Sem vacina, Covid matou mais jovens em Minas do que outras doenças evitáveis

O Covid-19 matou 81 jovens com menos de 12 anos em Minas Gerais entre 2020 e 2021, atingindo o pico no ano seguinte. Somente na organização etária de cinco a 11 anos, para a qual já há uma vacina aprovada, houve 17 Mortes de menores de 12 anos superam o número de óbitos por outras doenças para as quais a vacinação também está disponível: no mesmo período, 67 jovens morreram de pneumonia, dois por hepatite viral e 19 por meningite, de acordo com o conhecimento fornecido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG).

Nesta quarta-feira (5), 21 dias após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar a aplicação da vacina Pfizer para jovens de cinco a 11 anos, o Ministério da Saúde dará seu parecer sobre a vacinação dessa faixa etária, para retornar às aulas presenciais. A previsão do registro é que, com isso, as vacinas cheguem na parte do mês. Com a vacinação generalizada, espera-se que o Covid-19 esteja inscrito na lista de doenças de mortalidade infantil que podem ser reduzidas por vacinação e, como outras, têm uma curva de morte reduzida, de acordo com a avaliação dos especialistas. em 2009, mais que o dobro dos últimos dois anos combinados.

“Para as famílias em que uma criança morre, a mortalidade é de 100%. Atualmente, é uma perda absolutamente evitável, a vacinação é um direito e um dever. A maioria dos pais que vejo estão preocupados com a vacinação, mas uma minoria tem dúvidas sobre a proteção da vacina, pois ainda há muita disseminação de notícias falsas. Se a vacina é publicada pela Anvisa é porque é eficaz e segura”, diz a diretora da Sociedade de Pediatria de Minas Gerais (SMP), especialista em doenças infecciosas pediátricas Gabriela Araújo.

Atualmente, 83 jovens com menos de 12 anos estão internados com Covid-19 em Minas, somando 12 na UTI. O diretor da SMP relata que no auge dos momentos críticos da pandemia, até mesmo o acesso aos hospitais é difícil. “No Horizonte da Bélgica, a morte de jovens é uma notícia apropriada, pois podemos ajudar e é menos comum, mas isso não é verdade em algumas partes de Minas Gerais e do Brasil, onde a criança não pode receber assistência porque não pode ser deslocada. por exemplo”, diz ele.

A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Vacinação (SBIm), Isabella Ballalai, ressalta que a raridade relativa de casos graves de Covid-19 em jovens significa que eles são invulneráveis. “Esses casos são insignificantes. Com a circulação de omicrones e a maioria dos adultos vacinados, a proporção de casos de jovens está aumentando”, diz.

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