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Empresas importadoras em pelo menos 4 localidades brasileiras já reclamam de atrasos no acesso de mercadorias depois que fiscais começaram a atrasar os processos de liberação de mercadorias em aeroportos, portos e fronteiras.
O desembaraço aduaneiro de bens demorou mais desde que o Sindifisco aprovou a chamada operação nos postos aduaneiros, esse procedimento consiste em uma fiscalização mais lenta e rigorosa.
Com a operação popular, iniciada no dia 27, a tendência é que a liberação lenta de mercadorias cause escassez no mercado.
Os trabalhadores pedem ao governo o bônus de poder da categoria, a abertura de concurso público para reintegração de pessoal da agência e a revisão do congelamento salarial, que não é reajustado desde 2016.
A moção dos auditores fiscais tomou posição após o Congresso aprovar o orçamento para 2022. Os deputados e senadores concordaram com o pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), que planejou um aumento salarial para policiais, sua base política, em um ano eleitoral. .
“A operação nos portos, aeroportos e fronteiras é o último hotel para os fiscais darem a devida importância ao controle tributário aduaneiro do país”, explica Kleber Cabral, presidente do Sindifisco Nacional.
Os auditores reservaram os produtos hospitalares da operação tartaruga e produtos perecíveis. Os movimentos também estão concentrados em mercadorias, sem afetar passageiros em aeroportos ou viajantes nas fronteiras.
Um agente aduaneiro de Manaus, que entrega liberação de mercadorias importadas para empresas da zona solta, por exemplo, está entre os que já enviaram mensagens à administração tributária, relatando atrasos na liberação de mercadorias.
Nesta terça-feira (28), em assembleia entre o Sindifisco e auditores estacionados na alfândega do porto de Santos, foi tomada a decisão de que a moção será acirrada e que a transferência coletiva de cargos merece continuar nos próximos dias.
Até agora, a transferência de cargos teve 738 auditores em postos de controle, com 93% dos delegados do país, todos os espaços são afetados, com concentração em alfândega, portos e aeroportos, e pontos fronteiriços do país, com importações mais lentas. e exportações, diz Sindifisco.
“Na prática, a resolução significa que a análise, variedade e distribuição das declarações de importação, as chamadas cédulas, serão realizadas com mais cuidado, o que levará a maiores atrasos na indústria externa no país”, disse a organização. Explica.
Segundo Welber Baral, representante e ex-secretário de Comércio Exterior, é positivo que os servidores tenham se comprometido a não atrasar a movimentação de passageiros nos aeroportos, mas a operação terá um efeito sobre a carga, o que acaba sendo uma perda para a população e a indústria.
“É uma pena, a população acaba sendo mantida refém em uma briga entre os ouvintes e o governo federal”, diz ele.
Segundo Barral, com base em experiências além, o maior efeito ocorre cinco dias após o início da operação mais lenta. “Em outras ocasiões, quando o governo fiscal estava em greve há mais de 15 dias, a zona industrial de Manaus perdeu acabou fechando. O efeito sobre contará com a duração da desaceleração. »
O analista acrescenta que, normalmente, setores comerciais – como equipamentos, produtos químicos e eletrônicos – são os máximos afetados por tais movimentos, uma vez que são mais dependentes do “just-in-time” (sistema de produção orientado pela demanda).
Assim, o efeito é sentido na cadeia de semicondutores, que já quebrou a pandemia, afetando segmentos da indústria automotiva e eletrônica, entre outros.
Para o presidente da AEB (Associação Brasileira de Comércio Exterior), José Augusto de Castro, os roubos serão inevitáveis e os danos vão além do atraso no desembaraço aduaneiro de mercadorias.
“Atualmente, é muito improvável quantificar o efeito que a operação terá sobre as importações, especialmente dos manufaturados, que têm uma saída mais lenta. Mas também há danos à imagem. Se os navios localizá-lo, é complicado carregar, eles partem e deixam a mercadoria no Brasil.
Castro disse que a dificuldade de carregar semicondutores pode ser agravada pela demora na liberação de mercadorias e pelos preços mais altos do armazenamento desses produtos. “A importação ficará mais cara. “
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