O global da fotografia e da cena se despede de Cláudio Etges

Um dos fotógrafos mais procurados e respeitáveis do panorama cultural gaúcho, Cláudio Etges, outra vítima do Covid-19, morreu na unidade de terapia intensiva do Hospital São Lucas, a PUCRGS, com 66 anos ou mais. Com mais de 40 anos de experiência, ganhou popularidade no exterior ao clicar nas artes cênicas, como teatro, dança, circo e música.

Nascido em Porto Aegre e formado em psicologia pela Unisinos, Cláudio foi submetido a um transplante de rim em 15 de janeiro de 2020, apresentado por sua esposa, Leta Etges. Na época, ele postou em suas redes sociais: “Levei alguns anos de silêncio para caminhar e diálise e agora terei a graça de pegar um rim de um doador vivo”. O profissional era fiel à gravação de equipamentos de dança e teatro, desde 1980, na capital gaúcha e interna no estado. A pintura deu origem a uma das maiores coleções fotográficas do nosso panorama cultural, com mais de 15 mil fotografias de artistas e equipes no campo cênico e musical, além de eventos, que levaram à publicação de livros, exposições e recepção. de prêmios e tributos.

Em 1996, ganhou o Troféu Especial dos Açores, a ser oferecido através da Prefeitura de Porto Alegre, em popularidade de sua carreira como fotógrafo das artes cênicas na capital. Sete anos depois, foi a vez do concertista El Tango. para oferecer-lhe o troféu Bandoneón, por ter contribuído para a disseminação do tango na imprensa. Em 2004, o Teatro do Sesi lhe concedeu “Destaques da Dança” e, em 2007, o Pro Ballet de Caxias do Sul, com o “Incentivo à Arte da Dança”, no VII Festival Latino-Americano de Danças. Em 2008 ganhou o Troféu Especial dos Açores do Município de Porto Alegre, e em 2020, o “Acrescer 2020” no Prêmio Açorianos de Dança como Personalidade Em 2021, ganhou o Prêmio RS De Trajetórias Culturais.

Tem fotografias publicadas em outdoors, cartazes, CDs, ebooks, revistas e jornais nacionais e estrangeiros. Gravou escolas vitais de dança e teatro, além de festivais no RS e Santa Catarina. Expôs em outros espaços culturais de Porto Alegre, interior do estado e em Santa Catarina e membro da equipe de fotógrafos que publicou um ebook em comemoração aos 150 anos do Teatro São Pedro.

“Comecei a fazer teatro em 1991 e, naquela época, a chamada de Claudio Etges, um fotógrafo maravilhoso, um profissional e usuário de primeira classe, já era retumbante. Tive sorte que meus trabalhos são gravados através de olhos fotográficos gigantes. Etges tinha um olho generoso e um close-up da cena do ator como ninguém. Fotos ao vivo!” a cantora e atriz Denizelli Cardoso falou sobre a morte. “Foi incrível encontrá-lo nos corredores e em inúmeras ocasiões estar através de sua aparência nas primeiras filas onde ele fez seus discos. Um olhar delicado que registrou a reminiscência de nossas cenas. . . “. Vamos sentir muita falta dele”, disse o diretor de teatro Léo Maciel.

“Eu ainda não tenho muitas palavras para avaliar essa perda. A arte está de luto hoje. . . Que você localize a luz, possivelmente você está calmo, possivelmente você está em paz, na posição de seu destino. Aqui, suas milhares de fotografias serão sua presença, para sempre, disse a bailarina Lu Paludo, coordenadora de Artes Cênicas do SESC Jane Schoninger, disse: “Veneração para você!Grande profissional, cônjuge correndo por tanto tempo, com um olhar atento e companheirismo!Ficamos aqui, mais tristes! Sempre permaneçam na luz, o caro Claudio Etges. A fotógrafa cultural Adriana Marchiori disse: “Aprendi muito só de ver Claudio Etges fotografar o teatro. Eu conhecia cada um de seus movimentos, onde ele estava, a velocidade dos cliques, etc. , e então eu passei horas nas fotos que ele postou em seu site. Hoje ficamos mais tristes, perdemos uma referência e um dos fotógrafos de mais alto nível da cidade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *