O novo portal “Meu Voto” diz se você escolheu alguém

“Que efeito teve meu voto?” é a pergunta respondida pelo portal desde a final oficial das urnas no domingo. Assim, o eleitor estará lá para saber se seu voto deu origem a um mandato. Segundo o pesquisador Luís Humberto Teixeira, ao JN, “tem como objetivo simplificar a leitura de mapas dos resultados oficiais, dando aos cidadãos uma resposta inegável sobre o efeito de seu voto”. Em outras palavras: “deputado eleito” ou “não eleito deputado”.

Impacto da votação nas eleições legislativas

A página online também permitirá que os eleitores saibam o efeito de seu voto nas 16 eleições gerais realizadas em Portugal entre 1975 e 2019.

No caso das eleições legislativas passadas, o efeito da votação é avaliado com base em mapas oficiais no Diário da República. Nas eleições existentes, a cédula provisória emitida através da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna foi utilizada.

Votações em 2019

“Embora seja verdade que em praticamente todas as eleições há votos válidos em partidos que são transferidos para mandatos”, também é verdade que “demorou tanto”, diz o cientista político formado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Ele também lembra que em 2019 foram quase 720. 000 votos válidos que elegeram alguém, com clara prejuízo ao eleitorado dos partidos médios, emergentes e extraparpreparmentários.

Círculos pequenos penalizados

“Quase 15% do eleitorado está em jogo, ou um em cada sete”, diz o cientista político do JN, observando que, em termos percentuais, é basicamente um eleitorado de círculos menores que acabam não escolhendo ninguém com seu voto.

“Em 2019, Portalegre é um caso paradigmático. Como o PS ganhou qualquer um dos dois mandatos neste círculo eleitoral do Alto Alentejo, os votos em todas as outras forças não tiveram efeito prático”, lembra Luís Humberto Teixeira.

“Estamos falando de 53,4% dos votos válidos neste círculo eleitoral. Ou seja, mais do que uma parte desse eleitorado tem sido ignorada”, acrescentou o pesquisador, que vem lendo e disseminando problemas semelhantes à fórmula eleitoral há pouco mais de duas décadas. , adicionando os chamados eleitores sombra.

“Tome uma atitude”

“Ao longo dos anos, aprendi que falar apenas de percentuais e termos clínicos é um impedimento para a compreensão desse fenômeno. Daí a técnica simples, direta e não pública utilizada em omevoto. com”, explica Luís Humberto Teixeira.

Para concluir, ele afirma que essa iniciativa tem “um duplo objetivo”. Por um lado, “aumentar a alfabetização eleitoral dos portugueses e, ao mesmo tempo, fazê-los agir, se souberem que não é democraticamente aceitável que a média, em cada eleição, haja como parte de um milhão de votos válidos que não elegem ninguém”.

Problemas resumidos no site:

Votos não comutados: Nas eleições parlamentares de 2019, 719. 929 votos foram convertidos em mandatos. CDS-PP, CDU, BE e PAN contribuíram apenas com cerca de 400. 000 votos para este total;

Eleitores sem representantes: uma investigação das eleições entre 1975 e 2019 mostra uma média de 8,67% dos votos válidos convertidos em mandatos;

Soluções para o problema: Reduzir o número de círculos eleitorais e/ou criar um círculo de reembolso atenuaria a situação. Faltava vontade política.

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