O Banco do Brasil impediria a concessão de empréstimos a estados comandados por meio dos partidos políticos do presidente Jair Bolsonaro (PSL). A reportagem é do jornal Folha de São Paulo. O estado de Alagoas, liderado por Renan Filho (PMDB), recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo orçamento após o banco abandonar as negociações sobre justificativa suplementar.
O pai do governador é o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que atuou como relator da TPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) encarregada de investigar os erros e omissões do governo federal na pandemia covid-19. Segundo a publicação, o estado da Bahia, liderado por Rui Costa (PT), também está tendo problemas para contratar uma operação com o banco. Nos bastidores, há uma taxa de “negociação isonômica” entre estados. A Folha informou que o governo estadual, por meio do Ministério da Fazenda, gostou de comentar.
Questionado pela reportagem, o Banco do Brasil, empresa de capital misto com estoques na bolsa de valores, negou qualquer interferência política no empréstimo e disse que aderiu a “critérios técnicos”. “Todos os contratos operacionais para o setor público são estritamente cumpridos. “aos interesses legais, de crédito e dos interesses comerciais do BB”, disse ele.