O juiz Manoel Cavalcante de Lima Neto suspendeu nesta quarta-feira (26) o cancelamento das etapas já realizadas na festa do soldado combatente da Polícia Militar de Alagoas. Com isso, o concurso deve continuar onde estava. A decisão pode ser apelada.
Com isso, a decisão anula a resolução do secretário de Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio, Fabrício Marques, que suspendeu o festival para a investigação da fraude descoberta no evento, onde outras 12 pessoas foram presas no momento da Operação Loki.
Por meio de nota, a Seplag informou que a resolução judicial “está sendo analisada pela equipe técnica do processo, que em breve se pronunciará sobre o caso. A Seplag insiste, no entanto, que o governo estadual se comprometa a cortar os danos a todos os afetados” (leia na íntegra no final do texto).
O festival tomou posição em 2021 e também apresentou vagas para o cargo de Oficial da PM. Uma decisão judicial anterior já havia decidido a retomada dos oficiais, apenas o soldado estava desaparecido.
“Com base em técnicas conhecidas como Teoria clássica de Controle (TCT) e teoria da reação de elementos (TR), a Zebraspe sabia de uma tendência de respostas imprevistas para perguntas seguras através de candidatos de alto rendimento, no total 36 suspeitos. De acordo com o conhecimento do público [ponto 2. 2. 5 ] há 1. 000 vagas a serem preenchidas, e os candidatos admitidos no controle da meta e classificados até a posição 1. 200 serão convocados para o TAF, de acordo com o artigo 8. 1 do conhecimento público. Entende-se que o percentual de candidatos suspeitos de irregularidades corresponde a 3% do total de candidatos aprovados”, diz a resolução.
Para tomar a decisão, o juiz Manoel Cavalcante de Lima Neto pediu à Polícia Civil (PC), que está investigando o caso, que investigue o inquérito.
“A investigação realizada através dos delegados Gustavo Xavier do Nascimento, Cayo Rodrigues Silva, José Carlos André dos Santos e Lucimerio Barros Campos implica uma disseminação de fraudes. Pelo contrário, por enquanto, o quadro conhece com precisão alguns infratores com a opção de ampliar esse número diante das evidências ainda em avaliação”, diz a sentença.
Quando as fraudes foram descobertas, o Estado ordenou o cancelamento dos 3 concursos da SSP: Polícia Militar, Bombeiros e Polícia Civil. Dos 3, apenas a polícia civil foi cancelada. O corpo de bombeiros também assumiu por ordem judicial.
Leia a nota completa da seplag abaixo:
A Secretaria de Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) informa que a resolução do juiz Manoel Cavalcante de Lima Neto, da 18ª Vara Cível da capital está em análise técnica dos autos, que em breve se pronunciarão sobre o assunto.
A Seplag insiste, no entanto, que o governo estadual está empenhado em cortar os danos a todos os envolvidos. Vale ressaltar, ainda, que todas as medidas tomadas até agora se baseiam na recomendação de especialistas e no histórico das decisões de outros estados brasileiros.
Fonte: G1/AL