Adeus a Lya Luft, que está comprometida em desfazer as relações humanas.

Lya Luft (à esquerda, em entrevista a Roseann Keneddy em 2017) escreveu sobre a vida, estilos de vida e relações humanas (Foto: GUSTAVO ROTH / FUNDAÇÃO PIRATINI – VIA AG BRASIL)

“É por isso que escrevo e vou escrever: incitar meu leitor imaginário – substituição de amigos imaginários de anos de formação?Cobertura perdas

O gaúcho, um dos nomes maravilhosos da literatura brasileira, morreu nesta quinta-feira (30/12), aos 83 anos, em decorrência de melanoma, informou sua filha Suzana Luft à imprensa.

“Uma pessoa iluminada, satisfeita, satisfeita, apaixonada por seus netos. Tudo o que ela pode ensinar sobre amor e camaradagem, ela ensinou”, disse Suzana ao GZH.

Luft escreveu dezenas de livros em outros gêneros e tem sido colunista de outros meios de comunicação, que lidam principalmente com a existência, a vida e as relações humanas.

“Na maioria das vezes, caminhamos meio cegos, passando por erros e tentativas, tateando pelas situações exigentes do dia”, diz outro trecho de Perdas.

“Nesta terra traiçoeira ou arenosa, teremos que erguer nossa casa não pública feita dessas matérias-primas. Nem tudo pode ser programado. Cálculos têm resultados acidentais. Combinamos dentro de nós a escolha de sonhar e querer cuncookedl, preocupação e fervor. “

No Twitter, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse que o Rio Grande do Sul está “perdendo um de seus nomes na literatura”.

“Lya Luft nos deixa aos 83 e abre um vazio que é difícil de preencher. Que Deus se adapte ao círculo de família e amigos”, escreveu.

Luft nasceu em Santa Cruz (RS), em um círculo de parentes de origem alemã, formado em literatura anglo-alemã, trabalhou como tradutor de alemão e inglês para escritores icônicos como Virginia Woolf, Gunter Grass, Thomas Mann e Doris Lessing.

Aos 41 anos, iniciou sua carreira literária com o romance As Parceiros, em 1980, que abriu caminho para outras obras vitais, como, por exemplo, O rio do Meio (1996), Perdas.

“No final, escrevi, talvez, para mostrar que o amor é mais vital que a morte”, disse ele no ano passado em entrevista à Folha de S. Paulo.

Na mesma entrevista, Luft falou sobre política e a pandemia e disse lamentar ter votado no presidente Jair Bolsonaro. “Votei a favor da falha e me arrependi muito”, disse ele ao jornal.

“Acontece que vivemos em uma ditadura branca, uma coisa, onde ele (Bolsonaro) decreta e vai ter que ser como ele quer. Mesmo em um assunto que ele não entende, quando milhares de pessoas morrem. Essas distrações dos líderes em sua própria ganância, a distração do sofrimento dos outros, me deixa muito triste. “

Em 2017, com a jornalista Roseann Kennedy, Luft falou sobre as facetas do envelhecimento e da maturidade.

“Eu acho que essa tarefa de ser eterno é muito chata. A velhice é inevitável, você tem que enfrentá-la com dignidade, um pouco de elegância e humor. “

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