conhecido como “Faraó”. de Bitcoins”, de acordo com um artigo no jornal Extra publicado no sábado.
Antes da GAS Consultoria Bitcoin, Glaidson controlava cerca de 38 bilhões de reais em seis anos, atraindo consumidores de outras partes do Brasil sob a promessa de 10% de receita mensal, através de investimentos em criptomoedas, mas a empresa nem sequer estava registrada junto aos reguladores. para fazer as transações apropriadas.
A queda de Glaidson Acácio dos Santos e suas afiliadas começou no dia 25 de agosto, quando o ex-garçom detido em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, cerca de 150 milhões de reais em criptomoedas foram encontrados no site, representando a maior apreensão de bens virtuais da história brasileira.
No dia 23 de setembro, Glaidson e outros 21 acusados de participar do esquema criminoso da Gas Consultoria foram acusados através da Polícia Federal. Descubra o desenho da organização e o papel de seus membros de acordo com o relatório final da “Operação Kryptos”.
Glaidson Acácio dos Santos
De acordo com a PF, Glaidson se inscreveu em uma troca de criptomoedas em dezembro de 2014, enquanto trabalhava como garçom em um quiosque em Cabo Frio, no litoral norte do Rio de Janeiro. Na época, seu salário mensal na carteira de R$ 800 é constante. com mês.
Em 2017, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ganhou a primeira denúncia de transações suspeitas do empresário na época. “Mais de 1. 000% se acumularam nos valores transportados, sejam créditos e débitos”, disse o banco à autoridade monetária, sugerindo que há sintomas transparentes de “possíveis atividades ilícitas”.
Desde então, segundo o levantamento, o programa assumiu proporções crescentes e atingiu um faturamento de 38 bilhões de reais em seis anos, valor bloqueado pelo Tribunal, conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil.
“Dada a força de suas operações monetárias, bem como sua posição como esposa-gerente da GAS Consultoria, empresa de publicidade com as iniciais de seu nome, Glaidson é, com as provas acumuladas, o líder da organização sem fins lucrativos. “acrescenta o relatório.
Mirélis Zerpa
A esposa de Glaidson chegou ao Brasil em novembro de 2013 como refugiada da Venezuela, seu país de origem, e de acordo com o relatório da PF, ela já opera ativos cripto na Venezuela, onde sua ligação está em uma lista negra de pagamentos eletrônicos.
“Uma das linhas de pesquisa seguidas é que a Mirelis inseriu Glaidson no mundo das criptomoedas e afins, o que o fez cortar suas consultas com o quiosque e começar a vender contribuições em exchanges”, diz o relatório da PF. componente do esquema societário da GAS Consultoria e de outras empresas da organização, garantiu as notas promissórias que a empresa emitiu aos seus clientes.
Mirelis deixou o Brasil dois meses antes do início da “Operação Kryptos”. Em 23 de junho deste ano, sob segurança máxima, viajou de Cabo Frio, sede da GAS Consultoria, para o Rio de Janeiro, onde pegou um voo para o México. Depois de uma era de quarentena, ele chegou aos Estados Unidos e se estabeleceu em Miami.
A partir daí, segundo a PF, Mirelis manteve as operações da empresa, mesmo após a prisão do marido, nos Estados Unidos, segundo o levantamento, mais de 4. 330 bitcoins foram sacados, ao preço atual, o que equivale a mais de um bilhão. Real. Ainda à solta, Mirelis é procurado pela Interpol.
Segundo a PF, eles eram o núcleo do casal, já participaram ou já participaram do projeto corporativo da GAS Consultoria, ou ocupam cargos aplicáveis na empresa.
Tunay Pereira Lima
“braço direito” de Glaidson, como o relatório da PF o chama, Tunay morava em um sótão no prédio para onde o ex-garçom se mudou em 2017, embora sejam vizinhos, eles entraram em contato através do atendimento na Igreja universal. tornaram-se sócios da GAS Consultoria, a Tunay ganhou 77 milhões de reais em transferências de contas da Glaidson ou da empresa,
“Dada a sua estreita relação com Glaidson, além de ser um membro de fato do GAS, Tunay demonstra que é um dos líderes da organização criminosa, alocando lucros criminais para seus próprios ativos, que são medidos na camada superior. da estrutura”, disse ele.
Márcia Pinto dos Anjos
A esposa de Tunay é dona de um negócio que, segundo a investigação, se baseia na disposição configurada por via Glaidson de transferir os recursos recebidos através da GAS Consultoria.
