É difícil se comunicar sobre o skate no Brasil sem mencionar Florianópolis, se o tema é a modalidade Park então é impossível, e o ano histórico de 2021 para o jogo prova isso: a capital catarinense abriga 3 dos seis atletas que representaram o país em sua estreia no festival máximo do planeta.
A medalha de prata trazida por Pedro Barros é o símbolo final da revolução que começou com a influência do próprio patinador e a oportunidade criada através dos Jogos de Tóquio para tornar o skate ainda mais poderoso na “Califórnia Brasileira”.
A boa sorte de Florianópolis no Parque está ligada à história de Pedro Barros. O atleta manezinho, que representou as pessoas nos Jogos com Yndiara Asp e Isadora Pacheco, chegou a Tóquio já consagrada como a maior lenda do jogo e é uma das mais básicas. componente da progressão do jogo na capital.
Considerado um fenômeno desde a infância, não demorou muito para dominar competições ao redor do mundo. Agora, seis vezes campeão mundial e medalhista olímpico, ele não pode desistir de sua conexão e gratidão à ilha.
“Floripa era uma escola. É a minha casa, é onde eu cuido dela, tenho muito carinho, as outras pessoas aqui são minha família. E, claro, a união que existe, não só em Floripa, mas basicamente na rede aqui no Rio Tavares, é de importância gigantesca, pois outras pessoas seguiram e se comprometeram em suas vidas para realmente plantar o mais produtivo para a próxima geração”
A ligação entre a capital catarinense e o skate é antiga. Na década de 1970, o primeiro campeonato nacional de skate de pista foi realizado em Florianópolis. Alguns dizem que o estilo de vida “californiano” fornece o melhor ambiente para o esporte.
A criação da Ilha da Magia ajudou e permitiu que Pedro Barros emergisse com seu talento, como sai o próprio patinador.
“Na época eu tinha a minha geração, do Vi Caquinho, tem os nossos jovens, amigos da minha geração que também têm jovens. . . e vemos o carinho e a atenção que os idosos que estão lá para passar por uma direção, eles cuidam disso. “
“Eles cativam caras inteligentes, cuidam deles e direcionam as coisas para caras inteligentes e skatistas, certo?Que eu acho que é uma das paradas mais importantes, porque 10, 15 e 20 anos atrás, poucas outras pessoas pensaram em skate. mais do que apenas um prazer, você sabe? explica Pedro Barros.
Como Pedro Barros ainda era pré-adolescente, vários projetos começaram a surgir na capital, mais precisamente no Rio Tavares, no sul da ilha.
Os movimentos sociais que com o skate amador e popular, além de construir novas pistas, ajudaram a exercitar uma geração de grandes patinadores.
“Mostramos que com estrutura, quando você coloca outras pessoas em posições para treinar, ajuda. E com outras pessoas liderando, tudo é possível. E mostramos aqui 3 patinadores da mesma ilha, que é pequena, realmente na mesma comunidade não é mesmo na mesma ilha, os patinadores estão na mesma comunidade e eles estavam juntos nas Olimpíadas. . . e eu sou o resultado do meio ambiente e do ambiente onde essas outras pessoas cresceram, o que inclui eu, Yndiara e Isa. Eu acho que essa história é muito louca.
Um exemplo é a Pousada Hi-Adventure, contada por meio de mais uma chamada muito vital na história do skate em Florianópolis, Miguel Catarina, o quarto representante do Rio Tavares nos Jogos Olímpicos, como técnico de Pedro Barros.
“Pedro já fez o global aos 12 anos, mas ele é o único lá, não é?E iniciamos uma tarefa hi-adventure no hostel, que é um circuito de categorias fundamentais para amador, onde controlamos o exercício por uma geração. Abrimos uma escola de skate lá”, explica.
“E mobilizou toda uma geração de iniciantes, crianças, jovens, amadores e meninos foram lá e hoje são os profissionais que estão lá. Então teve repercussões em outras comunidades, em outros lugares, se espalhou”, acrescentou.
No dia 11 de dezembro, Florianópolis voltou a estar no meio do mundial de skate park o retorno da Red Bull Skate Generation, campeonato organizado no RTMF Bowl, no quintal de Pedro Barros, no Rio Tavares. A última edição aconteceu em 2015.
