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Pandemia em 01/10/2022 | 9:17 a. m. Atualizado em 01/10/2022 | 9h18. m.
Em 10 de dezembro, o ministério sofreu um ataque cibernético que desligou o sistema de notificação de casos leves, o e-SUS Notifica; o Sistema de Informação do Programa Nacional de Vacinação (SI-PNI), para o conhecimento das vacinas implementadas; Sivep-Influenza, para registro de internações e óbitos; e Conect-SUS, que questiona os indícios de vacinação.
Além disso, como o GZH tem mostrado com exclusividade, a invasão cibernética atingiu o grande sistema do Ministério da Saúde, a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), conhecida como a “plataforma matriz” que reúne todos os registros através dos servidores do Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde (SUS).
Embora o governo federal adque todos os sistemas tenham sido restaurados (veja e no final do texto), estados, municípios e especialistas reclamam da instabilidade das plataformas. Como resultado, o país sabe o número real de novos casos. falecido, hospitalizado por covid-19 e vacinado.
Alguns estados aderem a sinais seguros por terem sistemas próprios (como o Rio Grande do Sul, para pacientes internados), mas outros não (como Tocantins e Roraima). Soma-se a isso o sub-registro de ocorrências devido à falta de testes em massa: na Alemanha, por exemplo, são oferecidos testes frouxos para outras pessoas vacinadas sem a necessidade de consulta.
Sem dados exatos sobre autenticidade, o país desconhece os reais efeitos da covid-19 e conta com dados de laboratórios privados ou estudos de academias e hospitais para saber como a epidemia está evoluindo.
Por possuir sistema próprio de registro de internação, o Rio Grande do Sul contabiliza o número de usos de Unidades de Grande Atendimento (UTIs) e leitos clínicos. O número de mortos também é normalizado, segundo o governo estadual e o Conselho de Secretarias Municipais do Rio Grande do Sul (Cosems-RS).
O Estado especifica que o registro de instâncias benignas por meio do e-SUS Notifica foi em 10 de dezembro e retornou em 27 de dezembro, data a partir da qual “a publicação de conhecimento através do Estado é normalizada”, dependendo apenas dos municípios para inserir o conhecimento na fórmula e atualizar retroativamente as estatísticas de dezembro.
— O e-SUS Notifica não voltou à normalidade geral. Os dados não são exibidos em tempo real porque a fórmula é instável. O e-SUS Notifica é colocado em serviço por dois ou três dias com estabilidade, depois congelado e congelado. O profissional insere os dados, mas não consegue terminar porque a página continua atualizando. Antes levou 30 segundos para relatar um caso, agora leva 3,4 minutos. A fórmula não pinta cem por cento do Brasil, não só no Rio Grande do Sul, diz Espíndola.
O cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede de Análises, acredita que o Rio Grande do Sul não tem todo um apagão de conhecimento, mas um “meio apagão”: ele não sabe como está indo a vacinação, não sabe o número real de casos, mas monitora a ocupação hospitalar e as mortes. Ele alerta para a ameaça de basear o controle da pandemia apenas em dados de casos graves e tardios.
“Na onda de fevereiro de 2021, vimos pela primeira vez internações em leitos clínicos e depois mostramos casos, por causa do atraso”, diz. “Se há um forte acúmulo de casos, é um bloqueio de estatísticas, é um acúmulo de ervas, ou ambos?Não é uma interrupção geral, no entanto, nos deixa imaginando se o conhecimento é confiável. Na vacinação, é vital saber se você estagnou ou se pode se recuperar. desperdício de decisões de políticas públicas”, diz Schrarstzhaupt.
Questionada se identificava o bloqueio de dados de casos leves no Rio Grande do Sul, a Secretaria estadual de Saúde disse que não era possível saber ao certo quantas notificações poderiam ser bloqueadas ou não, pois “depende de uma investigação de cada município, que durante o período em que o e-SUS estava offline, eles foram orientados a manter essas gravações em paralelo (sistemas ou arquivos próprios e virtuais). “
O Ministério da Saúde diz que a fórmula foi padronizada, aprovada pela Secretaria Estadual de Saúde, mas negada por especialistas. O epidemiologista Ricardo Kuchenbecker, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, comenta que o Sivep-Influenza é instável.
— Ainda temos truques para acessar o Sivep-Gripe. O truque é integrar o conhecimento da variação. As informações não estão disponíveis. Ainda é complicado baixarmos todos os dados estratificados pela semana epidemiológica e a diversidade etária dos pacientes internados, diz o epidemiologista.
Desde 10 de dezembro, todos os Estados possuem o SI-PNI, o que torna imaginável monitorar a evolução ou estagnação da aplicação de doses, offline. Há um mês, o Rio Grande do Sul estava artificialmente estagnado em 70% da população com duas doses. O governo federal diz que a fórmula voltou.
A Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul especifica que a fórmula de vacinação foi restaurada no final de dezembro para consulta ou registro de novos dados, mas “ainda não dá acesso a toda a base de dados, através da qual a SES transmite as informações geradas pelos números do painel estadual”. Ele acrescenta que está esperando o governo federal para lidar com o assunto.
Com o sistema travado, a equipe de fitness médio não pode verificar quem é a dosagem para ligar ou fazer uma escala no apartamento e convocar a pessoa para revacinação.
Questionada, a SES não respondeu se considerou que poderia com a nova onda de covid-19 sem dados confiáveis sobre casos e vacinas, apenas com internações e óbitos.
“O Ministério da Saúde informa que em dezembro foram reabilitadas as plataformas e-SUS Notifica, Sivep-Gripe, SI-PNI e Conect SUS, o que permitiu a inclusão do conhecimento por meio de estados e municípios. Alguns dos conhecimentos publicados podem ainda não aparecer nas interfaces dos sistemas, no entanto, todos os dados podem ser registrados através de gestores locais e, assim que a integração do conhecimento for restaurada, os registros estão disponíveis para os usuários.
Vale ressaltar que o Departamento de TI do SUS (Datasus) continua trabalhando para reparar gradualmente as demais plataformas e integradores, com padronização prevista para janeiro. “