O relatório afirma que, a partir de 2019, o estilo de vida popular do casal tem aumentado de forma. “Essa mudança repentina na justiça foi proporcionalmente refletida na aquisição desenfreada de artigos de luxo pelo casal. “
Veículos de luxo, como um Land Rover de R$ 329 mil, um Porsche de R$ 487 mil e dois motores de popa avaliados em mais de R$ 2 milhões eram bens do casal, além disso, em 2020, trocaram um apartamento financiado por R$ 655 mil na Glória, uma comunidade do centro da cidade. Rio, por um espaço de R$ 5,7 milhões.
Felipe José Silva Novais
A inclusão de um morador de Brasília como cônjuge da GAS Consultoria coincide com “a expansão geométrica do movimento monetário do empreendimento comercial”, diz o relatório, que esteve próximo de Glaidson a ponto de lhe oferecer atrito burocrático. procedimentos para a emissão de um passaporte, por exemplo. Recebeu R$ 41 milhões das contas não públicas da Glaidson ou da empresa entre 2017 e 2020.
Kamila Martins Novais
A esposa de Felipe ganhou quase 39 milhões de reais com a GAS desde 2017 e uma empresa que abriu através do irmão em maio de 2019 ganhou mais de 70 milhões de reais em transferências da GAS Consultoria ou de seus sócios até o final do ano seguinte. , o casal criou um “microsistema” para refletir o “esquema gas ponzi” em Brasília.
Vicente Gadelha Rocha Neto
Ele “responsável pela expansão do traçado da curva para o nordeste”, conclui o relatório da PF, obteve repasses no valor de 37,5 milhões de reais da Glaidson ou gas entre 2018 e 2020.
Andrimar Morayma Rivero Vergel
Casada com Vicente, ela também é venezuelana como esposa de Glaidson. Segundo a PF, o casal culpado de “ter cedido o benefício do ladrão do esquema evoluiu através do GÁS para paraísos fiscais”.
Diego Silva Vieira
A esposa de Vicente em uma empresa que teve o mesmo tratamento da GAS Consultoria e ganhou quase 98 milhões de reais em transferências de contas glaidson ou GAS. Ele é conhecido como culpado de “uma das maiores transações monetárias de americanos entre os envolvidos no esquema”. , indicando sua relevância no contexto da organização corrupta. “
Em uma ligação interceptada pela Polícia Federal com autorização do tribunal, Diego a um interlocutor não identificado que Mirelis mantém as operações da organização a partir de Miami, mesmo após o desmantelamento da rota da GAS Consultoria no Brasil.
Mariana Barbosa Cordeiro
Esposa de Diego, ela é dona de uma empresa que seria um componente integral do projeto estabelecido através do grupo. Mudanças na vida do casal incompatíveis com o histórico monetário de qualquer um deles são relatadas pela PF no relatório.
Eliane Medeiros de Lima
As investigações da PF sugerem que o dono da exchange de criptomoedas CointradeCX foi um dos principais culpados de movimentar o dinheiro recebido ilegalmente através da GAS Consultoria, por meio de alguma outra empresa que possui, a GLA Serviços de Tecnologia.
“O ramo da organização criminosa dirigida por Eliane é culpado de enviar e receber quantidades de GÁS através de ativos cripto”, concluíram os investigadores no relatório.
Entre julho de 2019 e dezembro de 2020, Eliane Medeiros de Lima processou R$ 324 milhões semelhantes à Glaidson ou GAS Consultoria Bitcoin, menos do que o valor processado através da Mirelis Zerpa.
Michel de Souza Magno
A “corretora de celebridades” não tem uma empresa semelhante à negociação de Bitcoin, e não tem um compromisso formal com o grupo. No entanto, nos áudios da investigação, o corretor parece estar conversando com Vicente e Andrimar e outros interlocutores sobre operações de GÁS e o comportamento de Glaidson. .
De acordo com o relatório, as gravações “indicam que Michael é um usuário proeminente dentro da organização corrupta, sendo o usuário confiável de Glaidson, culpado de gerenciar um portfólio de milhares de clientes”.
Artur dos Santos Leite
Autodeclarado comerciante do mercado monetário nas redes sociais, de fato, segundo a PF, Arthur usou a atividade para disfarçar sua participação no regime de GÁS. Entre maio e novembro de 2020, a empresa que registrou sua participação faturou 20,5 milhões de reais com a Mirelis Zerpa Corporate.