Foram 40 dos patinadores mais produtivos do mundo, divididos em grupos que tiveram encontros de gerações de atletas, a equipe liderou através de Pedro Barros o campeão.
Miguel Catarina competiu entre os grandes nomes do skate na Geração Red Bull de Skate, a última grande ocasião do ano. No campeonato, era imaginável ver o carinho da comunidade, que aplaudiu Catarina em cada turno.
“Hoje em dia, não só o skatista profissional ganha a vida de skate, temos outras pessoas que pintam com fotografia, edição de vídeo. . . Acabei de voltar das Olimpíadas, sou assistente técnico da seleção nacional. . Então é isso, quando o skate escolhe você, você se saiu bem”, diz ele.
Ele explica que os Jogos de Tóquio têm sido uma ferramenta “incomensurável” de inclusão, diversão, amizade e experiência.
“Patinar é um jogo muito inclusivo. E com essa inclusão, torna-se um negócio diferente de qualquer outra coisa. Porque quando patina o usuário escolhe o usuário, e o usuário começa a praticar, ele entra em uma família, um novo mundo, uma nova história. Já faz muito tempo, e o que aconteceu com os jogos é que muitas outras pessoas têm sido capazes de ver como é ótimo andar de skate, pois é um jogo que todo mundo pode jogar, todo mundo tem um lugar pequeno, todo mundo tem uma calçada na frente de sua casa, e então começa. “
Aos 21 anos, Emily Antunes continua sendo uma forte representante da Ilha do Sul em muitas das competições mais sensatas do parque em todo o mundo.
Ele correspondeu às expectativas de classificação para os Jogos de Tóquio, mas ainda não foi desta vez.
No entanto, as Olimpíadas serviram para motivar ainda mais a skatista Manezinha, que se sente “no lugar certo” para se preparar para o próximo ciclo.
“As outras pessoas aqui em Florianópolis que foram para as Olimpíadas de uma forma ou de outra mostraram que podemos, que é possível. E é ótimo, eles nos representaram lá e com certeza nos dá um toque especial para poder ir a Paris em 2024, porque você vê que não é tão longe, sabe?Antes, era algo mais distante.
Emily também terminou o ano em casa na Red Bull Skate Generation. A ocasião realizada no Rio Tavares encerrou um ano incrivelmente movimentado para os atletas, já indicando a “confusão” que continuará.
“Os campeonatos estão de volta com cada coisa. Há uma ocasião em uma cidade após a outra, no Brasil cada uma das coisas volta aqui, cada fim de semana tem uma ocasião. E é bem legal, mas por outro lado é bem louco, raramente é demais?Os caras foram presos e depois tiveram que voltar ao normal. Em janeiro, teremos outro. “
“É uma loucura”, resume Emily Antunes. Ela, juntamente com as representantes olímpicas de Floripa Yndiara Asp e Isadora Pacheco, fazem parte de uma geração que abriu um enorme caminho para conquistar a posição do skate feminino.
A própria Red Bull Skate Generation é um exemplo disso, pois a ocasião de 2021 foi a primeira em que as mulheres participaram. A penúltima edição, em 2016, incluiu até protestos de patinadores.
O efeito desse espírito pioneiro é imensurável. Por mais que ela ainda seja uma jovem patinadora, quando Emily Antunes começou no esporte, ela teve que procurar profundamente até descobrir exemplos e inspirações.
“Quando comecei a patinar, eu era a única garota. E eu tentei obter uma referência. Aí eu fui lá nos vídeos, descobri uma brasileira que também estava andando, que era a Karen Jonz, e ao lado dela eu também. Vi vídeos estrangeiros e referências de fora do Brasil, e foi aí que me inspirei. E mais mulheres do meu tempo começaram a andar juntas, e isso, eu acho, definitivamente abriu as portas para essa nova geração. “
Com os novos caminhos que se abrem cada vez mais, a representação já começa a ser sentida através do patinador.
“É lívido ver mulheres com tanto carinho conosco, respeitando. . . se os espaços são abertos ou não, e agora, nessa nova geração que está chegando, ainda mais será aberto, para mais mulheres, ainda mais jovens. Eu acho que definitivamente faz a diferença.
