O casamento de explicação do porquê entre o presidente Jair Bolsonaro e o PL, do ex-deputado federal mogiano Valdemar Costa Neto, tomou uma posição na manhã desta terça-feira, 30, e ninguém pode duvidar que muitos interesses estão em jogo no nexo desastroso para os brasileiros.
Após dois anos sem legenda, Bolsonaro se filiou a Costa Neto que, em 2002, se juntou à coligação entre o PL e o PT, e os “liberais” nomearam o vice-presidente Lula para as eleições daquele ano.
A cerimônia, em Brasília, foi marcada por gritos de “mito”, ataques diretos ao pré-candidato Sérgio Moro e anúncios do Auxílio Brasil diante de uma plateia composta por ministros, governadores e lideranças políticas em nível estadual e nacional, como o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).
Para Bolsonaro, essa associação promete a ele, além de uma legenda para concorrer nas eleições do ano que vem, uma das siglas mais poderosas e representativas máximas, em todo o PP, o chamado meio do Legislativo Federal.
Ao mesmo tempo, o PL visa aumentar a duração do Judiciário e, consequentemente, do fundo eleitoral.
Apostas internas mostram que, com a migração do presidente para o PL, uma organização de parlamentares e políticos ultimamente filiados a legendas como o PSL trará em combinação uma organização capaz de ampliar a duração do Judiciário de 43 para cerca de 70 deputados federais.
Em números, isso pode constituir cerca de 1/7 do fundo eleitoral.
A grande dúvida é que deputados do PL como Marcio Alvino vão aproveitar essa expansão ou acabar esmagados pelos deputados bolsonaristas e pelas raízes que agora assumem o partido.
Para se ter uma ideia dos valores, em 2018, mesmo que tenha vencido a eleição presidencial com Fernando Haddad, o PT elegeu 50 deputados, o que lhe garantiu 10% do fundo total do partido.
Se as contas máximas positivas se concretizarem, o PL poderá ter sucesso em 12% do total que será publicado até 2022.
“Agradeço aceitar como verdadeiro com Valdemar que ele me colocou. Eles podem ter a certeza de que nenhum partido será esquecido através de nós, temos que compor nos estados, no Senado e no governador, para que possamos fazer, cada vez mais, temos menos diferença entre nós”, disse o presidente na época da filiação.
ataques a Moro
Ao contrário de outras ocasiões, o ex-presidente Lula não tem estado no meio de ataques aos discursos bolsonaristas da associação do presidente com o PL.
Em vez disso, o ato de filiação do PL, foi do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, recém-inscrito na política e nomeado candidato à presidência em 2022, que estava no meio da fala do filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). .
Ele disse como um “traidor”, Flávio Moro a um Judas no governo Bolsonaro.
“Há um ditado na política que diz: ‘A política pode até perdoar a traição, mas perdoar o traidor. [. . . ] Um traidor é aquele que, por ação ou omissão, interfere com a polícia federal”, disse. sem mencionar a chamada do ex-juiz.
Ao deixar o cargo de ministro em 2020, Moro acusou Bolsonaro de interferir no comando da Polícia Federal.
Moro ingressou na Somos em novembro e, desde então, tem procurado reforçar seu apelo como opção de terceira via.
Os ex-juízes apostam em tokens em feudos bolsonaristas antigos e para isso mantém contatos com ex-aliados do presidente e parlamentares do PSL que o ajudaram, entre outras coisas, a construir agendas de rua.
Bolsonaro vai “fechar” os olhos para a associação PSDB e PL em SP?
Os bloqueios regionais foram a causa de uma crise que fechou as portas do PL para Bolsonaro.
O presidente defendeu os nomes que havia escolhido para concorrer nos Estados Unidos, mas os dirigentes já haviam apresentado suas próprias organizações, como no caso de Pernambuco e São Paulo, onde as discussões com o PSDB para o governo foram avançadas.
Isso resultaria em um departamento imaginado da plataforma com João Doria e Piauí, estado em que o PL e o PT estão mais próximos.
Apesar de os nomes dos potenciais candidatos ao governo terem sido citados novamente, Bolsonaro gostou de um discurso mais suave do que o habitual quando se filiou.
Ele citou como competição os nomes dos chefes de Estado: Víctor Hugo, em Goiás, João Roma, na Bahia, Eduardo Gomes, no Tocantins e Ricardo Barros, no Pará.
No entanto, os ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), antes defendidos por Bolsonaro para o governo de São Paulo, e Gilson Machado (Turismo), para Pernambuco, foram discutidos por meio dele na ocasião.
Um dos mais altos governos aclamados à frente da ocasião o ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, citou como candidato ao governo de São Paulo.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também deve concorrer ao governo gaúcho.