Para os críticos do voto feminino, a mulher não tinha intelecto e estaria confinada na casa.

Agência Senado

Brasília (Brasil)2022-02-27T15:40:00. 000Z

Este mês marca o 90º aniversário do direito das mulheres de votar e concorrer à eleição no Brasil. O avanço foi feito por meio do Código Eleitoral assinado pelo presidente Getúlio Vargas em 24 de fevereiro de 1932. Até então, as forças de segurança eram legalmente um feudo masculino.

Documentos históricos preservados nos Arquivos do Senado em Brasília revelam que os homens estão por trás da inclusão das mulheres na vida política tanto quanto possível. Desde as primeiras discussões parlamentares até o histórico golpe de Estado de Vargas, apenas 40 anos se passaram.

Foram os quadros da Assembleia Nacional Constituinte de 1890-1891 que a opção de liberar o sufrágio feminino deixou sua marca pela primeira vez na arena política, alimentada pelas promessas da Nascente República de modernizar o Brasil.

“É um assunto que eu não penso. ” O que posso dizer é que minha esposa não vai votar”, disse o senador Coelho e Campos (SE) categoricamente em 1891.

Para manter as mulheres longe das urnas e do poder, senadores contrários ao voto feminino recorreram a argumentos preconcebidos e depreciativos. De acordo com esta Assembleia Constituinte, eles tinham que permanecer confinados dentro das 4 paredes do espaço porque, se os homens perdessem por eles, o país passaria por uma convulsão social.

Em tom poético, o deputado Serzedelo Correa (PA) disse:

— Woguy, pela delicadeza dos afetos, pela sublimeidade das emoções e pela superioridade do amor, está destinado a ser o pai anjo da família, o educador do centro e o mais poderoso ético do próprio menino. no meio de paixões e lutas políticas é tirar essa santidade que é sua força, essa delicadeza que é sua graça, essa modéstia que é seu segredo. É para destruir, é para desorganizar a família. O que está em jogo é a estabilidade social.

O deputado Pedro Américo (PE), já conhecido por interpretar a obra Independência o Morte, se afastou dos luxos:

— A observação de fenômenos afetivos, fisiológicos, psicológicos, sociais e éticos me convence de que o projeto de uma mulher é mais doméstico do que público, mais ético do que político. A mulher geral e típica não é quem vai ao fórum, à praça pública ou às assembleias políticas para proteger os direitos da comunidade, mas aquele que permanece no lar doméstico exercendo as virtudes femininas, a base da tranquilidade do círculo de parentes e, portanto, a felicidade.

Mostra a promulgação da Constituição de 1891: acima, mulheres, meros espectadores da política (imagem: Aurélio de Figueiredo/Museu da República)

Na mesma linha, o deputado Muñiz Freire (ES) disse que, se as mulheres votarem e exercerem cargos públicos, o “partido de gênero na condução da vida” será decretado. Concluiu:

“Eu que o cérebro iluminado do Congresso não permitirá esta tentativa anárquica de vingança.

O deputado Barbosa Lima (CE) disse que o debate foi adiado porque, em sua opinião, nem mesmo as próprias mulheres estavam interessadas no direito de voto:

Dê força ao voto, e muito poucos trocarão os encantos de seus nobres negócios [a educação das crianças] pela ingratidão dos confrontos eleitorais ou pela seca e aridez das lutas parlamentares.

O deputado Lacerda Coutinho (SC) lembrou que naquela época, com exceção deste ou daquele estado dos Estados Unidos, em nenhum lugar do mundo as mulheres podiam votar. Para ele, essa verdade é compreensível:

— Enquanto nos homens predominam as escolas educadas, nas mulheres predominam as escolas afetivas. Tem fins que o homem não tem, e essas extremidades são tão delicadas, tão sensíveis, que para aqueles que menos desordem nervosa, um susto, um momento de excitação é suficiente. os propósitos são e as consequências são desastrosas.

Coutinho continuou:

— Se uma mulher obtém o direito de voto, ela também deve ter o direito de se candidatar. Agora acredite no que seria este Congresso, que raramente se torna um tumulto comparável às ondas do mar, se o detalhe feminino também entrasse aqui. . Se estivermos em proporção equivalente, também podemos acreditar na curiosa fisionomia que este Congresso apresentaria.

Quando o Congresso Nacional foi imaginado com mulheres, de acordo com notas taquigrafias do Arquivo do Senado, algum eleitorado reagiu com risos.

