Outro julgamento por abuso de força econômica põe em risco as ambições políticas de Luciano Hang, o velho de Havana, anunciado através de setores do Bolsonarismo como um candidato imaginável para o cargo de senador ou do governo de Santa Catarina este ano.
O Ministério Público Eleitoral pediu ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul que reabrisse um caso já encerrado do empresário.
Hang é acusado de vincular a promessa de abrir uma filial da Havan em Bagé, na região de Campanha do Rio Grande do Sul, ao eleitor de seu candidato à reeleição na cidade, o prefeito Divaldo Lara (PTB).
A ação, apresentada em 2020 em nome da coligação do candidato do PT Luiz Fernando Mainardi, informa que no dia 11 de novembro de 2020, visitando Bagé, Hang anunciou a filiação em um vídeo divulgado pelo prefeito.
O dono da Havan pediu o que ele era um “voto útil” de Lara e desqualificou o PT e seu candidato, Luiz Fernando Mainardi.
Este é o mesmo crime que é imputado a ele em Santa Rosa, cometido no mesmo dia 11 de novembro de 2020. Em uma ação articulada, apenas 4 dias antes das eleições, Hang pousou de jato em Bagé pela manhã e depois foi para Santa Rosa, onde também prometeu uma loja que existe até o momento.
Nas duas cidades, ele pediu votos para candidatos de direita e apoiadores de seus projetos. E alertou que a eventual vitória dos candidatos do PT ameaçaria o status quo das seletivas.
“Também peço aos outros bagés um voto útil, votem naquele que vem primeiro, que pode ganhar essa vergonha do PT, e depois votar no Divaldo”, disse ele no vídeo compartilhado através do próprio Divaldo Lara ao vivo.
O empresário promete a filial e diz que em frente à loja haverá uma reprodução da Estátua da Liberdade, de 35 metros de altura.
Em Santa Rosa, disse ele, também em um vídeo divulgado com o candidato a prefeito:
“Não é o que aconteceu com o nosso país, no 15º mantei (o candidato do PP) é votado e então nos próximos meses haverá Havan, tenho certeza, porque em todos os momentos há a ameaça desses vermelhos chegando. “dar um passo atrás e desfazer tudo.
No caso de Santa Rosa, o tribunal eleitoral de primeira instância também acompanhou a denúncia contrária a Hang e se opôs ao então prefeito Alcides Vicini (PP) e ao candidato do mesmo PP, Anderson Mantei, para quem o empresário pediu votos. . .
Mas no ano passado os promotores José Osmar Pumes e Fábio Nesi Venzon admitiram um recurso através dos advogados Marcelo Gayardi Ribeiro, Marcio Medeiros Felix e Christine Rondon Teixeira e pediram ao TRE que Hang fosse condenado e tivesse seus direitos políticos revogados por 8 anos.
Também:
1; Jean Wyllys diz que irá atrás de Zambelli novamente; “Inescrupuloso e corrupto”
dois; VÍDEO; Linn da Quebrada explode bolsonarista Naiara Azevedo no BBB; “É sobre você”
3 ; Ipespe; Lula vence no 2º turno; ver os números
O procedimento está tomando uma posição no TRE do Rio Grande do Sul, representando a coligação do candidato do PT Orlando Desconsi, e pede a cassação do mandato do prefeito eleito Anderson Mantei (PP).
Os advogados do PT em Santa Rosa são os mesmos do caso Bagé, onde também é solicitado o mandato de reeleição do prefeito Divaldo Lara.
Eles argumentam que, em ambas as cidades, aspirantes da veia da Havan venceram a eleição em uma cruzada marcada por atos ilegais através do abuso de poder econômico por parte do empresário.
O caso Bagé passou no ano passado pela Justiça Eleitoral da cidade, por razões que Jair Bolsonaro também discutiu na ação.
O deputado pede que o julgamento seja tornado público, desafiando agora a nomeação de Bolsonaro, e acolhe a tese dos advogados de Mainardi.
O parecer do deputado sobre o caso Santa Rosa é datado de 17 de dezembro do ano passado. O parecer de Bagé, no recurso em que os advogados de Mainardi pedem a reabertura do julgamento, é datado de 23 de janeiro e assinado pelo promotor José Osmar Pumes.
As decisões, em ambos os casos, têm todo o TRE do RS, que tem sido rigoroso em processos semelhantes. eles beneficiaram os aspirantes para quem ele pede votos.
Se condenado em pelo menos um dos casos, Hang não recuperará o direito de concorrer até 2028. Sua reivindicação de foro privilegiado e imunidade pode ser adiada.
Segundo o advogado Marcelo Gayardi Ribeiro, o empresário desafiou a legislação eleitoral e a própria Justiça Eleitoral ao atuar, 4 dias antes da eleição, com a facilidade daqueles que se consideram imunes à punição.
De forma a se proteger, Hang divulgou um vídeo em 21 de dezembro, 4 dias após a decisão do deputado sobre a ação de Santa Rosa, na qual ele ataca os dois promotores. Ele insinua que eles ou “usam” a justiça para promover os interesses políticos cujos partidos em guerra ele considera:
“Quem são os promotores José Osmar Pumes e Fábio Nesi Venzon?Tenham cuidado, tenham cuidado, pessoal, usem o espaço público da justiça para fazer injustiça. “
No mesmo vídeo, ele mostra uma placa com o texto de um site, que diz: “Deputado eleitoral gaúcho para enforcar o inelegível”.
O empresário cartaz e pergunta:
“É para isso que os promotores trabalham? É isso que eles querem?
O vídeo foi enviado ao TRE através dos advogados que ajuizaram as ações em Santa Rosa e Bagé, pois constituía crime em tom ameaçador para os promotores.
Aqui está o vídeo em que os promotores penduram:
— Luciano Hang (@LucianoHangBr) 21 de dezembro de 2021