Desde o início da vacinação COVID-19 no Brasil, quase todos (92%) dos eventos adversos semelhantes à vacina foram classificados como não graves, segundo o Ministério da Saúde. dor no momento da aplicação, coceira, hematomas, febre, dores no corpo, diarreia, náusea, dor muscular e articular e dor de cabeça.
Em pouco mais de um ano de campanha, os benefícios podem ser notados de forma prática. Por exemplo, a redução da mortalidade de pacientes internados pelo Covid-19 no SUS foi de 37% do país. Um estudo do governo federal mostra que a ameaça de morte pela doença é 56 vezes maior do que a ameaça de eventos adversos relacionados à vacina.
O mesmo documento afirma que os efeitos menos graves dos vacinadores estão concentrados na faixa etária de 25 a 44 anos. A população idosa apresentou a maior taxa de reações graves, especialmente aquelas com mais de 75 anos de idade.
As vacinas AstraZeneca/Fiocruz e Coronavac são responsáveis pela maioria das notificações, seguidas pelas doses de Janssen e Pfizer, respectivamente. A maioria das reações leves começou em 48 horas após a vacinação. Em casos graves, esse período é maior, 17 dias.
Os insights de pesquisa foram coletados entre 18 de janeiro e 25 de outubro de 2021. O texto considera que as comparações merecem levar em conta a proporção da política de vacinação de cada vacinador. Os primeiros 3 meses da cruzada nacional não tinham doses da Pfizer, por exemplo. Mesmo os primeiros seis meses não tinham janssen iotes disponíveis, o que pode ser em parte a grande diferença nas taxas de reação.
Casos graves são aqueles que necessitam de internação ou podem levar à morte. Segundo estudo do governo federal, a incidência no Brasil é de 5,1 consistente com 100 mil doses administradas, ou 0,005% do total de aplicações. Até novembro de 2021, o Ministério da Saúde informou 11 óbitos relacionados à vacina, em situação de mais de 325 milhões de doses aplicadas.
O Comprova solicitou ao Ministério da Saúde e à Anvisa informações atualizadas em ocasiões já apresentadas como as vacinas Covid-19, mas não recebeu resposta. Em 25 de janeiro, o relatório também fez a solicitação através da Lei de Acesso à Informação (ATIA) e o governo tem 20 dias para responder, o que ainda não aconteceu.
Em crianças, a vacina pode reduzir o risco de dores de cabeça COVID-19 em até seis vezes, de acordo com dados coletados nos Estados Unidos, o país com o número de jovens imunizados. Os casos notificados de miocardite são raros: a ocorrência é de nove consistentes com 100 mil doses implementadas (0,00 nove%).
Todas as vacinas submetidas ao programa nacional de vacinação e legais para uso por meio da Anvisa estão sujeitas a um rigoroso procedimento de avaliação da qualidade por meio do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fiocruz. O PNI existe desde 1973 e é referência mundial em campanhas de vacinação por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), filial da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.
Como qualquer droga, vacinas podem causar reações. A coordenadora do NÚCLEO TÉCNICO de Produtos Biológicos do INCQS, Maria Aparecida Affonso Boller, explica, em entrevista ao site da agência, que antes de enviar as doses para o PNI, as amostras são separadas. pela qualidade que promete proteção e eficácia. Nesta fase, são realizados testes em potência, estabilidade, esterilidade, pH, volume, entre outros.
Na vida real, a vacina covid-19 provou sua eficácia no combate à doença. Levantamento realizado pela Secretaria de Saúde de São Paulo no Instituto de Infectologia Emílio Ribas mostrou que a probabilidade de óbito é 14 vezes maior em pessoas não vacinadas do que nas que seguiram a dieta completa. O risco de internação também foi maior nos não vacinados: nove em cada dez pacientes internados não tomaram nenhuma dose nos meses em que o estudo foi realizado.
