Liderança excepcional da atual geração de líderes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e grande referência da 3ª geração, o Amazonas também tem se destacado como teórico, ideólogo e organizador. Durante o Centenário do Partido, sua gigantesca e inestimável contribuição para as conquistas democráticas dos outros e do país terá de ser avaliada em sua verdadeira dimensão.
1º de janeiro de 2022 é o aniversário de 110 anos de João Amazonas, nascido em Belém do Pará, filho de João de Souza Pedroso, imigrante português, e Raymunda Leal, nascida na ilha do Marajó, ganhou o sobrenome Amazonas em homenagem ao pai ao cargo onde veio morar no Brasil. Muito cedo, Amazonas se dedicou à pintura e, em sua juventude, começou a participar da vida política do país.
Sua primeira delícia foi na “Ala Moça” da União Popular do Pará (UPP), uma frente unida disposta a participar das eleições municipais de 30 de novembro de 1935, o próximo passo seria se inscrever no Partido Comunista. do Brasil, seguindo a trilha da Aliança de Libertação Nacional (LNA), organizadora do Levante de 1935, e registrada na União dos Proletários de Belém.
Quando o LNA entrou em vigor no país, o Amazonas participou de uma ação ambiciosa ao içar, à noite, a bandeira de uma organização sobre os mastros dos Tanques de Lauro Sodré, com ampla visibilidade na cidade. Em 19 de dezembro de 1935, ele relatou o evento avistado da manhã do dia anterior. Segundo a Folha do Norte, os manifestantes escreveram várias inscrições em tinta violeta, como “Viva Luiz Carlos Prestes”, “Viva a ANL” e “Viva o comunismo”.
Na repressão que tomou conta do país após o Levante, o Amazonas incriminou o criminoso de São José, descrito pela Folha do Norte como “um bairro pobre e indescritível, uma ignomínia”. Um ano depois, o tribunal ordenou sua libertação, quando o estado de guerra terminou, ele se escondeu, mas logo seria preso novamente.
De acordo com a investigação que resolveu sua prisão, nas palavras da Folha do Norte, “João Amazonas trabalhou na elaboração de estêncil subversivos e boletins de propaganda de Moscou, estêncil que foram entregues a Pedro de Araújo Pomar, preso dias antes”. , no ritmo da “mimeografia”, em quantidades gigantescas a serem espalhadas sub-repticiamente nos bairros da cidade”. Eles eram “poucos em número, mas malditos fãs do credo sinistro. “
Eles foram para o criminoso Umarizal, em Belém, de onde fugiram e, em uma longa e dolorosa jornada, chegaram ao Rio de Janeiro para se juntar aos comunistas que estavam reconstruindo o Partido – destruído pela ditadura do Estado Novo – liderado por Mauricio Grabois. A resolução foi tomada após a notícia de que a Alemanha nazista havia invadido a União Soviética em 22 de junho de 1941 e fugido no dia 5 de agosto. Eles chegaram ao Rio de Janeiro e se registraram na Comissão Nacional de Organização Provisória (CNOP).
Amazonas trabalhava como assistente contábil no centro da cidade. Era uma forma de recarregar as baterias enquanto o CNOP abria caminho para o início de uma nova viagem, depois foi para Minas Gerais, ganhou alguns quilômetros e uma passagem de preço de exercício que o levaria à terra onde ele faria para redescobrir suas raízes comunistas. Outro ponto visitado pelo Amazonas foi a Bahia, de onde o diretor Diógenes Arruda partiu para Câmara para se inscrever no CNOP.
O objetivo de realizar uma Conferência Nacional para a eleição de um Comitê Central. Na Conferência da Mantiqueira de 1943, o Amazonas assumiu a secretaria dos sindicatos da indústria e das massas; Nesse processo, a assembleia do Amazonas, Pomar, Grabois e Arruda representou as bases de uma nova etapa do Partido Comunista do Brasil. Luiz Carlos Prestes, ainda nas prisões da ditadura, eleito secretário-geral. É o surgimento da geração do momento dos líderes comunistas.
Os comunistas ressurgiram com forças, proporcionando em organizações como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Associação Brasileira de Escritores (ABDE), como a Liga Nacional de Defesa – uma frente com diversos departamentos, acrescentando a união, assumida pelo Amazonas. , o embrião do Movimento Unificador dos Trabalhadores (MUT). O Partido priorizou a organização das células nas empresas, formando uma ampla base de trabalhadores.