Ele morava em um espaço avaliado em mais de R$ 8 milhões em Cabo Frio e em um carro de luxo de R$ 660 mil”. Parece que Arthur é ultimamente um operador significativo de Glaidson, porque, a partir do final de 2020, ele começou a obter quantias significativas. do esquema, momento em que começou a mostrar maior capacidade monetária”, diz o relatório.
Responsáveis pela atividade operacional da empresa, contaram com outras pessoas na mais sensata da organização, controlaram os contratos com clientes, administraram saques e depósitos semelhantes à empresa, seja por movimentação bancária ou caixa, entre outras atividades conjuntas.
João Marcus Pinheiro Dumas Viana
Ele gostou do titular de depósitos em dinheiro em uma conta não pública da Glaidson entre abril de 2019 e dezembro do ano passado, e alegou que John “é um comerciante infame dos fluxos de dinheiro do grupo”, segundo o relatório.
Larissa Vianna Ferreira Dumas
Os dois serviram como intermediários “para a transferência do orçamento para outras pessoas”, segundo o relatório. “Além de trazer as outras pessoas de Glaidson para o movimento monetário, eles possuem empresas de fachada que são usadas através da estrutura corrupta. “
Elvis Almeida de Oliveira
Ampliação das atividades da consultoria de combustíveis para Florianópolis, capital de Santa Catarina. A partir de 2020, o relatório emite, começou a “transferir quantias mais expressivas e receber milhões de dólares das contas de Glaidson”.
Victor Lemos de Almeida Teixeira
Vizinho de Vicente Gadelha Rocha Neto em um condomínio de luxo em Cabo Frio, é nomeado “sócio de Glaidson no ramo de estrutura civil da GAS”. Além disso, como advogado, atuou como prestador de serviços jurídicos para a organização.
Responsável pela atração de consumidores e negociação de contratos entre eles, a GAS Consultoria, não tinha compromissos formais com a empresa e era remunerada pelo pagamento de comissões.
Matheus Rodrigues Pereira Bezerra
Irmão de Kamila Martins Novais, ele é o supracitado dono de uma empresa que faturou 70 milhões de reais da Glaidson ou da GAS Consultoria em um ano e meio. A Wiretaps revelou que é “solicitada através de investidores para explicar contratos”, indicando que é uma delas. dos principais representantes da GAS Consultoria aos clientes.
Segundo o relatório, ele ocupou uma “posição estratégica” na organização e liderou o projeto de expansão da Gas Consultoria, e até abriu uma empresa na Colômbia para esse fim.
Guilherme Silva de Almeida
Dono de uma empresa cuja frente está na mesma posição de uma empresa de propriedade da Mirelis Zerpa, que através da empresa já processou mais de 50 milhões de reais, também ficou conhecido como o cônjuge de Alan Gomes Soares em outras 28 empresas. máximo do que foi inaugurado no início de 2021, e que também atenderia a organização, segundo a PF.
Alan Gomes Soares
Cônjuge de Guilherme GAS trabalhador entre junho e dezembro de 2020. Como Secretário Executivo, ganhou R$ 1. 500 em relação ao mês. Três dias antes do início do vínculo empregatício, ele abriu uma empresa que ganhou 60 milhões de reais “sendo um dos maiores beneficiários dos recursos corporativos da Mirelis”, diz o relatório.
Paulo Henrique Rosa de Lana
“Um comerciante de regime”, segundo a PF, possuía uma conta que rendeu cem depósitos glaidson em apenas seis meses. Para os pesquisadores, é mais provável que “o relato de Paulo Henrique tenha servido como conta de páscoa de Glaidson”.
Kelly Pereira Deo de Souza Lana
Esposa de Paulo Henrique, dono de uma empresa que, segundo a Polícia Federal, “tem se mostrado como um mecanismo intermediário das somas deslocadas pela atividade ilícita perpetrada através do GÁS”.
Como o Cointelegraph Brasil noticiou recentemente, os clientes da GAS Consultoria repassarão à Justiça as quantias investidas por meio da empresa, que alimentou uma organização corrupta estruturada em torno de um círculo de núcleos familiares, capaz de orquestrar um esquema de fraude monetária de vários bilhões em proporções.
LEIA MAIS
Pegue seu agora no OKEx!