Bolsonaro volta ao Centrão e se filia ao PL para 2022

O presidente formaliza a união com o partido de Valdemar Costa Neto, implicado no escândalo do Mensalão, e busca usar a força do partido desfavorecido nas urnas para as eleições de 2022. Jair Bolsonaro se filiou nesta terça-feira (30/11) ao Partido Liberal (PL), para o qual concorrerá à reeleição em 2022, que também foi acompanhado pelo filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro (RJ), que está deixando o Patriota, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

O rito foi realizado em Brasília, na presença de vários ministros e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Em seu discurso, Bolsonaro disse que a resolução de assinar a sigla “não foi fácil”, mas que agora seriam “como uma família”, e sob pressão de que ele e o partido tinham “uma semelhança muito forte”.

O plano de Bolsonaro e do PL é usar a força do governo para o partido e aumentar suas chances de reeleição em 2022. O partido tem recentemente 43 deputados e é a 3ª sede da Casa, além de cinco senadores. – acrescenta Flávio Bolsonaro, o oitavo maior banco do Senado.

O PL buscará agora atrair deputados e senadores inabaláveis para Bolsonaro, que são filiados a outros partidos, e sonha em formar a maior bancada na Câmara no ano que vem. Outros ministros do governo também estão lendo a migração para o PL nos próximos meses e estão concorrendo a governador ou senador. O partido tem recentemente no governo federal a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda.

Bolsonaro estava legendado há dois anos, quando deixou o PSL devido a conflitos internos, então o presidente tentou criar seu próprio partido, aliança Pelo Brasil, mas a iniciativa não conseguiu reunir o número de assinaturas necessárias para baixar o registro do partido no Tribunal Superior Eleitoral.

Na ocasião da associação do PL originalmente programada para assumir uma posição em 22 de novembro, no entanto, Bolsonaro subsidiou e pediu mais espaço para nomear candidatos a governador do partido e vetar alianças regionais com partidos de esquerda, o que ele fez.

De volta ao centro

O PL é um dos do Centrão, organização de legendas sem bandeiras ideológicas explicada que se aproxima de funcionários do governo em busca de cargos e orçamento para bases eleitorais e organizações de interesse.

O presidente do PL é Valdemar Costa Neto, que condenou e prendeu no subsídio mensal. A legenda apoiou o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contou com o vice-presidente José Alencar entre seus membros até 2005.

O ato de parceria de terça-feira fortalece o vínculo do presidente com o Centrão, que se expandiu desde meados de 2020. O presidente foi eleito em 2018 criticando essa organização partidária, que ele chamou de “velha política”, e inicialmente o governo reuniu sua equipe de ativistas. e aposentados não partidários e militares, esperando que sua ajuda popular fizesse alguma governança.

Esse mecanismo funcionou no início do mandato, quando o Legislativo, por iniciativa própria, tentou aprovar programas como a reforma da Previdência. Em 2020, exausto pelo papel do governo na pandemia e enfrentando dificuldades crescentes com o legislativo, Bolsonaro começou a abrir uma área dentro do governo para políticos que participaram das discussões no Congresso.

No início de 2021, ele confiou pela primeira vez o comando de um ministério a um membro do Centrão, quando João Roma (Republicanos) assumiu o Ministério da Cidadania. Em seguida, Flávia Arruda chegou à secretaria de governo, e em julho Ciro Nogueira. , do PP, nomeado ministro líder da Casa Civil, um gesto que o próprio presidente explicou como a entrega da “alma do governo” ao Centrão.

O próprio Bolsonaro já era membro do Centrão antes de ser eleito para o Palácio do Planalto, e o PL é seu nono partido em seus 32 anos de carreira política. De 2005 a 2016, o presidente ingressou no PP, hoje o maior partido do país. O Centrão.

Carreira até 2022

A técnica de Bolsonaro para essa organização de legfinishes impediu a abertura de um julgamento de impeachment e garantiu que ele chegue ao fim de seu mandato, no entanto, o efeito da união com o Centrão sobre as possibilidades eleitorais do presidente em 2022 é incerto.

Uma pesquisa realizada pelo PoderData de 22 a 24 de novembro indicou que apenas 22% dos entrevistados classificam o governo como inteligente ou excelente, o menor percentual desde o início do mandato, enquanto 57% de seu governo é ruim ou péssimo.

Se as eleições fossem hoje, Bolsonaro teria 29% das intenções de voto no primeiro turno, contra 34% do ex-presidente do PT Luiz Inácio Lula da Silva; na segunda etapa, Lula venceria com 54% em comparação com os 31% de Bolsonaro. .

Outra explicação do porquê são os interesses eleitorais desses partidos, que possivelmente preferem evitar aliar-se com candidatos sem chance de vencer, se as pesquisas mostram que Bolsonaro também pode ser simplesmente excluído do turno por enquanto, dependendo da funcionalidade de nomes como João Doria. (PSDB) e Sergio Moro (Podemos), os líderes do Centrão também podem simplesmente se inscrever para outros aspirantes ou até mesmo se aproximar de Lula.

bl (ots)

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