Tesouro rejeita plano de estímulo fiscal pelo Estado do Rio de Janeiro

Agora, o estado do Rio de Janeiro tem dias para responder às notas do governo federal (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Tesouro Nacional emitiu parecer rejeitando o pacote de estímulos fiscais apresentado pelo estado do Rio de Janeiro, argumentando que a proposta é precária e em premissas técnicas frágeis.

Uma investigação judicial realizada por meio da Procuradoria Geral da República (PGFN) também rende uma conclusão desfavorável ao Estado ao apontar a violação dos requisitos legais. Por outro lado, a Superintendência do Plano de Recuperação Fiscal manifestou sua aprovação do plano com reservas.

Agora, o Rio de Janeiro tem cinco dias para responder a notas promissórias emitidas pelo governo federal, caso contrário perderá o direito de permanecer no regime.

Um relatório elaborado pelo Tesouro e publicado na segunda-feira destaca que a proposta do Estado prevê a concessão de aumentos salariais retroativos a todas as carreiras dos servidores públicos, além de dar certos lucros genuínos ao regime. Por outro lado, o Rio propõe reduzir os investimentos para atender à exigência de restrição de gastos.

“De acordo com o plano, o cumprimento do critério de equilíbrio orçamentário está especificado no último ano do regime, mas por meio de um brutal contingenciamento de investimentos e registro máximo das dívidas remanescentes, contrariando os princípios do regime”, diz o documento. Diz.

Segundo o parecer, o plano do governo do Rio de Janeiro geraria sucessivos déficits monetários, além de uma queda média nos resultados finais número um entre 2026 e 2029 em relação aos anos anteriores.

“Ao contrário do que se esperava de um plano de reequilíbrio monetário, a proposta do estado do Rio de Janeiro não prevê uma melhoria gradual de seus indicadores fiscais”, disse.

O regime de restituição de impostos deve ser aplicado aos Estados com grave desequilíbrio monetário. Os participantes precisarão fornecer uma estratégia de cálculo. Em troca, o governo federal pode autorizar a suspensão das contas da dívida por meio da entidade.

Em relação às medidas de ajuste propostas pelo Rio, o Tesouro indica que a previsão de captação de R$ 19,6 bilhões com a securitização da dívida é positiva em relação ao histórico de operações semelhantes já realizadas por outras entidades.

Além disso, considera que a previsão de lucros de 22,4 milhões de títulos semelhantes à exploração de petróleo, com lucros concentrados no último ano do regime de estímulo fiscal, “é crível”.

Pesquisas do Tesouro indicam que pequenas diversificações nas projeções do Produto Interno Bruto (PIB) do governo nos próximos anos já gerariam um desequilíbrio no plano.

“Pode-se concluir que o plano está na prática de expansão fiscal em meio a uma conjuntura econômica, especialmente regional, recessão”, disse.

Defendendo a efetividade do plano de consolidação do Rio, o Tesouro argumenta que a participação do Estado no regime de recuperação entre 2017 e 2021 já levou à suspensão do pagamento de R$ 92 bilhões de dívidas com a União e que a nova adesão geraria um empecilho. de outros R$ 52,5 bilhões.

“Portanto, é imprescindível que esses gastos gigantes sejam eficazes no equilíbrio das finanças do Estado e, para isso, o plano terá que ser sustentável e crível”, disse.

Consultado pela Reuters, o secretário de Estado da Fazenda do Rio de Janeiro disse que as revisões da federal estão sendo analisadas.

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