Segundo o estudo “Chegou o projeto de lei: o 3º ano de destruição ambiental no governo de Jair Bolsonaro”, o IBAMA teve no ano passado R$ 219 milhões, mas pagou 41%, ou R$ 88 milhões.
Uma reportagem publicada nesta terça-feira (1) pelo Observatório do Clima (OC) mostra alguma outra negligência do governo Bolsonaro no campo ambiental. Apesar de três anos consecutivos de forte desmatamento na Amazônia, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) notou que sua força de ação parou. E o que é pior não é por falta de recursos.
Para o vice-líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (SP), o conhecimento mostra quem é o verdadeiro carrasco da selva. “O governo Bolsonaro gastou 41% dos recursos destinados ao IBAMA. O resultado foi a redução de inspeções e autos de infração e uma explosão no desmatamento e incêndios. BolsoNero, o inimigo incendiário das florestas”, criticou o deputado no Twitter.
falta de força de vontade
Após os ataques incendiários na Amazônia, um novo desastre ambiental – ainda sem um horizonte transparente de solução – atingiu a popularidade do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Pessoas próximas ao presidente admitem que a poluição das praias do Nordeste através do óleo quebrou o símbolo do governo. A erosão ocorreu (e deve se intensificar) apenas entre o eleitorado do Nordeste, mas também entre a classe média urbana.
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) publicou mapas para identificar problemas no litoral nordestino afetados pelo derramamento de óleo. A crise ambiental afetou 249 localidades, em 92 municípios, nos nove estados da região (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe). Além dos danos a 14 locais de conservação ao longo dos 2. 500 km da costa brasileira, houve mortes de animais e danos à economia local.
A Portaria 620, publicada no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro Onyx Lorenzoni, estabelece que os empregadores não podem demitir trabalhadores que não são vacinados contra o novo coronavírus.
Parlamentares lamentam a devastação do governo Bolsonaro.