Rato reclama de impunidade, mas está quase impune por várias violações da lei.

Quando a vereadora Marielle Franco assassinou brutalmente, o apresentador Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho, deu a impressão em um vídeo lamentando o ocorrido e concluiu que a causa do homicídio era certa de que os criminosos tinham que ficariam impunes. A principal causa dos crimes é um clichê reacionário inscrito na televisão brasileira através de programas jornalísticos pinga-sangue, que deram origem a aberrações como o programa de Ratinho para a televisão e para a política nacional.

Embora tenha lamentado o assassinato do vereador psolista, o apresentador avisou esta semana em uma de suas emissoras que a deputada do PT Natália Benavides, do Rio Grande do Norte, é assassinada com uma arma de fogo pela inegável explicação de por que não concorda com uma. Com a concessão pública de um de seus rádios, o locutor desencadeou uma série de barbaridades:

“Natalia, você não tem que fazer nada, certo?Vá lavar a caixa do seu marido, a cueca, porque é estúpido ter que substituir esse tipo de coisa. Essas pessoas loucas? Você não pode portar uma arma de fogo, certo?».

Os camaradas do programa, seus funcionários, aprovaram e zombaram da incitação ao assassinato do PT. Ratinho reavivou o discurso de Bolsonaro, de quem a cruzada eleitoral falava em “atirar na concha”.

Antes de alcançar fama nacional na televisão, o apresentador já havia ocupado muitos mandatos políticos, entre 1977 e 1983 foi vereador da Arena – partido criado para ajudar a ditadura do exército – em uma pequena cidade paranaense. Jandaia do Sul. Ele deixou o mandato para assumir um cargo no governo de José Richa, pai de Beto Richa. Então, entre 1989 e 1995, foi vereador de Curitiba e deputado federal do NCCR, o partido de Fernando Collor. Ratinho tem estado no aspecto reacionário máximo da política nacional. Recentemente, ele cometeu uma sinceridade: “Eu era um péssimo deputado. Não vote em mim. Não sou democrata. Eu sou parte de um ditador. “

Depois de se encaixar na televisão, o apresentador recebeu e criou um império empresarial, possuindo rádio, televisão, marcas de tinta, comida de cachorro, café, cerveja e muito mais. Ele também é um proprietário gigante: ele possui pelo menos 15 fazendas gigantes. Diz-se que hoje sua riqueza supera até a de Sílvio Santos, seu chefe no SBT.

Apesar de suas origens políticas reacionárias, ele não teve problemas em apoiar e lisonjear o sulista Lula durante seu mandato como presidente da República. Estar perto da força tem sido inteligente para os negócios. Não é à toa que investiu pesado na carreira política de seu filho Ratinho Jr. , que em 2002, aos 21 anos, tornou-se deputado estadual do PSB com mais votos no estado do Paraná.

Antes de se tornar governador do estado, Ratinho Jr. também foi deputado federal e secretário de Progressão Urbana do Paraná durante o governo de Beto Richa (note que o Círculo de Parentes massas ocupou cargos nos governos do Círculo Familiar Richa). Quando viu que a onda anti-PT havia invadido o país, começou a surfar, escolher seu filho governador do Paraná, Ratinho aprendeu que precisava se reconectar com o reacionário, por isso ajudou a eleger o governador do PSD, que recomenda a cloroquina para curar o covídio e promover despejos ilegais e violentos contra famílias pobres no estado.

Com um retorno tão quente à política, o cara que denuncia a impunidade por crimes no país já cometeu uma série de transgressões, além de incitar o assassinato de um parlamentar. Em 2016, ele foi condenado por manter os funcionários em condições análogas a escravos. situações em uma de suas fazendas internas em Minas Gerais; de acordo com a decisão judicial, os funcionários não possuíam equipamentos de proteção suficientes, eram obrigados a comer nos banheiros e nas fazendas, e vários deles estavam em situação anormal. Ele já havia sido condenado a pagar multa de 1 milhão de reais por danos morais em ação pública movida pelo Ministério Público do Trabalho de Uberlândia por descumprimento de obrigações legais com seus funcionários.

Valorizamos o não cumprimento da lei. O retorno que Ratinho teve que pagar é insignificante para quem construiu um império agroindustrial. A página online “De Olho nos Ruralistas” mostrou outros esqueletos no armário do apresentador. Duas de suas casas rurais no Acre estão “em um domínio de infame tensão indígena”. e colidir com posseiros.

Quando ele comprou essa terra, parte dela foi resultado da grilagem de terras pelos antigos proprietários, um deles era um senador biônico da ditadura, segundo o relatório, os povos indígenas dizem que foram escravizados nesta fazenda através dos grileiros de terras do Paraná. . Mas o apresentador não parece ter um desafio com isso. Não é à toa que ele despreza a cobertura do meio ambiente, o que faz pela área de concessão pública. Em seu programa do SBT, ele disse: “Se todos (os leões de tamarindo) morressem, o que nos substituiria?Nada. “

Há inúmeras barbaridades que já foram ditas publicamente através de Ratinho, desde a proteção de um golpe militar, até sugerir “limpar os mendigos” das ruas do país e até mesmo pedir a execução dos prisioneiros. Ele continua sendo um reacionário que esconde um conceito falso. de liberdade de expressão para incitar o crime. O rato é bolso em seu estado bruto.

Hoje ele tem uma relação carnal com o governo, enquanto ele e seus sócios, sua esposa e o governador Ratinho Jr. , não conseguem cumprir R$ 80 milhões em impostos, além disso, ele ganhou cerca de R$ 270 mil de Bolsonaro para fazer uma reforma elogiada para venda. reforma em seu programa no SBT – um bônus apresentado apenas para aqueles que não criticam o presidente.

Ratinho tem razão quando diz que a impunidade é a principal causa de crimes cometidos no país, e acontece que, na prática, essa impunidade tende a existir apenas para os ricos e duros como ele, enquanto os criminosos deficientes do país, que tem a terceira maior população criminosa do mundo.

Mesmo com essa vasta história de transgressões da lei, Ratinho tem certeza de que continuará a dedicá-las, sob pena de pagar no máximo uma multa insignificante perto de sua propriedade multimilionária. o apresentador pelos crimes de calúnia e difamação contra o deputado do PT. Mas o amigo do presidente corre o risco de ficar impune de novo.

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