O poeta e jornalista amazonense Thiago de Mello morreu nesta sexta-feira (14), aos 95 anos. A morte foi mostrada através do espaço editorial Global, que publicou suas obras.
Nascido em Barreirinha, interior da Amazônia, é um dos poetas mais conhecidos da região, e cantou em prosa e verso sua luta pela preservação da selva mundial.
Um de seus poemas mais proeminentes é “Estatutos do Homem”, escrito algum tempo após o status quo do regime militar em 1964, que percorreu o mundo em várias traduções.
Outro de seus livros mais marcantes é “Faz Escuro, Mas Eu Canto: Porque a Manhã Vai Chegar”, publicado no ano seguinte e cujo nome ele relembrou na última Bienal de Arte de São Paulo.
Por seu compromisso contra a ditadura, Mello prendeu e passou anos no exílio em países como Argentina, Portugal e Chile, onde seu amigo Pablo Neruda viveu.
Voltou ao Brasil após a recuperação da democracia, vivendo na Amazônia.
Se no filme Bacarau é uma cidade inventada, em BH a posição ajuda a preservar a memória das pessoas que a viram nascer.