Ao som de uma paródia da “Dança das Favelas”, no pequeno auditório do porão do suntuoso Complexo Brasil 21, onde está o Partido Liberal, um breve rito de associação do presidente da República, Jair Bolsonaro e seu mais velho. , aconteceu o filho, senador Flávio Bolsonaro, na terça-feira, 30.
“O longo prazo é dieu. Eu venho do PP e confesso, caro Valdemar, que a resolução não é fácil. Falei com outros parlamentares, uma associação é como um casamento. Não seremos marido e mulher, vamos “ser uma família”, brincou Bolsonaro em seu discurso, depois de pedir uma oração ao pastor e deputado marco Feliciano (PSC).
A articulação para o acesso de Bolsonaro ao partido, presidida por Valdemar Costa Neto, começou no início de novembro e já veio e saiu várias vezes.
“Vivíamos no dia a dia, mas sabíamos que faltava uma chamada que constituisse nossa atribuição para o Brasil. É quando o PL recebe a maior figura política do país”, disse Costa Neto, em seguida, destacou os programas do governo Bolsonaro. O presidente Bolsonaro, bem-vindo ao dia 22, bem-vindo ao Partido Liberal”, acrescentou.
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O PL é o terceiro ao qual Flávio Bolsonaro é filiado, só este ano, eleito senador pelo PSL, depois de ter passado pelo PP, pelo PFL, pelo PP e pelo PSC.
Depois de assinar sua filiação, o senador fez um discurso elogiando seu pai. “É uma grande honra ser seu filho, mas um eterno aluno e aprendiz de tudo o que ensinou como pai e político”, disse ele, em seguida agradeceu Costa Neto por “abrir as portas para nós”.
Devido a desentendimentos dentro do partido, Bolsonaro não se registrou no Patriota, e após pronunciar que vai se registrar no partido de Costa Neto, Flávio acomodou na última quinta-feira (25) os principais pontos de sua associação com a cúpula liberal.
Além de Flávio e Jair Bolsonaro, o rito foi comprometido com a associação de funcionários do governo federal. Os ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho e do Trabalho e Da Previdência Social, Onyx Lorenzoni, também se filiaram ao partido, acompanhando o presidente. Tarcísio de Freitas, que participou do rito, não afirmou quando vai se inscrever para o partido.
Marinho pretende concorrer ao governo do Rio Grande do Norte nas próximas eleições; Lorenzoni concorrerá ao executivo do Rio Grande do Sul; Por sua vez, Tarcisio concorrerá ao Senado de Goiás ou Mato Grosso, mas Bolsonaro tenta convencê-lo a concorrer ao governo de São Paulo.
Segundo os dados do assessor do PL, filho do presidente 03, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, ultimamente no PSL, também vai se registrar na sigla dos liberais, porém não se sabe quando isso vai acontecer.
A cerimônia contou com a presença dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicação), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) Tereza Cristina (Agricultura) e João Roma (Cidadania) Juntamente com eles, estiveram presentes os membros do Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
A época entre o primeiro anúncio da adesão de Bolsonaro ao PL e a adesão, no início de novembro, foi marcada por tumultos e disputas entre o chefe do Executivo federal e Costa Neto.
No início da articulação da associação do presidente – que ficou dois anos sem partido depois de deixar, em novembro de 2019, o PSL que o elegeu em 2018 – o rito agendou-se para o dia 22 de novembro, em referência ao número de siglas. .
No entanto, a nova data escolhida, que é um feriado opcional no Distrito Federal para o Dia evangélico, continua sendo um símbolo para o presidente e sua família, já que ele goza de alguns grupos protestantes.
Uma semana após a primeira data marcada para o “casamento”, como Bolsonaro gosta de dizer, ele e Costa Neto trocaram insultos da noite para o dia e cancelaram o evento.
Segundo relatos da imprensa na época, o imbróglio ocorreu porque Costa Neto resistiu à tentativa de Bolsonaro de interferir em acordos estaduais envolvendo partidos de oposição ao governo, como o PT e o PSDB.
Além disso, o filho do presidente 02, vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) insistiu que seu pai renunciasse ao clube devido à repercussão negativa dos acordos com o Centrão – criticados por Bolsonaro na cruzada de 2018 – e, em especial, com Valdemar Costa Neto. condenado pelo regime mensal de subsídios, a partir de 2005.
Mas o cálculo feito pelos líderes do PL, terceiro na Câmara dos Deputados, foi suficiente para acalmar o clima, na verdade, com Bolsonaro, o partido poderá escolher a maior cadeira na Câmara em 2022. Os liberais têm 43 deputados e esperam chegar a 65 na próxima eleição.
Essa conta é muito importante para a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) por mais dois anos à frente da Casa. Essa articulação não é sem razão, porque o PP e o PL são os maiores partidos do Centrão, do que o governo Bolsonaro no Congresso. Não é por acaso que conquistaram dois cargos de alto nível no Palácio do Planalto: a Casa Civil está com Ciro Nogueira (PP) e a secretária de Governo, com Flávia Arruda (PL).
O acesso de Bolsonaro ao PL está causando agitação em pelo menos 15 localidades cujos apoiadores já estão deixando o partido, como é o caso do Ceará.
O partido aliado ao PT e ao PSDB nas eleições municipais de 2020 para a reeleição do prefeito de Sobral Ivo Gomes (PDT), irmão de Ciro Gomes, um dos rivais de Bolsonaro para o conflito de 2022.
Outro caso é o do Piauí, cujo governador do PT, Wellington Dias, tem as premissas do PL, isso agora é incerto. Além desses casos, há também um confronto em São Paulo, como prometido pelos liberais a Rodrigo García (DEM), vice-governador de João Doria, para o governo estadual em 2022.
No entanto, Bolsonaro nomeará o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas como governador de São Paulo, que, por sua vez, concorrerá ao Senado de Goiás ou Mato Grosso.
Segundo o senador Wellington Fagundes (PL-MT), o partido está em condições de rever o apoio do Estado, acrescentando da esquerda: “O partido está ciente de que vamos conseguir a Presidência da República”, disse.
Ainda assim, segundo o senador, foi tomada uma decisão na assembleia com os chefes de Estado, que deram carta branca a Valdemar para organizar a ajuda com Bolsonaro, de que o presidente da República terá a aprovação do PL em São Paulo e em outros estados. com um candidato. de a sigla ou através de coalizão.
“Tudo será discutido e analisado caso a caso. Temos o presidente com uma posição ideológica de centro-direita muito transparente. Dificilmente haverá uma coalizão com partidos de esquerda”, disse Fagundes.
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