A Prefeitura de Garuva (SC) solicita a instalação de barreiras de contenção às margens da BR-376, em Guaratuba (PR), para evitar novos danos causados pelo despejo de produtos venenosos no rio que atravessa as duas cidades.
A Secretaria de Saneamento Ambiental de Garuva (Sesa) informou que esteve em contato com a Organização Nacional e Nacional de Produtos Perigosos por aproximadamente 6 meses, onde fez uma denúncia de falta de barreiras na estrada.
Para a secretária de Saneamento Ambiental, Silmara Ghiggi Ramos, o município não pode mais se contentar com essa situação. “Nós não nos contentar com mais nada. Realizamos estudos, levantamentos, enviamos comunicações aos culpados solicitando medidas para mitigar os efeitos ambientais por ocasião de uma virada de destino com derramamento de produtos perigosos, seja por meio de balsas de contenção em pontos de maior ocorrência de curvas do destino, seja por outras medidas. Só nos últimos 12 anos, entre o km 664 e o km 682 da BR-376, tivemos 89 curvas de sorte com derramamentos de produtos nocivos que atingiram o Rio São João. As agências querem agir. O município vai tomar todas as medidas, e acrescentou para chamar o Ministério Público”, disse.
Nesta quarta-feira (16), o município catarinense mobilizou diversos grupos para ajudar o Instituto Água e Terra (IAT), órgão do governo do Paraná, na virada do destino que ocorreu pela manhã no km 668 da BR-376, em Guaratuba. O motorista morreu no acidente, cuja identidade só foi revelada após a tarde de quarta-feira.
O caminhão foi carregado com 32 toneladas de ácido sulfúrico residual de 69% (UN 80/1832). Um córrego que flui para os rios Santa e São João foi severamente afetado, mas o efeito sobre este último ainda não foi confirmado. .
A população orientou pela Prefeitura de Garuva, que instalou sintomas de alerta/risco nas áreas afetadas, aconselhando a não tocar com água, para consumo, natação e pesca.
A Prefeitura de Santa Catarina e o IAT iniciaram sem demora a coleta de amostras para análise de água e vida selvagem, iniciando uma investigação sobre a magnitude do acidente ambiental. Os primeiros efeitos das análises serão apresentados nesta quinta-feira (17).
Além disso, a empresa ambiental contratada por meio da empresa responsável pela carga monitora o solo e a água afetados. A notificação e quaisquer sanções ambientais a serem implementadas são dever do IAT, já que ocorreu a virada do destino no estado do Paraná.
Segundo a Prefeitura, o Rio São João é uma opção de lazer e pesca para a população de Garuva e turistas. “A barraca ficou fechada por cerca de quatro anos devido a algum outro acidente, que o produto nocivo transportado através de um caminhão também atingiu o Rio São João”, informa o município.
“A prática das atividades havia sido liberada em 27 de janeiro por meio do Instituto Água e Terra (IAT), mas ainda assim foi proibida por meio da portaria do Ibama. “Uma nova proibição imaginável no rio será explicada após os efeitos da pesquisa sobre qualidade da água, ictiodeuna e emissão de laudo técnico.
O Rio São João nasce na Serra do Mar, Guaratuba, atravessa a fronteira do estado de Santa Catarina através do município de Garuva e retorna ao Paraná para estar localizado na baía de Guaratuba. Todo o sentido Paraná fica na Zona de Proteção Ambiental – Apá de Guaratuba.
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