No Comprova, o pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Vacinação (SBIm), observa que um número muito grande de outras pessoas já ganhou vacinas internacionais – mais de 10 bilhões de doses foram implementadas – e que a grande maioria dos casos adversos são leves a moderados. Isso não significa que ocorram eventos adversos graves com qualquer uma dessas vacinas. Podem ocorrer, mas são raros.
O Ministério da Saúde cita como imagináveis dores de cabeça trombose venosa, miocardite e compatível com icardite, síndromes neurológicas como síndrome de Guillain-Barré, encefalite, hemorragias cerebrais, arritmias, infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar, entre outros. Mesmo assim, tais ocasiões são muito raras, com uma média de 1 caso correspondente a 100. 000 doses aplicadas, com uma ameaça particularmente menor do que a ameaça de dores de cabeça do próprio Covid-19.
O boletim epidemiológico contendo o conhecimento mais recente sobre óbitos semelhantes a vacinas data de novembro de 2021 e fornece informações iniciais. O documento cita 11 óbitos, ou 0,3% das reações graves relatadas ao Ministério da Saúde até agora. Os casos são semelhantes à síndrome trombocica com trombocitopenia. Do total de vítimas, 8 foram vacinadas com doses de AstraZeneca e 3 com Janssen.
Especialistas observam que as vacinas também são uma ferramenta para combater mutações virais opostas. Hoje, há cinco variantes de preocupação, segundo a OMS: Alpha, Beta, Gama, Delta e Ômicron. As taxas de eficácia da vacina para essas mutações variam de 68% a 98%, dependendo do fabricante.
Miocardite e pericotelite
Em julho de 2021, a Anvisa informou que os Estados Unidos noticiaram casos de miocardite (inflamação do músculo central) e pericardite (inflamação dos tecidos ao redor do centro) após a vacinação contra o Covid-19 com imunizantes da plataforma RNA mensageiro (mRNA), que inclui o produto Pfizer utilizado no Brasil.
Sobre os perigos dessas complicações, o farmacêutico explicou que os diagnósticos são raros e ocorrem no prazo de 14 dias após a vacinação, mais após a dose atual, e em homens mais jovens.
No Brasil, foram 90 relatos de eventos adversos com alguma menção de miocardite ou pericardite nos 11 meses da campanha. Pouco mais da metade (53%) ocorreu após a vacinação da Pfizer; 31% a mais com AstraZeneca e 15% com Coronavac. Destes, 7 morreram, mas todos tiveram pericardite excluída como causa de morte pelo Ministério da Saúde.
Trombose com trombocitopenia
A ocorrência aproximada de trombose com trombocitopenia é 1 caso consistente com 100. 000 doses aplicadas, ou 0,001% das vacinadas. Devido à raridade das ocorrências, ainda não é imaginável identificar os pontos de ameaça relacionados à síndrome.
A maioria dos países da Europa relata casos da doença em outras pessoas que obtiveram a vacina viral não replicativa, como é o caso da AstraZeneca, e mais recentemente nos Estados Unidos com a vacina janssen.
No Brasil, a partir de 4 de outubro de 2021, o Ministério da Saúde registrou 77 notificações individuais de eventos adversos consistentes com trombocitose e trombocitopenia.
Desse total, 18 deveriam ter um arranjo causal consistente (incluindo 11 óbitos), 17 como indeterminado (6 óbitos), 7 como inconsistentes ou coincidentes (1 morte), 11 como inclassificáveis (4 óbitos) e 24 ainda estavam em investigação na época.
De acordo com um boletim epidemiológico, Bruno teve calafrios, febre e dores de cabeça em agosto. 23 anos e morreu 3 dias depois. O artigo afirma que a condição foi desencadeada por trombose da fórmula nervosa central com trombocitopenia relacionada.