O objetivo era enterrar a ditadura do Estado Novo e liquidar o nazi-fascismo. Em 28 de novembro de 1943, o governo do presidente Getúlio Vargas organizou a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Segundo o Amazonas, os comunistas foram os primeiros a reivindicar o poder no Brasil. participação do exército na Segunda Guerra Mundial. “E fizemos isso de forma consistente”, disse ele.
De 1941 a 1945, houve anos de luta feroz contra o liquidação – aqueles que buscavam liquidar o Partido, dissolver-o em uma frente oposta ao nazismo e ao fascismo, disse Amazonas. “Vai ter que ser dito que a desvantagem foi grande. Nós ganhamos porque o fato estava do nosso lado”, disse ele. A nova equipe que veio aqui para a defesa do Partido – registrado amazonas – eram quase absolutamente desconhecidas outras pessoas. “Afinal, esse novo time – Arruda, Grabois, Pomar, eu, etc. – eram outras pessoas que não tinham posição no Partido naquela época, além dos moradores, nas posições onde tínhamos atuado.
Os comunistas lideraram grandes manifestações em massa para rede democratizar o país, definindo uma Assembleia Nacional Constituinte, basicamente depois de legalizada em meados de 1945; Amazonas foi eleito deputado constituinte do Rio de Janeiro; em 1947, concorreu ao Senado. O JORNAL Tribuna Popular do PCB anunciou em 16 de janeiro de forma ambiciosa o “Grande Partido Eleitoral” que colocaria fim à cruzada no Campo do São Cristóvão.
Foi o comício “O primeiro lugar para a festa prestes”, que falaria “a língua dos morros cheia de esperança de dias maiores”. Na copa do jornal, Amazonas e Prestes deram a impressão com punhos cerrados sobre gigantes Prestes falou das pinturas, pinturas e esforços do “jovem pintor João Amazonas, que com Diógenes Arruda, Pedro Pomar, Maurício Grabois e outros, sacrificou tudo, viajando aspecto por aspecto no Brasil, ilegalmente, para a organização do Partido”. E é por isso que hoje temos um Partido de duzentos mil militantes, marchando em direção a um Partido de um milhão de militantes. “
Após a supressão do registro do Partido – em 1947 – e dos mandatos comunistas – em 1948 – o Amazonas foi para o subsolo e organizou um comando que, com 3 veículos, levou Prestes a um esconderijo para ele do risco de prisão. Escondido do partido, ele viajou para participar do Nono Congresso do Partido Comunista da Tchecoslováquia em abril de 1949; Além de saudar a ocasião em nome de Prestes e dos comunistas brasileiros, ele fez um breve comentário sobre o cenário do país e estabeleceu contatos com líderes comunistas estrangeiros.
No início da década de 1950, quando os arranjos começaram para o Congresso do Quarto Partido, o Amazonas assumiu a Comissão que elaborou os estatutos propostos e liderou a delegação da época de quarenta e dois comunistas que foram participar de um extenso curso sobre marxismo-leninismo no México. a União Soviética, que durou mais de um ano, deixou o Brasil clandestinamente em setembro de 1953.
Após o Congresso, realizado em 1954, o Partido discursou na candidatura presidencial de Juscelino Kubitschek. Amazonas diz que ele e Lincoln Oest, também membro do Comitê Central, conversaram com o candidato. “Em uma eleição presidencial, 300 mil votos são irrelevantes. Agora, se eleito, vou ordenar a suspensão dessa perseguição legal que oponha a ele, vou evitá-la”, disse Juscelino, segundo o Amazonas. Eleito com menos de 300 mil votos, Juárez Távora, da UDN.
Os comunistas voltaram à semi-legalidade, o que permitiu atividades como o “I Congresso Nacional de Trabalho Partidário entre Mulheres”, com a participação do Amazonas, realizado em junho de 1956. Em seu discurso final, ele pressionou a importância do assunto sobre os comunistas.
No debate dentro do Partido desencadeado pelos ajustes do Partido Comunista da União Soviética (CPSU) em seu Vigésimo Congresso, realizado em 1956, o Amazonas foi um dos primeiros a intervir. Seu primeiro artigo, intitulado “As Massas, o Indivíduo e a História”, publicado no jornal Voz Operária em 26 de janeiro de 1957, contestou duramente a base dos argumentos dos iniciadores dos ataques contrários ao PCB. Ele disse que são as massas que fazem história, mas “não se pode concluir que o papel das personalidades é nulo ou insignificante”.
