A cantora e compositora canadense Joni Mitchell anunciou nesta sexta-feira (28) que vai retirar seu catálogo musical do Spotify. A mudança é um gesto para o músico e amigo Neil Young, que deixou a plataforma de streaming depois de se recusar a remover um popular podcast que transmite conteúdo antivacinação de sua carteira.
“Outras pessoas irresponsáveis espalham mentiras que reivindicam a vida de outras pessoas”, disse a música em seu site oficial. “Estou em solidariedade com Neil Young e as comunidades médicas e clínicas globais sobre esta questão. “
Autor de Blue (1971), um dos maiores álbuns da música popular americana, Joni Mitchell tem 3,7 milhões de ouvintes por mês no Spotify. Suas canções de maior popularidade na plataforma, “Big Yellow Taxi” (1970) e “A Case of You (1971), foram ouvidas mais de cem milhões de vezes. Artisticamente, o canadense tem uma carreira aclamada, tendo influenciado gerações de artistas, de Bjork a Taylor Swift.
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A determinação de Joni Mitchell desencadeia o desafio diante de podcasts antivacinas hospedados no Spotify, como o do comediante Joe Rogan. No dia 31, o apresentador do “The Joe Rogan Experience” uma entrevista com o imunologista Robert Malone na qual o médico compara a Alemanha nazista aos Estados Unidos existentes e diz que a população é “hipnotizada” através de campanhas de vacinação contra Covid-19. 19.
Em vídeos, Malone também critica as vacinas dos anos formativos e afirma que as vacinas coronavírus causam falhas na fórmula reprodutiva.
Devido à entrevista com o ativista antivacinas, uma organização de cientistas e profissionais do fitness publicou uma carta aberta no início de janeiro pedindo ao Spotify que removesse o conteúdo da plataforma. desconfiança da ciência na medicina” e “uma série de teorias da conspiração infundadas”.
No entanto, a maior plataforma de música do mundo pagou US$ 100 milhões em 2020 para sediar o podcast, que é um dos mais populares do setor, com cerca de US$ 11 milhões. Dada a situação, é improvável que a empresa atenda à demanda.
O cantor e compositor canadense, também conhecido por sua premiada carreira, diz estar “feliz e orgulhoso” com essa decisão. “As empresas privadas têm o direito de decidir o que desfrutar, assim como eu posso decidir não fazer da minha música uma plataforma que dissemina dados destrutivos [para a sociedade]”, disse ele.
Nesta terça-feira (25), Young deixou o Spotify após dar à empresa um ultimato sobre o conteúdo do podcast antivacina. “Ou eles têm Rogan ou têm Young. No ambos”, disse o compositor, cuja discografia começou a ser apagada. da plataforma no dia seguinte.
Sobre o caso, o Spotify disse, em nota oficial, que lamentava a resolução do compositor e espera “vê-lo em breve”.
Via The Guardian
Crédito do símbolo principal: Shawn Miller/Biblioteca do Congresso/CC
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