O mesmo boletim emite a morte de uma mulher de 27 anos, por ter uma ligação causal com vacinas covid-19. Ele desenvolveu febre, dor abdominal e dor nas costas em 10 de setembro e morreu no dia 23 de setembro, também de trombose com trombocitopenia. Ambos os óbitos foram relacionados à vacina Astrazeneca.
guillán bar
Em julho de 2021, a Anvisa emitiu um alerta relacionado a casos raros de síndrome de Guillain-Barré após a vacinação. Eventos adversos foram semelhantes às vacinas AstraZeneca, Janssen e Coronavac.
Até então, foram 27 notificações de suspeita de namoro da doença com a vacina Astrazeneca, além de 3 casos com a vacina Janssen e outros 4 com coronavac, totalizando 34 registros. Segundo a Anvisa, a doença está relacionada à dose implementada contra a gripe.
É uma doença neurológica autoimune rara em que a fórmula imunológica danifica as células nervosas. A maioria das outras pessoas se recuperam completamente. A maior ameaça é quando os músculos respiratórios são afetados, e neste caso, a síndrome pode levar à morte.
O programa nacional de imunização inclui 45 vacinas para todas as equipes etárias da população brasileira. O Comprova estudou como alguns deles se comportam em relação aos efeitos graves: gripe, RMM e febre amarela.
Anualmente, cerca de 80 milhões de brasileiros são vacinados contra a gripe, uma dose produzida pelo Instituto Butantan. As reações mais comuns são dor de cabeça, mialgia, mal-estar, fraqueza, calafrios e febre.
O presidente da SBIm diz que as reações mais graves são raras, mas há, por exemplo, a ameaça de anafilaxia, uma alergia grave. “Há uma escolha de cinco casos de anafilaxia para cada milhão de doses implementadas [contra a gripe] São números muito semelhantes entre as vacinas que já usamos e a vacina Covid. “
O folheto mmr, que combina sarampo, caxumba e rubéola, descreve a característica incomum – entre 0,1% e 1% das pessoas vacinadas – de inflamação no ouvido, linfonodos inchados, especialmente no pescoço, axilas e virilha, perda de apetite, nervosismo, choro, insônia, conjuntivite, bronquite, tosse, inchaço das glândulas que produzem saliva, diarreia e vômitos.
No caso da vacina contra febre amarela, a dose tem um perfil específico porque é atenuada. “Pode ter um efeito sério em uma doença semelhante à doença que protege a vacina, ao contrário da vacina de covídida. E podem ser imagens sérias. Mas é vital notar que a grande maioria das ocasiões adversas são leves a moderadas, como febre, dor, mal-estar, fadiga, o que pode acontecer com qualquer uma das vacinas que usamos, além de covid”, diz Juárez Cunha.
Durante os estudos, também foi identificada a rara opção – entre 0,01% e 0,1% dos vacinados – de reações alérgicas e convulsões relacionadas à febre. Relatórios pós-marketing relataram outras reações incomuns, como meningite; síndrome do sarampo, síndrome da caxumba; epididímite e caxumba; Síndrome de Guillain Barré, entre outros.
A cada dois dias, uma criança morreu de dores de cabeça COVID-19 no Brasil nos 21 meses da pandemia, até 6 de dezembro de 2021. Em números absolutos, havia 301 pacientes na faixa etária de 5 a 11 anos. O número de casos da doença neste público ultrapassa a marca de seis mil.
Além das dores de cabeça diretas da infecção, o Ministério da Saúde também alerta sobre os casos de síndrome inflamatória multissistema pediátrica relacionada ao covid-19 em jovens e adolescentes com idade entre 0 e 19 anos. Até janeiro de 2022, foram confirmados 1. 466 casos, somando 88 óbitos. A maioria tinha nove anos e 25% tinha histórico de doenças, como obesidade e doença central.
Apesar dos números, o Brasil caiu nos países europeus e nos Estados Unidos para começar a vacinar crianças. As primeiras doses pediátricas da Pfizer começaram a ser implementadas no início de janeiro de 2022 e Coronavac se juntou à cruzada quase um mês depois. Ambos obtiveram autorização da Anvisa.
O infectologista Juárez Cunha, pediatra, explica que estudos realizados pela Pfizer têm mostrado casos adversos graves semelhantes aos de crianças. No entanto, ele ressalta que os estudos utilizam de 2. 000 a 5. 000 participantes e que a situação pode ser reabastecida quando milhões de doses são aplicadas.
De acordo com o New York Times, a partir de novembro de 2021, os Estados Unidos haviam vacinado totalmente mais de cinco milhões de crianças entre cinco e 11 anos. eventos adversos moderados. Nenhuma morte causada pela vacina foi relatada”, diz ele.
A cruzada americana também mostrou que as crianças vacinadas contra o covid-19 têm seis vezes menos chances de contrair severamente a doença. Cunha acrescenta: “Vacinar a criança não só o protege, mas também tem uma grande oportunidade de transmissão para outras pessoas, colegas de classe”. ou mesmo família.
Com o início da vacinação de jovens no Brasil, pais, responsáveis e governo questionaram se a cruzada contra o Covid-19 nesse público merece ser obrigatória. De acordo com o parágrafo inicialmente do artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente, é necessária a vacinação de jovens menores de 18 anos se houver orientação realizada por meio de agências de fitness, como a Anvisa.
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal em janeiro deste ano orientou os promotores a acompanhar casos de pais que se recusam a vacinar seus filhos contra o COVID-19. O procurador-geral de São Paulo, Mário Sarrubbo, disse ao Comprova que uma das sanções imagináveis foi a perda temporária da custódia. Segundo a avaliação do procurador, o direito à adequação merece prevalecer, conforme estabelecido pelo TCE.
Ao mesmo tempo, o STF entende que a vacinação não pode ser forçada, permitindo que o usuário recuse, mas também permitindo a restrição das atividades previstas na lei.
Opositores da cruzada para os jovens questionam essa exigência, alegando que o Ato Nº.
Em janeiro deste ano, no entanto, o governo anunciou a inclusão da dose pediátrica no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra o Covid-19 (PNO), e no PNI. O próprio registro indica que a vacinação da diversidade etária de cinco a 11 anos é obrigatória.
Nesses casos, explica o procurador-geral de Justiça de São Paulo, utiliza-se a lei do advento do Código Civil, que trata de normas contraditórias. O texto especifica que “uma lei subsequente revoga uma lei anterior”. Assim, segundo o advogado, o TCE, que data de 1990, tem preferência. Outro ponto estabelecido pela lei introdutória ao Código Civil é que uma lei genérica possivelmente seria revogada por uma lei expressa, como é o caso da lei.
O Comprova analisa conteúdos suspeitos que viralizaram relacionados à pandemia, às políticas públicas do governo federal e às eleições.
Desde o início da vacinação contra o Covid-19, as redes sociais têm sido repletas de dúvidas sobre a eficácia das vacinas e também sobre os possíveis perigos dos efeitos adversos. Essa explicação do Comprova tem como objetivo falar sobre esses temas.
A eficácia e a proteção das vacinas são testadas e demonstradas por meio de agências e entidades como Anvisa, FDA, EUA eEUA e EMA, Europa.
Desde o início de 2021, o Comprova tem verificado diversos dados errôneos sobre as vacinas utilizadas no Brasil contra o Covid-19.
Alguns exemplos de verificação são aqueles que comprovam que a alegação de um médico de que as vacinas são “lixo” é falsa, aquela que relata que o Ministério da Saúde descartou a ligação entre a morte de um adolescente e a vacina e que um post que diz que as vacinas causaram danos ao sistema imunológico, entre outros que podem ser consultados aqui, aqui, aqui e aqui.
Este relatório levou em consideração o conhecimento sobre vacinas e covid-19 a ter até 31 de janeiro de 2022.