O Amazonas reescreveu em 2 de fevereiro de 1957 o conceito de que “o Partido Comunista desenvolve sua liderança e, em conjunto, enriquece seus princípios”. “Isso dá ao Partido do Proletariado um mérito maravilhoso sobre os partidos burgueses”, disse ele.
Nos debates do Quinto Congresso, em 1960, ele também inovou ao abordar a progressão do capitalismo no Brasil à maneira prussiana (análises de Marx e Engels sobre a progressão capitalista na região prussiana e o que a Alemanha faria sem ajustes na propriedade da terra).
Segundo ele, as Teses do Congresso deveriam delinear “que as contradições entre a progressão do capitalismo e o monopólio da terra são antagônicas”. “O capitalismo, seguindo o caminho prussiano, pode se expandir no campo, preservando a latifundia. para crescer, substituindo a dependência do país do imperialismo”, escreveu. Não é a expansão do capitalismo que leva à independência e às transformações democráticas, como implicitamente declarado nas Teses. “
Os debates do Quinto Congresso evoluíram para a “raia” e reorganização do Partido, liderados por Amazonas, Grabois, Pomar e Arruda, em fevereiro de 1962, em uma Conferência Nacional ordinária. Amazonas e Grabois, depois de algum tempo, visitaram Diógenes Arruda Câmara, que, nos debates entre 1956 e 1960, havia se afastado da militância.
Amazonas descreveu o encontro: “Fomos lá e no Arruda tivemos uma conversa. Arruda franzindo a testa com a gente. . . no início, discutimos. E eu digo: “Você conta para o Parti. Et, olha, sua posição está aqui. , não fora. ” E Arruda falou, falou, e seu rosto mudou. E quando saímos de casa, ele caminha conosco muito antes de pegarmos o ônibus. Assim, Arruda havia descoberto seu Parti. Lo claro: “É com vocês que teremos que reconstruir o Partido”. É isso que temos conduzido Arruda. Et tem sido de grande ajuda para nós nesta área.
Em abril de 1962, Amazonas e Grabois visitaram Cuba, reuniram-se com Fidel Castro e Che Guevara, e participaram de cerimônias do “Dia de Maio”. Também se reuniram com líderes comunistas da Coreia, Albânia e China, ações na época para a retomada dos contatos no exterior, através dos líderes que reorganizaram o Partido Comunista do Brasil.
Logo depois, Amazonas e Lincoln Oest darão a volta ao mundo, começando pela América Latina, para forjar laços de solidariedade externa. Eles chegaram à China, onde foram vencidos através de Mao Tse-tung. Ao retornarem, relataram que, em muitos países, sentiram um ambiente hostil devido à divulgação da edição do novo PCB sobre as diferenças entre os comunistas brasileiros.
Após o golpe militar de 1964, o Partido, agora sob a sigla PCdoB, começou a examinar o rastro da guerra popular. “Em todos os lugares, especialmente no campo, é obrigatório falar dos transtornos da luta armada e, respeitando as regras das pinturas conspiratórias, tomar medidas voltadas à sua preparação prática”, diz o texto da VI Conferência, de 1966. O PCdoB deixou o quadro em busca das posições mais produtivas para instalar as guerrilhas, com três equipes líderes – uma liderada pelo Amazonas e Grabois, outra por Pedro Pomar e Ângelo Arroyo, e a 3ª por Carlos Danielli.
O Amazonas assinará para o Araguaia, sul do Pará, onde Grabois e outros militantes do PCdoB desenvolveram as pinturas da guerra popular – entre Osvaldo Orlando da Costa (Osvaldão) e Elza Monnerat. Nesta ocasião, Amazonas e Grabois escreveram dois documentos vitais: Cinquenta Anos de Luta, sobre a história do Partido Comunista do Brasil e o Pensamento Atual de Lênin, segundo o Amazonas, a primeira manifestação pública de diferenças com o Partido Comunista da China, considerando a tese do “Pensamento Mao Tse-tung” como um “novo nível de marxismo”.
Quando a repressão caiu sobre a Guerrilha do Araguaia, o Amazonas estava em São Paulo, o que não salvou a ditadura de tentar assassiná-lo no banho de sangue da Lapa, em 16 de dezembro de 1976, numa assembleia do Comitê Central. Alguns dias antes, ele tinha ido para o exterior, em uma viagem planejada de Pomar que, devido a um desafio de fitness com sua esposa, Catharina, introduziu a troca. Além de Pomar, Ângelo Arroyo – também chefe da Guerrilha do Araguaia – e João Batista Drummond han Outros membros do Comitê Central foram presos e torturados.
Em nota do jornal Tribuna da Luta Operária, Amazonas disse que a notícia da morte de seus companheiros no banho de sangue da Lapa foi um choque profundo. Por falar no cemitério de Perus, em São Paulo, onde torturadores enterraram Pomar, Arroyo e Drummond, Amazonas disse que a posição seria conhecida como o morro dos mártires.
Em 1979, com a anistia, o Amazonas retornou a Brésil. De Paris, França, onde foi para o exílio, ele emitiu a seguinte nota:
Pedi ao consulado brasileiro em Paris meu passaporte, um documento essencial para estrangeiros, até recentemente o governo do exército negou abusivamente aos cidadãos perseguidos pela ditadura, agora você não pode mais fazer isso. O regime está em crise e está manobrando para sair das dificuldades em que é desenterrado.
Pretendo voltar para casa o mais rápido possível, depois de quase 3 anos de exílio forçado, mantenho a mesma disposição política que tinha quando saí do Brasil, ou seja, para continuar, em combinação com o pessoal e a democracia e as Forças Populares, a luta sem conciliação contra o regime arbitrário que persiste na subsistência. Este regime já fez, e continua a causar, imensos danos à nação.
Sou comunista e pretendo ir para o subterrâneo a menos que seja forçado a fazê-lo através dos mandatos da luta pela elegância. Protejo o direito válido à vida jurídica do meu partido, o Partido Comunista do Brasil, uma organização que representa os interesses básicos de administrar a elegância e as massas populares.
O Amazonas desembarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em 24 de novembro de 1979, poucos meses depois de Diógenes Arruda Câmara retornar a um avião pertencente ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ONU) especialmente fretado para levar refugiados. Com ele outro líder comunista, Renato Rabelo, que havia deixado o país com o Amazonas em 1976.
Arruda morreria um dia após sua chegada do Amazonas, São Paulo, a caminho do aeroporto de Congonhas, onde o líder majoritário do PCdoB cumprimentou por meio de um ato político representativo, e do Sindicato dos Metalúrgicos, o posto marcado para o fim da celebração. . . Seu corpo foi velado por um grupo de pessoas no corredor principal da Assembleia Legislativa de São Paulo.
O Amazonas teria um papel decisivo na redemocratização do país, após a memorável cruzada pelas eleições de direita, quando conversou com Tancredo Neves sobre a importância de sua candidatura ao Colégio Eleitoral da ditadura para pôr fim ao regime arbitrário estabelecido com o golpe de 1964. . . o retorno do PCdoB à legalidade.
Amazonas explicou que o que era necessário era a reorganização do Partido registrada no número 1. 280 em 31 de maio de 1922 no 1º centro de trabalho do Rio de Janeiro. “Não fizemos nenhum desmantelamento, para legalizar o Partido, enquanto o regime militar existisse. “A reforma constitucional aprovada pela liberdade partidária estabeleceu o direito de descobrir partidos e o direito de reorganizar aqueles cujo registro eleitoral havia sido cancelado. Esse detalhe permitiu que os dirigentes do PCdoB contribuíssem para o Programa e os Estatutos como reorganizadores do partido.
Nos Estados Unidos, ativistas comunistas e simpatizantes celebraram a legalidade. João Amazonas participou em uma ocasião na cidade de São Paulo e disse: “O Brasil se ergueu em todo o seu território para celebrar, não só o aniversário dos comunistas, mas de todos os democratas honestos que lutaram contra o regime militar. Acredito que a democracia surgiu desta vez no Brasil como genuína porque não nasceu como um presente de cima, mas foi conquistada por milhões de brasileiros na praça pública. estamos convencidos de que a presença legal, válida e original do Partido durará uma longa etapa da vida brasileira”, disse.
Em 11 de junho de 1985, o presidente José Sarney – deputado de Tancredo Neves, que morreu de infecção generalizada pouco antes de tomar posse, após um exaustivo programa de cruzadas com fortes dores abdominais e sete cirurgias – venceu o Amazonas no Palácio do Planalto, que comentou sobre a necessidade de uma Assembleia Nacional Constituinte retirar os detritos autoritários que ainda existem. Na Assembleia Constituinte, o Amazonas teve participação ativa, juntamente com a bancada do PCdoB.
