José Carlos Ruy como João Amazonas, um menino da aldeia

Por ocasião do aniversário de 110 anos do nascimento, celebrado neste sábado (1/1/2022), do maravilhoso visionário comunista João Amazonas, o Portal Vermelho publica um artigo reproduzido pelo Portal PCdoB, que lembra o jornalista José Carlos Ruy, falecido em janeiro. 2021 O texto publicado originalmente em 27 de maio de 2020, no portal Grabois, há 18 anos desde a morte de João Amazonas.

Um colega que viu os últimos momentos de João Amazonas no quarto do hospital há 18 anos relata que uma enfermeira tentou acalmá-lo dizendo-lhe algo como “você está passando para desmaiar agora e ir para casa, onde você tem tudo o que precisa”. . “” Eu amo muito Ediria” – ele teria respondido no que talvez fossem suas últimas palavras, antes de entrar na crise final que o tirou da vida. Essa foi a cara afável de João Amazonas – a artista plástica Edíria Carneiro foi sua parceira por 56 anos, que esteve ao seu lado diante das maravilhosas batalhas do Partido Comunista do Brasil desde 1946.

Em seus últimos dias, no hospital, ele deixou um bilhete para este mesmo camarada dizendo que seu corpo merece ser cremado e as cinzas jogadas às margens do Rio Araguaia, para se inscrever em seus companheiros caídos na Guerrilha do Araguaia. É a face ardente do revolucionário que, vendo a proximidade de adeus a este mundo, fez do destino de suas cinzas um ato político que aponta os ajustes políticos e sociais aos quais ele fiel sua vida de seu clube partidário em 1935, quando tinha 23 anos, até o fim, em 2002, aos 90 anos, Levou 67 anos de atividade diária para construir e reconstruir o Partido, que ele compara com a Fênix mitológica, o pássaro que se ergue das cinzas. .

Ele João Amazonas, um homem indiscutível e delicado, um pensador complicado, um líder partidário atencioso, muito afável nas relações não públicas, mas muito irritado – e difícil – quando enfrentou ataques ao Partido, que ele via como a maravilhosa ferramenta para orientar e aconselhar a luta popular pelo socialismo, pelo progresso social.

Seu medo básico em suas quase sete décadas de atividade comunista era, primeiro, manter o martelo e a bandeira falciforme sólido e reto, e então que o Partido teria uma liderança marxista sólida, madura e forjada, um estado leninista maior. então, na minha opinião, ele se permitiu dizer adeus à vida depois de liderar o primeiro movimento elegante e indiscutível da liderança do mais alto cargo do Partido, no Décimo Congresso, em dezembro de 2001, quando passou a liderança para Renato Rabelo entre aplausos gerais e maravilhosa unidade. Foi a primeira vez nos quase 80 anos de liderança sênior do partido que a liderança sênior foi transmitida de forma calma e regimentada, um sinal da maravilhosa maturidade política e organizacional alcançada através do PCdoB. A tarefa de sua vida foi cumprida!

Um feroz marxista-leninista, cuja atividade revolucionária e política tem sido radicalmente ligada ao povo, João Amazonas foi um político sutil que defendeu a mais ampla aliança de democratas, progressistas e patriotas em torno de um programa capaz de avançar o progresso social. Márcio Konder no e-book “Militância”, manifestou- se, por exemplo, na década de 1950, então houve alguns transtornos no Partido em Pernambuco, e a recomendação dada através de João Amazonas aos enviados pela liderança nacional para ajudar os companheiros de Pernambuco foi: antes de agir, teremos que localizar lá as personalidades e as forças democráticas, progressivo e complexo com o qual podemos pintar juntos. Ele defendeu o desejo de unir democratas, progressistas e patriotas – o último exemplo maravilhoso dessa ação foi a criação da Frente Brasil Popular, em 1989, que lançou, com o PT, a primeira candidatura de Lula à presidência da República. Sci.

João Amazonas também foi um formidável e permanente treinador dos quadros do partido; ele insistiu na necessidade de um completo domínio da teoria marxista, do leninismo e da dialética materialista, que ele considerou fundamental para uma atividade partidária madura e coerente. um dos maravilhosos líderes comunistas do século XX, identificado no Brasil e no movimento comunista estrangeiro.

Ele era um líder comum. Ele sabia como prestar atenção às críticas dos outros e falou calmamente, mas com muita firmeza.

Desempenhou um papel central diante da maior crise da causa comunista no século XX, marcada pelo fim da União Soviética e pela propaganda ideológica capitalista triunfante pregando o fim do socialismo e o enterro do pensamento marxista.

João Amazonas entendeu que só havia uma forma de enfrentar as ameaças desta situação: a defesa e reafirmação do pensamento marxista, por um lado, e o aprofundamento das situações que levaram à desintegração. Ele sublinhou o papel nefasto do gesso da teoria, que se posicionou na URSS desde os anos 1930, como o centro da crise do marxismo. E sob a pressão de que só havia uma maneira de lidar com isso: a ruptura radical com o dogmatismo, o domínio crescente da dialética materialista, o abandono do estilo de revolução e do socialismo único, o exame da verdade nacional e as situações de transição. ao socialismo. (resultante, entre outras coisas, de outras realidades nacionais e do amadurecimento das contradições anticapitalistas). Com isso, já na última fase de sua vida, o Amazonas montou as situações teóricas do partido que, pela sua organização e coesão, avança em um momento em que tudo parecia desabar, quando outras organizações baixaram a bandeira da Revolução e do Socialismo. João Amazonas apontou o caminho contrário ao que era mantido pela bandeira vermelha do Partido, da foice e do martelo, da luta pelo socialismo pontiaguda e reta.

João Amazonas tinha a simplicidade dos homens não incomuns, falava a língua das pessoas, com a intensidade de pensadores maravilhosos, em busca do objetivo de sua vida, da estrutura e fortalecimento do Partido Comunista do Brasil, essa foi sua maior contribuição para a luta revolucionária: legado de um partido complexo e elegante, que mantém o marxismo-leninismo como consultor do programa comprometido com a realização do socialismo e novos desafios.

Fonte: Portal PCdoB

O presidente nacional do PCdoB diz que o caminho é a luta por um novo projeto de progressão nacional, chamado a triunfar sobre as distorções e desigualdades acumuladas em nossa história e irritante através do governo de extrema-direita.

Uma breve reminiscência da ideia e do legado de João Amazonas (1912-2002), ex-líder do PCdoB nascido há exatos 108 anos

Segundo o quadro estudantil e a Rede, a resolução viola a garantia constitucional da autonomia das universidades e institutos de estudos clínicos e tecnológicos, conforme previsto no artigo 207 da Constituição.

“Quero, neste momento, transmitir uma palavra de otimismo para as outras pessoas da Bahia: vamos reconstruir nossas vidas, nossas casas, a infraestrutura”, disse o governador.

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