O governo estadual, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), está investigando se houve grave falha ou omissão na fuga de 14 presos da Penitenciária Major P Zuzi Alves da Silva no dia 3 deste mês, após escavar um longo túnel no raio azul da Ala 1.
Este e outros vazamentos registrados em Cuiabá, Várzea Grande e Nobres ocorreram em meio a uma greve de policiais corruptos, que até suspenderam a categoria no início deste mês, na tentativa de avançar nas negociações com o executivo.
Em entrevista à Rádio Vila Real, o governador Mauro Mendes (DEM) disse que o tipo de vazamento registrado em Água Boa não é incomum e que o Estado vem registrando esse tipo de cenário há algum tempo.
“No meio da greve, houve vazamentos ridículos. O que aconteceu em Água Boa, houve um grave erro ou omissão. Então isso quer ser estudado”, disse ele.
“Entre nós: o cara cavando um buraco, cavando este monte de sujeira por vários dias. . . Não é imaginável que ninguém tenha notado. Então tem muito cheiro, uma indicação de que houve algum tipo de negligência ou até mesmo conluio”, acrescentou.
Segundo o governador, a investigação é conduzida por meio de uma comissão de servidores e um processo administrativo disciplinar (PAD) foi aberto em todo o estado para apurar os motivos que levaram à fuga e se houve negligência no componente dos servidores em índice da unidade penal.
Vazamentos
Em semanas, fugas de presos foram registradas em pelo menos 4 municípios de Mato Grosso: Água Boa, Cuiabá, Nobres e Várzea Grande.
No caso de Água Boa, cuja prisão tem uma população de 326 presos, a fuga ocorreu à noite.
Os detentos cavaram um túnel no raio Azul da Ala 1, passando por baixo da praça que dá acesso ao banho de sol, ao ar livre da galeria, atingindo a área da parede. Seis deles já foram recapturados e um morreu em confrontos com os militares. Os outros sete continuam foragidos.
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