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Diário dos Gaúchos
Futuro com covid 02/01/2022 | 13:27 Atualizado em 01/02/2022 | 19:44
Após o surgimento de variantes mais transmissíveis e fatais do Sars-Cov-2, 2021 registrou mais que o dobro de mortes por coronavírus do que no primeiro ano da pandemia no planeta, no Brasil e no Rio Grande do Sul, mostram as estatísticas. .
A aceleração da cruzada vacinal desde meados do ano reduziu a força da doença, no entanto, o aparecimento da variante Ômicron, a política assimétrica no planeta e a revacinação estarão exigindo situações até 2022, segundo especialistas entrevistados pelo GZH.
Só em 2021, mais de 3,5 milhões de pessoas morreram de coronavírus, de acordo com estatísticas do Our World in Data. No Brasil, foram cerca de 423 mil, e no Rio Grande do Sul, mais de 27,5 mil vidas foram perdidas. da pandemia, foram 1,8 milhão, 195 mil e 8. 800 vítimas, respectivamente.
Entre janeiro e abril de 2021, quando a política de vacinação ainda era muito baixa, o Brasil já havia registrado mais óbitos do que em todo o ano passado e é somente com o avanço da vacinação, a partir de maio, que o coronavírus perdeu vigor. As estatísticas de dezembro são subnotificadas devido às paralisações de conhecimento encontradas após ataques de hackers aos sistemas do Ministério da Saúde, de modo que os números devem aumentar.
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O aparecimento das variantes gama, culpados do pico COVID-19 no Brasil, e Delta explicam o maior número de pacientes em 2021 em relação a 2020 no mundo e em todo o mundo, explica Ricardo Kuchenbecker, epidemiologista do Hospital Clínicas do Porto. (HCPA) e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Sem vacinas, 2021 teria sido ainda mais trágico.
“Delta trouxe mais virulência. Com Ômicron, temos mais infectividade e menos virulência, porém, o resultado líquido é o mesmo: muitos casos leves geram acúmulo em casos graves. Mas não foram apenas as características do vírus, foi também o que fizemos ou não: distanciamento social, uso de máscaras, desinfetante para as mãos e impedir que multidões interferissem nas oportunidades do vírus, diz ele.
Para o médico Alessandro Pasqualotto, chefe do ramo de doenças infecciosas da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e presidente da Sociedade Sul-Riograndense de Infectologia (SRGI), a fadiga da população por manter o isolamento também contribuiu para um maior número de mortes no ano em que foi deixada para trás.
– O vírus é transmitido mais onde há mais aglomeração. 2020 por ano em que outras pessoas tinham muito medo de covídio e havia muito confinamento. Em 2021, houve uma maior libertação, outras pessoas se cansaram e começaram a se aproximar, e então houve uma explosão de ocorrências e mortes no mundo que não respeitam fronteiras – observa o infectologista.
Espera-se que uma política de vacinação mais elevada diminua a força da pandemia em 2022 e leve a menos mortes do que em 2021, segundo os médicos. A perspectiva é que o COVID-19 seja endêmico e comece a causar casos graves em menos pessoas. a doença torna-se um tipo de gripe para aqueles que tomam uma segunda, terceira e provavelmente uma quarta dose, se necessário. A ameaça permanece máxima para aqueles que não se vacinam ou recebem uma dose vencida.
A inclusão de jovens na cruzada diminuirá a transmissão: o ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse à GloboNews que o aplicativo começará a operar a partir de janeiro. O portal IO, que compila números de secretarias estaduais de fitness, mostra que pelo menos 75,6% dos brasileiros tomaram a primeira dose, 67,2% na época e 12,4% a terceira.
Mas o aumento da política de vacinação significa que 2022 será um ano absolutamente fluido: países europeus como Alemanha, França e Holanda, onde a política de duas doses é superior ao Brasil, já enfrentam um aumento das internações. a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Farmácias (Abrafarma) já relata um aumento dos efeitos positivos nas instituições de cônjuges.
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O infectologista Pasqualotto alerta que uma nova onda de ocorrências já está presente: no laboratório de diagnóstico da Santa Casa de Porto Alegre, o número de casos positivos para o coronavírus na última semana de dezembro cinco vezes maior do que nas últimas semanas de dezembro. aqueles que têm uma dose atrasada, a ameaça é maior.
– É muito provável que haja ondas mais altas de casos. Teremos muitas ocasiões de público agora e no Carnaval. Mas dada a maior porcentagem de outras pessoas vacinadas, eu não acho que tenha muito de ter. um efeito sobre as mortes. No entanto, a onda de poluição tende a ser moderada a grande. Muitas outras pessoas não têm uma terceira dose, muitas nem têm uma segunda, os jovens não são vacinados, queremos melhorar a política — diz Pasqualotto.
Em entrevista ao GZH, o médico de atendimento e assessor de planos da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMS), João Marcelo Lopes Fonseca, disse que o município espera um maior chamamento de leitos para outras pessoas com coronavírus, ainda uma diminuição do que o registrado em ondas passadas.
– Ômicron causará, de fato, uma reposição no número de casos e, eventualmente, em pacientes hospitalizados. Monitoramos isso de forma única, mas estamos confiantes de que o percentual gigante de outras pessoas vacinadas em Porto Alegre terá diminuição da presença hospitalar, prevê Fonseca. .
De fato, o Ômicrón pode trazer surpresas, como o aparecimento de novas variantes na política de baixa vacinação de duas doses, especialmente nos países africanos, acrescenta o epidemiologista Ricardo Kuchenbecker.
Ele cita um estudo da República Dominicana e da Universidade de Yale, publicado em dezembro passado, que indica que outras pessoas que recebem duas doses de CoronaVac podem querer mais duas doses de reforço da Pfizer, em vez de uma, para ter uma cobertura inteligente contra isso. Isso exigiria mais esforço por parte das autoridades.
– As perspectivas para 2022 são otimistas. Temos a tendência de ter menos casos graves e mortes, mas temos dúvidas sobre o duplo desafio de expandir a política de vacinação e garantir que essa política possa ter um efeito sobre a progressão de novas variantes, diz Kuchenbecker.
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Fonte: Nosso Mundo em Dados e Ministério da Saúde
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