Covid-19: Rio tem nove municípios com leitos de cuidados abrangentes

Dados compilados pela Globo no painel Covid-19 do governo do Estado do Rio de Janeiro mostram que sete municípios do estado não possuem mais vagas em cuidados extensivos para atender pacientes covid-19. São elas: Barra do Piraí, Rio Bonito, Teresópolis, Maricá, Saquarema, Bom Jardim e Miracema. Outras duas localidades estão perto de atingir sua capacidade máxima: Itaboraí (95%) e Bom Jesus de Itabapoana (92%).

As taxas de ocupação dos leitos de enfermagem e o cuidado extensivo são enviados diariamente pelos municípios ao governo estadual. Nove municípios possuem total para tratar o coronavírus: Rio Bonito, Valença, Cachoeiras de Macacu, Teresópolis, Nova Friburgo, Três Rios, Nova Iguaçu, Rio das Ostras e Cardoso Moreira. Para atendimento clínico, Volta Redonda ocupou 98% dos cargos vagos de enfermagem.

A região com a taxa de ocupação é o Noroeste, que na terça-feira teve 89% de seus extensos leitos de atendimento ocupados. Dos 14 municípios que compõem a região, que faz fronteira com Minas Gerais, apenas 3 possuem extensos leitos de atendimento para atender toda a região: Itaperuna (3 vagas disponíveis), Bom Jesus de Itabapoana (cinco vagas disponíveis) e Miracema (sem vagas).

Com apenas dois grandes leitos de atendimento para atender pacientes covid-19, o município de Bom Jardim, na região Serrana, teve que transferir outras quatro pessoas para cidades próximas.

“Nos casos em que qualquer intervenção é decorrente do agravamento da síndrome respiratória aguda, é solicitado o Sisreg”, disse o corredor da cidade em nota.

O cenário se repetiu na cidade de Rio Bonito, que faz parte da II Região Metropolitana. Segundo a prefeitura, dois pacientes tiveram que ser transferidos para Maricá e Itaboraí devido à capacidade dos leitos. Segundo o município, as filas variam de 4 a 10 dias cadastrados no sistema de regulação estadual. O município ainda especifica que a construção em leitos será avaliada de acordo com a demanda.

De acordo com o município de Nova Iguaçu, o hospital da Posse é uma unidade de referência de trauma que atende toda a Baixada Fluminense e diz que será para ampliar os leitos para Covid-19, se necessário.

Procurada, a prefeitura de Maricá garante que o hospital municipal Dr. Ernesto Che Guevara, referência para o controle dos casos do Covid-19, tem capacidade para mais uma vez ter 137 leitos para o tratamento da doença.

Itaboraí diz que não tem leitos para pessoas desmobilizadas e possui dois hospitais para atendimento, que atendem pacientes de cidades próximas.

“A Prefeitura de Itaboraí está em constante discussão com o governo sobre a aptidão para que novos leitos possam ser reabertos para o atendimento dos pacientes do Leste Fluminense com a Covid-19”, disse a Prefeitura de Itaboraí em nota.

A prefeitura de Saquarema informou que até o momento não houve desejo de transferir os pacientes para outros locais e que o grau de ocupação da UTI na tarde de terça-feira é de 75% (seis leitos dos 8 ocupados). A prefeitura também indica que pode reabrir mais vagas no Hospital Municipal Porphirio Nunes de Azeredo, em Bacaxá.

“Vale ressaltar que a maioria das pessoas internadas não tinha o calendário vacinal completo ou sequer tomou a primeira dose da vacina. população, implicando uma redução dos casos positivos de Covid na cidade nesta semana, o que representa um resfriamento imaginável da contaminação da variante antimicrobiana”, diz um trecho da nota de Saquarema.

Com a necessidade de obter pacientes de outras cidades, Três Rios, no Médio Paraíba, teve recentemente dois jovens da Sapucaia internados com Covid-19 na cidade. A prefeitura informa que abriu mais cinco leitos de enfermagem e na noite de terça havia 3 vagas.

Com a pressão por novos leitos, Quissamã anunciou que vai alugar mais vagas na UTI e serviços. De acordo com a prefeitura, o número de leitos será cem por cento maior para casos graves e 80% para pacientes clínicos.

A explosão de casos de Ômicron também fez com que a agência estadual de fitness anunciasse a abertura de novos leitos para o atendimento de pacientes coronavírus. De acordo com os autos, até o fechamento da próxima semana 125 leitos, 30 na UTI.

Até a noite de terça-feira, a cidade do Rio tinha mais 816 pessoas com coronavírus internadas na rede pública. Depois de dias de fila para entrar, havia mais vagas do que outras pessoas esperando para serem movidas.

No início desta semana, a prefeitura do Rio anunciou que os hospitais da rede federal abririam mais 500 postos para tratamento covid-19 na capital nos próximos dias. No entanto, não há prazo para a reabertura desses leitos.

O Ministério da Saúde anunciou a contratação de 1. 700 profissionais para a abertura de 135 vagas, somando 35 na UTI nos seis hospitais controlados por meio dos autos. No entanto, o governo federal não divulgou um cronograma para a abertura de vagas. Atualmente, o Hospital Geral de Bonsucesso conta sozinho com 252 leitos fechados por falta de profissionais.

O mesmo vale para o Hospital Clementino Fraga, controlado pela UFRJ, que prevê a abertura de 80 leitos para a Covid-19. A unidade foi uma das principais no tratamento da doença pandêmica, mas no final de 2021 os contratos transitórios terminaram. e não foram renovados através do governo federal.

A universidade diz que está esgotando a papelada administrativa para contratar 700 profissionais e reabrir alguns dos leitos fechados ultimamente. No entanto, ainda não há data exata para a abertura das vagas. Segundo a universidade, para que o Hospital do Fundão opere com capacidade total de 400 leitos, 1. 900 profissionais sejam alugados. Atualmente, 190 leitos estão fechados na unidade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *