Na manhã de quinta-feira, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro apresentaram a Operação Bergon contra equipes neonazistas selecionadas para operações em sete estados, quatro mandados de prisão e outros 31 mandados de busca e apreensão, foram recolhidos porte de armas e dispositivos abundantes. Para o RJ, a ação acontece no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Norte. Os alvos são suspeitos de crimes de racismo e antissemitismo.
No Rio Grande do Sul, a Delegacia de Combate à Intolerância (DPCI) da Secretaria de Estado da Defesa de Grupos Vulneráveis da Polícia Civil cumpriu duas decisões judiciais nos bairros Tristeza e Rubem Berta, em Porto Alegre, segundo o delegado. Cristiane Pires Ramos, vice-diretora do DPCI, os alvos eram um jovem de 14 anos e um de 21 anos. “Estávamos procurando cortinas nazistas e racistas na Operação Bergon, mas não localizamos as cortinas nas direções indicadas”, informou o Correio do Povo no relatório. Em Sa Catarina, o alvo foi na cidade de Porto União.
As investigações começaram há sete meses e envolvem o Conselho Dentras de Vítimas da Criança e do Adolescente (DCAV) da Secretaria de Estado da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP. , discriminação e preconceito com base em raça, cor, etnia, fé ou origem nacional através de pinturas nas redes sociais.
Um ponto de partida para o governo, supostamente o ataque ao viveiro Saudades em Santa Catarina em maio deste ano, na época, um jovem esfaqueou e esfaqueou até a morte três crianças e dois professores. No dia 18, foram encontradas conversas online de ódio e racismo com jovens de outros estados, e seis prisões foram feitas na região sudeste, somando-se a sentença proferida no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ele usou um aplicativo para espalhar ódio e atrair seguidores, mais comumente com ameaças contra negros e judeus.
A partir da investigação dos testados através do Instituto Forense Carlos Eboli, os agentes descobriram muitos com conteúdo racista contrários a negros e judeus, chamando a atenção para diálogos ameaçadores, cooptação de simpatizantes, educação e, sobretudo, a disseminação do ódio.
O apelo à operação faz alusão à freira francesa Denise Bergon, que usou seu convento para espaçoar jovens judeus entre os estudiosos católicos da Segunda Guerra Mundial, evitando a captura através dos nazistas.
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