“Depois das Olimpíadas, no dia seguinte, fui para a pista e muitos jovens já estavam perguntando onde comprar um skate, seus pais os levaram embora. . . ” diz o atleta.
E por mais que isso tenha um efeito incrivelmente positivo, ele destaca a atenção e o cuidado que os novos membros precisarão fornecer.
“É até um pouco estranho assim, as crianças começam a atravessar a pista, os pais não perceberam que era um pouco prejudicial chegar lá e tudo mais. Você tem que começar às vezes, mesmo com o professor”o pouco a pouco . . . as crianças já estavam invadindo a pista antes de passar de cima e houve até ferimentos lá.
E só nas encostas. Emily Antunes questiona como isso também influenciou a presença e consideração do público.
“O skate estava tão quente que eu vi a diferença agora com o público que voltava, seguindo nas arquibancadas, a multidão fazendo um fã clube, tirando fotos, autógrafos. . . patinando no bumbo. Os caras até vêm tremendo para se comunicar com o patinador, é uma afeição adorável, um reconhecimento lívido, não é?É diferente. “
Uma característica curiosa de Emily é o contrato que tem com o Avaí Futebol Clube. Em campeonatos ao redor do mundo, o clube de Florianópolis é publicado literalmente da cabeça aos pés do patinador.
“Acho que é porque na minha essência essa prevenção é mais legal e eles gostaram muito de mim porque eu sou da Costeira, né?Que há uma conexão entre os caras que são mais legais, mais simples, e então a associação só cresceu. “
Se ele chegar a Paris nos Jogos Olímpicos de 2024, não será para demonstrar diretamente o escudo do Avaí, mas ele já promete que, de uma forma ou de outra, o time e a cidade do centro estarão representados.
“Acho que pode ser constituído de uma forma ou de outra, seja com a unha pintada com as cores, há também a ligação entre o Avaí e a ilha, tem o Leão, que pode até fazer um desenho na lixa. . . ele pode ser constituído de outras maneiras.
A Ascop (Associação De Skate Costeiro) faz parte da boa sorte de Florianópolis no skate. Há 10 anos, o negócio vende cursos frouxos para acadêmicos de todas as idades na ilha.
O projeto, fundado por Ronaldo Jamaica, Sérgio Mancha, Michael Zaca, Maycon Panela e Alexsandro Gu, conta agora com dois instrutores: Daniel Bob e Fábio Nani.
Tudo começou, no início da década passada, pela crença dos patinadores de que há um chamado para os jovens que precisam ser educados.
“Quando eles faziam a pista, as crianças começavam a chegar, e então eles não tinham ideia, machucavam ou até envergonhavam quem patinava, porque raramente há outras pessoas que trabalham, filmam, produzem fotos, vídeos, não é uma brincadeira Então começamos a perceber que tínhamos que ensinar o básico, o básico da pista, chegar e cumprimentar todo mundo, espere sua vez de soltar, não se incomode quando alguém tira fotos ou vídeos. . . coisas básicas sobre a convivência em vez disso”, diz Daniel Bob.
As aulas acontecem todos os sábados a partir das 16h. O número de alunos varia de 10 a 30 patinadores de acordo com a turma. O instrutor comenta que após as Olimpíadas, a tarefa teve seus dias mais movimentados.
“Até porque os pais começaram a me inspirar. Nem todos os pais tinham um conceito inteligente sobre skate. E isso, sendo agora um esporte olímpico, tem uma figura importante no esporte. Muitos pais entenderam que o skate é ótimo, não é. “nada para uma pessoa marginal.
Instrutores começam com o básico. E o primeiro passo é conviver com os outros, de lá eles são informados para entrar em um skate e iniciar as primeiras manobras, seja no parque ou na rua.
Daniel Bob esclarece que não há limite de idade para as aulas, a diversidade média de idade ultimamente é entre cinco e 17 anos.
“Hoje, com 10 anos de missão, muitos têm patinadores. Infelizmente, não podemos salvar muitos outros, a alocação não é tão grande e não podemos, além da sala de aula, fornecer uma cesta básica de alimentos, por exemplo. . Mas graças a Deus, conseguimos ajudar muitas outras pessoas ao longo dos anos. “
Daniel Bob ressalta que um componente básico do procedimento é a inspiração e a convivência que os escolares podem ter tão perto da patinação em Florianópolis. Com o avanço do jogo na cidade, isso está em ascensão.
