Por que as águas dos rios da bacia amazônica superam as expectativas?

As localidades banhadas pelo Rio Negro, no Amazonas, fecharam o ano de 2021 em estado de alerta. O ponto do rio voltou a ficar acima da previsão e rapidamente, gerando um alerta sobre a próxima enchente que ocorrerá em 2022.

Em 2021, a enchente atingiu a taxa nunca registrada no porto de Manaus desde setembro de 1902, atingindo a marca de 30,02 metros em 16 de junho no porto de Manaus.

De acordo com o boletim da Defesa Civil, em todo o Amazonas, mais de 455 mil pessoas foram afetadas por águas emergentes no ano passado. Até então, o recorde era de 29,97 metros, registrado em 2012.

No final do ano, o Rio Negro sobe cerca de 4,34 centímetros, atingindo 23,79 centímetros. Somente nos primeiros cinco dias de 2022, o nível é de 0,32 centímetros, chegando a 24,11 metros.

O Portal Amazônia conversou com o pesquisador-chefe da Coordenação de Pesquisa em Dinâmica Ambiental (CODAM) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTI) e o coordenador adjunto do Grupo de Pesquisa Ecologia, Monitoramento e Uso Sustentável das Zonas Úmidas (MAUÁ), Jochen Schongart, para maior por que isso acontece.

“O ponto do rio já vai ser o mais alto registrado nos últimos 122 anos e isso já é algo preocupante. É também devido ao fenômeno La Niña que se manifesta no Pacífico equatorial, na parte centro-leste, com o aquecimento do Atlântico Norte tropical. É uma fonte de evaporação que os ventos industriais importam para a Amazônia. Então, entre um Atlântico quente e um Pacífico resfriado, uma ponte atmosférica conhecida na ciência como a ‘circulação do andador’ se intensifica, o que se traduz em convecção profunda, especialmente na região norte da Amazônia, que causa chuvas intensas e acúmulo de água na garagem da superfície da Terra”, explica o professor.

No século XX, Manaus passou por uma era de nove enchentes excessivas (quando ultrapassou a marca de 29 metros), que juntas resultaram em um total de 400 dias em situação de emergência. No entanto, no século XXI, Manaus já sofreu 8 inundações excessivas, incluindo as 3 maiores já registradas (2009, 2012 e 2021). Pode-se dizer que até o início da 3ª década deste século, Manaus já passou por um momento de emergência geral 20% maior do que o registrado no século passado.

outras influências

Cria-se uma barreira física que dificulta a troca entre águas novas (totalmente novas) e quentes na superfície do oceano com águas salinas (densas) e sem sangue em profundidade. Esse mecanismo contribui para o aquecimento das águas superficiais no Atlântico tropical, levando a um acúmulo de água no meio ambiente para a indústria importar ventos para a bacia amazônica.

As entradas de Manaus influenciam o pico do Rio Negro

Apesar do esperado, os rios não necessariamente dão uma contribuição para que o Rio Negro atinja um nível mais alto. Na verdade, o costume das águas emergentes que banam a cidade é o oposto, ou seja, elas são preenchidas de acordo com os graus do Rio Negro, devido à barragem hidráulica que existe na região.

O efeito pode ser bem sucedido em outras pessoas residentes em centros urbanos e áreas rurais do estado. Como os igarapés, basicamente em Manaus, não conseguem realizar o processo de drenagem, acabam levantando a água, que está em grande parte contaminada, o que acaba invadindo casas e terrenos nas fazendas onde moram nas proximidades.

Isso faz com que outras pessoas entrem em contato com a água contaminada, formando um depósito de lixo aberto, além da proliferação de animais venenosos e da formação de insetos e ratos destrutivos.

No caso do contexto rural, um componente da população vive nas terras baixas, que são zonas de inundação de máxima fertilidade que acompanham rios de águas brancas, como o Rio Solimões. Nesse caso, essas pessoas desenvolvem atividades econômicas como pecuária, pecuária, agricultura, extração de madeira e produtos não madeireiros, além da pesca. Tudo isso será localizado de acordo com o nível da água.

Nas últimas décadas, os cidadãos locais têm cada vez menos tempo para praticar a agricultura na topografia superior da planície alagada, como mandioca e mandioca. Esses produtos amadurecem devido à esperada inundação de água nessas áreas, levando a grandes perdas para os cidadãos locais. , que tem que reajustar o controle dessa população.

O que você pode esperar da inundação de 2022?

De acordo com o Subcomande de Defesa Civil e Ações de Proteção Do Estado, com exceção do Rio Madeira, as notas dos rios do estado estão na comparação entre dezembro de 2021 e 2020, que precedeu a maior inundação registrada no estado dos últimos 0,100 anos.

A vazão do rio começou a se acumular em 6 de novembro, apenas 4 meses após o processo de refluxo do rio. No Canal rio negro, o ponto é 2,88 metros mais alto do que no mesmo período do ano passado. Em 24 de dezembro de 2020, o rio tem 20,29 metros de profundidade, enquanto no mesmo dia, em 2021, o rio chegou a 23,27 metros.

Além do Rio Negro, o monitoramento da ponta do Rio Negro das sarjetas nas estações dos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos indica pontos acima das expectativas para a época.

No início de 2022, o ponto de medição do Rio Negro no porto de Manaus, até 5 de janeiro, atingiu a cota de 24,11 centímetros. Segundo Jochen Schongart, ainda não há estimativa do contingente previsto para o ano de 2022 que o Rio Negro chegue em junho em Manaus.

Em 28 de dezembro de 2021, o Governo do Estado do Amazonas anunciou o Plano de Ação operação Inundação 2022, que delineia as medidas do Estado. O planejamento inclui a instalação de abrigos de trânsito, assistência humanitária, instalação de estações de tratamento de águas residuais, compra de alimentos de fazendas familiares para distribuir às populações afetadas por enchentes e apoio aos fabricantes do setor número um cuja produção é afetada.

O plano também prevê a concessão de auxílios e enchentes estaduais às famílias dos municípios mais afetados pelas enchentes. Em 2021, o auxílio, no valor de R$ 300, beneficiou 120. 955 famílias em 56 municípios, totalizando mais de R$ 36 milhões em investimentos estaduais. O auxílio-inundação do Estado permite a compra de alimentos e outros itens.

Se necessário, também haverá a liberação de créditos da Agência de Desenvolvimento da Amazônia (Afeam), dependendo da recuperação monetária daqueles que veem sua microempresa ou produção afetada pelas enchentes deste ano.

O plano prevê ainda, além do Hospital de Balsas, o uso da unidade fundamental de inspeção e estudos fluviais do Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem-AM) para trazer aptidão e cidadania aos municípios afetados pelas enchentes do rio.

A estimativa é de cerca de 130. 000 famílias das 62 comunas amazônicas que eventualmente enfrentarão danos causados pelas enchentes de rios da região.

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