Padre é acusado de violência sexual contra padres em MG

Padre Ernani Maia dos Reis, chefe do Mosteiro Santíssima Trindade na mineração da cidade de Monte Sião, acusado de assédio sexual contra 8 padres e assédio ético contra outros 11 entre 2011 e 2018.

Os dados foram publicados pelo portal UOL e mostram que o promotor de Justiça de Monte Sião, Marco Antonio Meiken, fará com que a Polícia Civil de Minas Gerais abra uma investigação contra o religioso.

De acordo com a publicação, o Ministério Público de MG solicitará que todos os afetados e testemunhas sejam descobertos e interrogados.

As alegações surgiram após o site acumular dados sobre crimes supostamente cometidos entre 2011 e 2018. As 8 vítimas eram homens, idosos entre 20 e 43 anos quando sofreram assédio sexual. Das outras 11 pessoas que foram envergonhadas e agredidas verbalmente, 10 eram mulheres.

Das vítimas de violência sexual ouvidas pelo relatório, duas contaram as agressões atribuídas a Ernani durante a investigação da Igreja Católica e, segundo elas, nenhuma obteve ajuda mental ou monetária da instituição.

A organização relatou que Ernani usou sua autoridade para se chamar de “pai”, como ele gostava de ser chamado, e apresentou “sessões de psicanálise” onde o abuso foi cometido.

Um dos padres chegou a dizer que havia pedido recomendação ao padre sobre suas dúvidas sobre perseguir uma vocação devota ou fundar uma família. Na época, Ernani teria dito ao monge que ele era gay, colocou a mão do jovem em seu pênis, e disse-lhe “você quer isso aqui, seu idiota”.

A Igreja Católica disse estar ciente das queixas, mas o padre só se livrou delas quando pediu para deixar o mosteiro em 2018, momento em que afirmou “cansaço” e “a crise das vocações”.

Atualmente, o padre é psicanalista na cidade de Franca, em São Paulo, também é esperado para depor do inquérito policial. Em um e-mail enviado à publicação, a Igreja afirma que o estabelecimento não negligenciou em relação ao processo judicial e “nunca negou qualquer fato (dele) ou ato atribuído ao exercício da direção desta comunidade”.

O texto assinado através do Canon Wilson Mário de Morais, vigário-geral da Arquidiocese de Pouso Alegre (MG), não menciona expressamente a natureza das acusações, que vêm com violência sexual, assédio sexual e assédio mental.

“As comissões de auditoria e investigação foram constituídas em espaços de controle, sendo as respectivas comunicações diretamente aos representantes jurídicos superiores (Nunciatura e Santa Sé). Nunca houve uma omissão nesse sentido”, diz o texto publicado pelo portal UOL. .

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