“Essa inspiração tem sido, não foi? Até para o próprio Pedro [Barros], porque ele está profundamente enraizado, ele veio aqui para ajudar. A faixa existe hoje, até certo ponto, graças a ele e seu pai, porque eles ajudaram até mesmo a nova parte. Então ele tinha esse poder. Mas, claro, depois dos Jogos Olímpicos, há muitos jovens que os viram chegar no caminhão da chaminé, vê-los na TV, e cumprimentá-los na pista. . . essa coisa de estar perto do atleta, vendo que é real. O cara está lá, então ele pode fazê-lo também.
“É algo natural, de mérito exclusivo e da habilidade dos atletas e do comprometimento de cada um dos pais. “Trata-se de um discurso do secretário de Esportes da cidade de Florianópolis, Ed Pereira, ao mencionar o fato de que a localidade conta com 3 representantes nos Jogos Olímpicos.
Analisando o cenário, o secretário vê o envolvimento ativo do governo em administrações passadas, o que contribuiu para o máximo dos efeitos alcançados por meio de patinadores brilhantes até chegarem a Tóquio.
“Vem do Pedro Barros e do André Barros [pai do patinador], que acabaram organizando competições e vendendo o jogo do skate em geral em Florianópolis, no bairro Rio Tavares. A expansão tão rápida quanto a expansão do Guga no tênis na época”, observa Ed Pereira.
Na opinião do secretário, o mérito do corredor da cidade é aproveitar o momento para não perder a oportunidade de aproveitar o mérito do esporte.
“O que nós, como Departamento de Esportes, percebemos com esse boom do skate é que ele nos fez antecipar investimentos, como o meio de skate que está previsto para o próximo ano. É um investimento em esporte, festivais e base. o mérito está nos planos que temos à nossa frente.
E essa elaboração de planos já começou a ser realizada, com projetos de índices e ações sociais, como evidenciado por Ed Pereira.
“Já temos projetos sociais de skate em comunidades como Monte Cristo, na comunidade do Educador, atendemos o Morro do Quilombo, em Trindade. É uma expansão tão imediata que não podemos perder a oportunidade de divulgar mais pistas, novas estradas e capturar essa oportunidade em cada comunidade e em cada canto da cidade. “
A secretaria informa que há 10 parques de patinação com projetos já cadastrados, o complexo máximo é o rinque trindade, que está em fase de licitação e as pinturas estão previstas para serem concluídas até meados de 2022.
O patinador e instrutor Daniel Bob comemora o fato de que a cidade está investindo mais no jogo e dando às novas crianças a oportunidade de ter passeios.
“A esperança é enorme. Porque em muitos lugares, a área ainda não existe, então só ter uma faixa já é uma vitória. “
A ressalva, no entanto, é que tais faixas têm o devido acompanhamento e cuidado. “Aqui na Costeira aprendemos a construir skates, nos preocupamos com a pista. A faixa é a melhor naqueles dias, por padrão. “
“Se eu não tiver a supervisão de uma agência, com todas as outras pessoas examinando isso, estou um pouco atrasado. E se os padrões forem cumpridos, então sim, é uma grande vitória. Eu vivi lá por anos, os atletas vão se exercitar”, acrescenta Daniel Bob.
De acordo com o secretário Ed Pereira, a cidade está apostando em vários outros modelos de trilhas na cidade. “Percebemos que através da exposição de 10 novas faixas, todas moduladas e outras, esse público começará a usar essas faixas. “
“Exemplo: a pista do Rio Vermelho será outra de Tapera, que será outra da Lagoa, que será outra das inglesas. Para quê? Porque as crianças vão começar a modalidade na pista de dança de sua comunidade e então elas serão colocadas para começar a usar outras pessoas. “
A pista no nível máximo complexo é a Trindade. “Esta é uma tarefa que leva cerca de seis meses. Está em fase de leilão, infelizmente o leilão do domínio da cidade até o final de dezembro é exclusivo da Covid, o dispositivo de licitação de Não por falta de dinheiro, mas por falta de mãos da equipe técnica no setor de acabamento, então o dispositivo se move novamente, licitando a obra, para as faixas, Acho que todos serão colocados em leilão. até o início de fevereiro.