Texto em que apresenta e defende seus conceitos e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Mauricio Stycer é jornalista desde 1985, repórter e crítico do UOL, colunista da Folha de S. Paulo, trabalhou no Jornal do Brasil, Estadão, Folha, Lance !, Época, CartaCapital, Glamurama Editora e iG. a de “Topa Tudo por Dinheiro – As múltiplas faces do empresário Silvio Santos” (editora No entanto, 2018).
Colunista do UOL
12/02/2021 14:05
A resolução da Globo de exibir apenas em Minas Gerais e bahia o confronto entre Atlético (MG) e Bahia nesta quinta-feira (2), às 18h. m. , provocou o espanto e protestos de alguns espectadores. o resultado pode esboçar o novo campeão brasileiro. Por que mostrar o ajuste para o país total?
É a primeira vez que a Globo faz uma resolução desse tipo, a serviço de interesses regionais, o cálculo, do ponto de vista do público, da publicidade e da imagem, é o que vai compensar a frustração do torcedor. da novela “Nos Tempos do Imperador” para mostrar, em Minas Gerais e bahia, um jogo com a perspectiva de delinear o rumo do brasileiro.
Um cálculo baseado em critérios orienta a resolução de não transmitir o jogo em outros centros, ou seja, é mais atrativo continuar com o cronograma geral nos outros estados do país, o raciocínio é que a emissora não priva outros públicos. como a configuração também será apresentada aos assinantes do Premiere.
Ao justificar essa decisão, a Globo mostrou que considera a política esportiva complementar em todos os seus canais e plataformas, desde a televisão aberta até a televisão paga (SporTV e Premiere) por meio de redes virtuais e sociais. que essa lógica não está disponível para um componente significativo do público, que ainda consome basicamente o canal aberto (e gratuito).
Mas, além da preferência por agradar o telespectador, ter uma audiência inteligente e ganhar dinheiro, a Globo também terá que pensar em sua preferência por ser identificada como uma emissora que faz do futebol uma prioridade, depois de desperdiçar algumas competições e em um momento em que a oferta de transmissões esportivas nunca foi tão diversificada, seria sábio não deixar qualquer dúvida de que torneios cujos direitos são seus merecem tratamento de gala.
É transparente hoje que a Globo precisa dos direitos da Libertadores, que havia sido perdida para o SBT, a notícia inteligente que a cadeia deu para o último entre Palmeiras e Flamengo, ainda incapaz de mostrar a partida, indicou esse interesse. também uma maneira de começar a cobrir o Mundial de Clubes, cujos direitos de televisão livre para o ar são dele. De qualquer forma, a Globo fez uma boa impressão ao não minimizar, como já fez em outras ocasiões, competições esportivas sobre as quais não tinha direitos.
Um caso atrativo aconteceu este ano na F-1, após décadas nas mãos da Globo, os direitos de transmissão foram adquiridos através da Band. Nos últimos anos, a emissora carioca parou de transmitir treinos classificatórios, transmitindo os prêmios no pódio e mesmo não transmitindo algumas corridas ao vivo, optando pelo VT noturno. E a locutora paulista entendeu que tinha que responder aos torcedores frustrados, cobrindo a festa de gala da competição.
Em resumo, percebo os motivos que levaram a Globo a mostrar Bahia e Atlético apenas para Minas e Bahia (com outros grupos de narradores e comentaristas na praça), mas acho que a emissora não levou em conta, em sua decisão, uma consulta de maior e menor abrangência.
** Este texto reflete necessariamente a opinião do UOL
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