Chuva isola áreas rurais, destrói lavouras e danifica leite na Bahia e Minas Gerais

O rastro de morte e destruição deixado pelas fortes chuvas no sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais também afetou a produção agrícola nas duas regiões, com forte presença de círculos de agricultores familiares comprometidos com a produção de leite, mandioca, frutas, cana-de-açúcar e milho. Muitas fazendas ainda estão isoladas devido à destruição de pontes e estradas secundárias que ligam comunidades rurais às cidades. O transporte de mercadorias depende de helicópteros.

Danos à população rural morte de animais e perda de lavouras devido a chuvas no sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais (Foto: Isac Nóbrega/Agência Brasil)

“O cenário não é inteligente e é muito confuso devido às fortes chuvas da semana passada, com um fim de semana chuvoso esperado, então todos estão em alerta”, observa o analista agroalimentar da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Caio Coimbra, lembrando que a região Nordeste de Minas Gerais é uma das principais bacias leiteiras do estado, o maior produtor do país. “A produção leiteira é a atividade mais poderosa da região e tem sido a mais afetada. Muitos animais perdidos se afogaram”, diz Coimbra.

No sul da Bahia, a população afetada pelas enchentes ultrapassa 220 mil pessoas que vivem em 51 municípios em situação de emergência. De acordo com a Defesa Civil estadual, pelo menos outras 11 pessoas morreram devido a chuvas acima da média e outras 267 ficaram feridas. “É uma situação muito delicada, nunca notada na região nesses longos anos e causando danos maravilhosos não só à população urbana, mas também à população rural”, observa o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB), Humberto. Miranda.

Diante da situação, Faemg e Faeb apontaram movimentos emergenciais para a origem dos produtos básicos para as comunidades rurais cortadas pelas chuvas. “A população perdeu suas plantações, muitos animais foram arrastados pelas enchentes, os animais morreram, então a dor é muito significativa, além do isolamento que essas famílias estão sofrendo, que é o maior medo no momento. Para que alimentos essenciais e noções básicas cheguem para essas famílias”, diz o presidente da faeb.

Além do nordeste de Minas Gerais, o sul da Bahia é caracterizado pelo círculo da produção agrícola familiar, somando culminação como mamão, coco e banana. Segundo a diretora de Mercados do Ministério do Desenvolvimento Econômico da Bahia, Danielle Luz, as perdas de safra, pelo menos por enquanto, não tiveram impacto na oferta estadual, já que outras regiões estão apáciadas a atender a demanda local. A medida inicial é ajuda e sobrevivência.

“Introduzimos uma cruzada chamada Bahía Solidária, na qual já doamos 10 mil cestas de alimentos para atender o máximo de municípios afetados pelas enchentes e estendemos a cruzada para todo o Estado, com vários centros de coleta. fornecerão à federação e ao Senar assistência técnica e educação para revisar e reativar a economia desses fabricantes”, explica Miranda, da FAEB. Em Minas Gerais, a FAEMG também organiza o acolhimento e envio de doações aos fabricantes afastados das chuvas.

“Em geral, o ambiente rural sofre pouco com esse desafio de inundação, que geralmente ocorre em cidades gigantes, mas quando acontece sabemos que é uma crise mais confusa porque, além de afetar a produção agrícola, há o fator de isolamento. E, raramente, outras pessoas que estão dispostas a passar vários dias sem suprimentos”, acrescenta Coimbra.

Segundo Alexandre Nascimento, agrometeorologista do Clima Rural, a chuva é geral para esta época do ano, a presença de La Niña no Oceano Pacífico tem maior intensidade de chuva nesta estação no centro-norte do Brasil. nesta época do ano e a falta de infraestrutura é ainda mais evidente quando chove demais”, diz Nascimento.

Além dos transtornos nos municípios do sul da Bahia, no Vale do Jequitinhonha (MG) e em outras áreas urbanas, o agrometeorologista promete que há relatos de transtornos nas lavouras devido ao excesso de chuvas e falta de radiação solar no Mato. Grosso, Minas Gerais,, Norte de Goiás, sul do Tocantins e Rondônia, que alerta para distúrbios imagináveis que podem surgir e que as previsões meteorológicas de curto prazo querem ser bem monitoradas.

“Muita chuva e pouca radiação. A fórmula raiz se desenvolveu mal em espaços onde as chuvas foram mais altas em outubro e novembro. Qualquer temporada de verão de 15 dias pode trazer mais problemas”, observa o agrometeorologista, lembrando que espera-se que chova. Continuem em Mato Grosso, Goiás, Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), Rondônia e Minas Gerais em janeiro e fevereiro.

“Uma estação de inverno de pelo menos 10 dias não está excluída da safra, o que pode levar a transtornos na qualidade do grão e distúrbios com o fluxo desta cultura”, conclui.

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