Durante a festa de aniversário de 64 anos da festa, em 25 de março de 1986, Amazonas disse que estava “profundamente comovido”. Mas hoje, o cenário mudou. Ninguém pode evitar a roda da história. O longo prazo da humanidade são as maravilhosas transformações sociais em detalhes ligadas à luta e ao chamado do Partido Comunista do Brasil. “disse ele.
Nas primeiras eleições presidenciais diretas, após a ditadura, o Amazonas, fervoroso defensor da unidade das forças progressistas e um dos arquitetos da “Frente Brasil Popular” (PT, PCdoB e PSB), que apresentou Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à presidência da República, derrotado pelo candidato de direita, Fernando Collor de Mello, 76.
O fim do experimento socialista iniciado pela União Soviética representou outro grande desafio para o Amazonas, o cenário era tão sério que o Partido adivou o Oitavo Congresso para 1992, que merecia tomar posse por estatuto em 1993. Ocasião com novas fórmulas sobre a luta pelo socialismo, escrita sob a inspiração do Amazonas e seu longo prazer como líder comunista e teórico. Ao mesmo tempo, o PCdoB foi politicamente revitalizado para enfrentar o projeto neoliberal, primeiro liderado por Collor e depois Fernando Henrique Cardoso (FHC).
O PCdoB chegou ao seu Décimo Congresso em 2001 com um fato notável: o Amazonas, com sabedoria e experiência, abriu caminho para substituição, Renato Rabelo assumiu a presidência, não uma transição brutal, nem uma ruptura, mas um procedimento de progressão que preocupava a coletividade. O Amazonas continuou se oferecendo na transição e na nova direção, que levou em conta o trabalho coletivo e colegiado.
Na ocasião, o Amazonas declarou: “Sou, desde 1962, o principal líder do Partido Comunista do Brasil. Era um pequeno partido perseguido, cuja liderança coletiva era formada por homens como Maurício Grabois, Pedro Pomar, Luís Guilhardini, Carlos Danielli, Lincoln Oest e tantos outros que pagaram com suas vidas por ousarem se opor à ditadura do exército. É com nostalgia, respeito e emoção que eu esses camaradas. Com seus desaparecimentos, eu tinha maiores responsabilidades de controle.
Em abril de 2002 ele celebrará 67 anos de filiação ininterrupta ao Partido, e em 1º de janeiro completará 90 anos. “Em todos os momentos eu tentei ser um ativista trabalhador e tentei cumprir minhas responsabilidades. “da maneira mais produtiva imaginável. Não tenho mais as situações físicas para desempenhar um papel importante na liderança do Partido, como presidente. Não é uma questão de princípio. O Partido Comunista do Brasil não se exercita. burro para a vida. É por isso que peço aos meus colegas que deixem essa tarefa. Eu não peço uma pensão. Continuo lutando em nosso excelente e heroico PCdoB. Serei um membro sênior do Comitê Central do Partido e no meu gabinete, cumprindo, como em todos os momentos, as responsabilidades atribuídas a mim. Mas não tenho as situações físicas para continuar no maior serviço da liderança do partido”, disse.
A intervenção do Amazonas foi interrompida por aplausos dos congressistas quando ele trouxe o apelo de Renato Rabelo, então vice-presidente, para atualizá-lo. “Um camarada inteligente, que se fez notar, seguindo as tradições de luta do nosso Partido. Gostaria de salientar que esta atualização está sendo feita normalmente, como merece. Devo agradecer também a maravilhosa ajuda que tive nas fileiras do nosso excelente e heroico Partido Comunista do Brasil”, disse.
Uma de suas maiores considerações foram as táticas das eleições presidenciais de 2002. João Amazonas tinha um ponto de vista que expôs desde a primeira campanha, em 1989, que, em condições brasileiras, está inserida no contexto da América Latina e do mundo. Seria muito difícil para a esquerda sozinha, ou para uma frente de esquerda, ganhar uma eleição presidencial. Daí a insistência em buscar expandir a frente, com outros brasileiros honestos de nascimento e espírito.
Ele ficou feliz ao saber que Lula, na articulação de sua quarta campanha, procurou ampliar a frente, eu disse pessoalmente, na sede do PCdoB em São Paulo, provavelmente a última vez que viu Lula, que optar por José Alencar como seu vice foi uma decisão inteligente.
