Produtores se reúnem para baixar indicação geográfica da banana no Vale do Ribeira

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A banana designada do Vale do Ribeira, em São Paulo, pode ser conhecida com o selo original da região. O processo de Indicação Geográfica (GI) já começou e, no final de setembro, uma oportunidade de viagem visitou 4 municípios da região. – Registro, Miracatu, Eldorado e Cajati – para orientar os interessados.

A banana é uma das principais culturas da região do Vale do Ribeira, que inclui 22 municípios. São Paulo é o maior produtor nacional de bananas, respondendo por 15,7% do total produzido no Brasil em 2018, segundo o Instituto de Economia Agropecuária (IEA-APTA). A Vale do Ribeira produziu 34,5 milhões de caixas de 21 quilos de banana em 2019, o que gerou um bilhão de reais para a região e representou 65% da produção de frutas do estado.

O processo de obtenção do GI é apoiado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Sebrae e Instituto Federal de São Paulo, e a participação de entidades como a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA-SP).

De acordo com o controlador fiscal agropecuário federal Francisco Mitidieri, os benefícios de um procedimento de IG vão além de simplesmente comparar o produto no momento da venda. “Os produtores vão expandir uma cultura associativa, poderão fazer compras coletivas, ganhar escala, elevar o ponto de práticas de produção de inteligência e ter um patrimônio”, resumiu.

Mitidieri se preocupou com os procedimentos de GI no mapa em 2014 e acompanhou projetos de café na região do Garça, a variedade de uvas de Jundiaí, entre outros. Segundo o engenheiro agrônomo, as duas questões máximas para os produtores são: Cobrar pelo procedimento gastrointestinal e quanto eles podem obter com isso.

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As respostas são relativas. A cobrança pode variar de 0 (se os fabricantes completarem todas as fases) até cerca de R$ 200 mil, caso a organização tenha recursos e opte por contratar especialistas especializados para dar uma mão no processo. Para isso, linhas de crédito estão em vigor. Quanto aos lucros, além dos benefícios para o território apresentado acima, a literatura indica que o selo GI pode render até 50% a mais para os fabricantes. “Isso enquanto a cultura é bem comunicada, ela se reflete no selo e o cliente reconhece esse diferencial”, explicou.

Outro comum é o prazo para obtenção do selo, emitido por meio do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), Mitidieri disse ter notado ensaios que duraram 8 anos e outros que terminaram em três, tudo depende muito da mobilização dos produtores. .

O GI não distingue uma coisa sensorial no produto, ou seja, as bananas do Vale do Ribeira podem não necessariamente ter outra característica física ou gosto dos demais. No caso do GI original, quais são os temas da cultura da produção?nesta área geográfica, bem como as facetas ancestrais e culturais que possivelmente estariam relacionadas com as bananas.

A proximidade da Mata Atlântica é possivelmente um diferencial para este produto, mas os próprios fabricantes delinearão as especificações do GI, segundo Juliana Antunes, chefe do Serviço da Agricultura Familiar, e Raquel Rizzi, analista técnica de políticas sociais, dois membros da equipe da DDR (Divisão de Desenvolvimento Rural) da Superintendência Federal da Agricultura de São Paulo (SFA-SP). Eles estiveram nos 4 municípios dando palestras em setembro.

Jeferson Reginaldo Magario, vice-presidente da Abavar (Associação dos Produtores de Banana do Vale do Ribeira), disse que as expectativas são máximas e os fabricantes vêm pensando nessa opção há muito tempo. “Nós não sabíamos como fazê-lo. No evento, ficamos um pouco assustados porque vimos que muito era necessário, mas não é impossível. Também tínhamos esperança”, disse Jefferson.

Segundo ele, Abavar representa cerca de 400 produtores, basicamente bananas anãs e prata. Jefferson cultiva a fruta em 55 acres e continua um círculo de história familiar que começou na década de 1940 com seu avô. Ele vende na Grande São Paulo e acredita que a gravadora vai. ajuda a construir a lealdade dos visitantes.

Isnaldo Lima da Costa Júnior, um dos coordenadores do CooperCentral VR, disse que o selo IG trará uma referência à região. “Sendo um selo regional, terá que envolver todos os atores da cadeia produtiva. Temos um conceito de apelo que isso representa”, disse. A Coopercentral reúne 12 instituições do Vale do Ribeira, nove cooperativas e três associações, totalizando cerca de 1. 500 produtores agrícolas familiares.

O presidente da Cooperativa dos Produtores de Banana Miracatu, Isnaldo, é que o IG vai elevar o preço do produto, que é cultivado em harmonia com o meio ambiente. “Temos uma herança gloriosa aqui na Mata Atlântica. Produzimos de 20 a 25% do território e 75% está preservado”, disse. Ele disse que agora a CooperCentral VR lançará um procedimento de debate interno para que todos os representados sejam incluídos, adicionando 3 instituições quilombolas.

Anderson Bezerra de Lima e Claudio Perin, especialistas em publicidade do Sebrae do escritório regional do Vale do Ribeira, afirmaram que, em primeiro passo, o Sebrae contratou uma empresa especializada em indicação geográfica para realizar um estudo de viabilidade, apontando para cinco setores: banana, palmeira central de pêssego, leite de búfala, arroz Moti e chá.

“As correntes que atenderam às necessidades eram bananas e palmitos”, disse Anderson. Em seguida, o Sebrae contratou o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia para fazer valer o GI de banana e palmig. Logo após sua contratação, o Sebrae culpou a articulação com produtores, associações e cooperativas e a formação do comitê de controle.

A expectativa com o GI banana do Vale do Ribeira é que os consumidores entendam e os produtos dessa região cobertos pela indicação geográfica, além de fortalecer parcerias nesse território.

O administrador e professor universitário Jurandir Domingues Júnior coordena o comitê de controle para a destinação da banana do Vale do Ribeira, disse que o pedido veio do Sebrae, que solicitou ao Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Campus de Inscrição (onde Jurandir trabalhou antes de ser redistribuído para Santa Catarina), para uma primeira investigação da região que teria alguma possibilidade de solicitar o selo IG do INPI.

Segundo Jurandir, a atribuição prevê 12 etapas que evoluirão em 3 anos (veja arte abaixo). Os apoiadores locais vêm com Abavar, CooperCentral, Unesp (Universidade Estadual paulista), Apta (Agência de Tecnologia Agroindustrial de São Paulo), Codivar (Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal Vale do Ribeira e Litoral Sul), Itesp (Instituto Fundiário do Estado de São Paulo), Cati/CDRS (Coordenação de Desenvolvimento Rural Sustentável), entre outros.

“A ocasião permitiu uma maior proximidade entre os membros do Comitê gestor e da empresa local, especialmente com os fabricantes e suas entidades representativas, um ponto básico para a boa sorte do projeto, pois os fabricantes são os verdadeiros protagonistas desse processo”, disse.

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