O Amazonas nunca viu a vitória de Lula nas eleições de 2002 – ele morreu, cinco meses antes, de causas fitoterápicas, em 27 de maio de 2002. Ele fez uma demonstração inequívoca de uma imensa ligação com seu povo, com seu Estado de origem, com seus companheiros – de braços cruzados, exigindo, com suas próprias mãos, que seus restos mortais sejam cremados e que as cinzas sejam espalhadas na região do Araguaia. “Espera-se que as cinzas se espalhem na região do Araguaia, onde ocorreu a guerra da guerrilha. É uma maneira de ter sucesso naqueles que caíram lá.
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Leia especial com textos através de João Amazonas:
1935: Isso é história – https://grabois. org. br/portal/especiais/150947-44574/2010-03-31/1935-assim-se-conta-a-historia
Aos guerrilheiros pela liberdade – https://grabois. org. br/portal/especiais/150965-44574/2010-03-30/a-guerrilheira-que-morreu-pela-liberdade
70 anos de um temperado na luta – https://grabois. org. br/portal/especiais/150967-44574/2010-03-30/70-anos-de-um-partido-que-se – tempera – na luta
A teoria enriquece a luta por um novo global – https://grabois. org. br/portal/especiais/150951-44574/2010-03-30/a-teoria-enriquece-na-luta-por-um-mundo-new
Https://grabois. org. br/portal/especiais/150957-44574/2010-03-30/a-visao-limitada – https://grabois. org. br/portal/especiais/150957-44574/2010-03-30/a-visao-limitada
Abertura. . . Emergência – https://grabois. org. br/portal/especiais/150959-44574/2010-03-30/abertura-emergencia
Novos caminhos para o emancipatório – https://grabois. org. br/portal/especiais/150968-44574/2010-03-30/caminhos-novos-a-luta-emancipadora
Capitalismo de Estado na Transição para o Socialismo – https://grabois. org. br/portal/especiais/150970-44574/2010-03-30/capitalismo-de-estado-na-transicao-ao-socialismo
Direito direto – https://grabois. org. br/portal/especiais/150958-44574/2010-03-30/right-contra-diretas
Valioso – https://grabois. org. br/portal/especiais/150956-44574/2010-03-30/ensinamento-valioso
Estágios econômicos do socialista – https://grabois. org. br/portal/especiais/150971-44574/2010-03-30/etapas-economicas-no-sistema-socialista
O jantar é como um fenix – https://grabois. org. br/portal/especiais/150963-44574/2010-03-30/joao-amazonas-eo-pc-do-brasil-das-primeiras-lutas – a-reorganização-da-mantiqueira
Sobre Guerrilha do Araguaia – https://grabois. org. br/portal/especiais/150964-44574/2010-03-30/joao-amazonas-fala-sobre-a-guerrilha-do-araguaia
Rússia, 1917 Grande deleite antigo – https://grabois. org. br/portal/especiais/150948-44574/2010-03-30/russia-1917-grandiosa-experiencia-historica
Socialismo no Século – https://grabois. org. br/portal/especiais/150969-44574/2010-03-30/socialismo-no-seculo-xxi
Bucareste – https://grabois. org. br/portal/especiais/150586-44546/2010-05-27/a-decisao-de-buchareste
A linha e as reformas – https://grabois. org. br/portal/especiais/150595-44546/2010-05-27/a-linha-atual-e-as-reformas
Facetas inseparáveis da luta revolucionária – https://grabois. org. br/portal/especiais/150596-44546/2010-05-27/aspectos-inseparaveis-da-luta-revolucionaria
Construindo o Partido de acordo com o programa – https://grabois. org. br/portal/especiais/150589-44546/2010-05-27/construir-o-partido-em-funcao-das-massas-e – Do programa
Sobre a contradição – https://grabois. org. br/portal/especiais/150598-44546/2010-05-27/sobre-a-contradicao-principal
Fonte: Portal PCdoB
O presidente nacional do PCdoB diz que o caminho é a luta por um novo projeto de progressão nacional, chamado a triunfar sobre as distorções e desigualdades acumuladas em nossa história e irritante através do governo de extrema-direita.
Segundo o quadro estudantil e a Rede, a resolução viola a garantia constitucional da autonomia das universidades e institutos de estudos clínicos e tecnológicos, conforme previsto no artigo 207 da Constituição.
“Quero, neste momento, transmitir uma palavra de otimismo para as outras pessoas da Bahia: vamos reconstruir nossas vidas, nossas casas, a infraestrutura”, disse o governador.
O presidente se recusou a receber ajuda humanitária da Argentina à Bahia, que sofre com enchentes e chuvas torrenciais no sul do estado.