Resistência da imprensa: um 1917 mostra que o sufrágio feminino forçaria homens e mulheres a substituir seus papéis na sociedade (imagem: O Malho/Biblioteca Nacional Digital)

Para o deputado Lauro Sodré (PA), mesmo que o voto feminino fosse aprovado na letra da lei, pouco substituiria na prática:

Quando abrirmos a caixa da política para as mulheres, ela terá necessariamente que ceder à superioridade do nosso sexo nessa área.

Finalmente, prevaleceram os argumentos contra o sufrágio e a Constituição de 1891 entrou em vigor sem a concessão de direitos políticos.

A exclusão das mulheres tão enraizada na sociedade que a proibição da votação nem sequer queria ser consagrada na lei. A nova Constituição estabelece que todos os cidadãos com mais de 21 anos poderão votar e ser eleitos, com exceção de mendigos, analfabetos, infantaria pessoal e sujeito dedicado ao voto de obediência. As mulheres não estavam nesta lista de exceções. A proibição implícita. De acordo com o costume, as mulheres casadas deviam lealdade aos seus maridos; mulheres solteiras para o pai; e viúvas do filho mais velho.

Uma vez aprovada a Constituição de 1891, senadores e deputados esqueceram temporariamente o voto feminino. O fator não ressurge nas discussões parlamentares até duas décadas e meia depois. E com força total. A primeira nota fiscal apresentada na Câmara em 1917, através do deputado Maurício de Lacerda (RJ). O segundo, no Senado, em 1919, através do senador Justo Chermont (PA). Durante a década de 1920, cerca de dez novos gastos foram apresentados no Parlamento.

Embora os tempos fossem diferentes, os senadores e deputados que resistiram recorreram aos velhos argumentos dos primeiros dias da República.

Em 1917, um deputado a favor do sufrágio feminino lembrou que a Constituição brasileira não salvou as mulheres de irem às urnas e que essa proibição caiu sobre alguns grupos, como os devotos que fizeram um voto de obediência às suas congregações. O deputado Raul Cardoso (SP) respondeu:

– Amarrada pelo voto de obediência, a mulher está com o marido, que tem força conjugal sobre sua esposa.

Este não é um desafio puramente retórico. Naquela época, a força conjugal no Brasil não era mais apenas uma questão de hábito. Foi também uma decisão judicial.

Em 1916, entrou em vigor o primeiro Código Civil brasileiro, que afirmava que as mulheres casadas eram “incapazes” de realizar certos atos da vida civil. Se ela estava procurando trabalhar, obter uma herança, e até mesmo tomar medidas legais, por exemplo, eles precisavam da permissão explícita de seu marido.

Bonito, sensível e simples: um 1879 retrata o que seria a “mulher real” (imagem: O Diabo a Quatro/Arquivo Nacional)

No Senado, o parecer da Comissão de Constituição e Diplomacia sobre um projeto de votação de mulheres especifica que, uma vez que as mulheres não têm as mesmas tarefas políticas que os homens – alistamento militar, mais precisamente – elas também não terão os mesmos direitos:

“O anjo terrestre torna-se um verdadeiro cidadão em toda a extensão da palavra. Mas as mulheres podem ser chamadas ao serviço do exército e dos militares e à luta pela defesa da pátria?rifle em seu ombro estreito e fraco, botas apertadas com sapatos de couro grossos, boné inflexível para cobrir seu cabelo sedoso, andar em terreno seco ou inundado, sofrendo o tormento da sede e o flagelo da fome?O chamado sexo bonito, mas exercitando seus músculos ao ar livre, não será capaz de trazer à tona todos os esforços dentro do sucesso do sexo feio, chamado barbudo e forte. “

Ironicamente, o parecer da comissão do Senado implicava que as mulheres não deveriam contribuir significativamente para os assuntos públicos:

“Quem pode dizer a priori que a mulher, franzindo a testa com as saias nos locais de votação, cobrindo-se com as penas de seus chapéus nas regiões superiores da soberania, decote ou não, perfumada, com suas mãozinhas sensíveis, meias largas escondem sua musculatura?das pernas, atingindo várias vezes o calcanhar ao gosto de Luís XV, ele não vai dar uma contribuição para dias maiores na direção dos assuntos públicos, acelerando o progresso dos povos?”

Apesar de todas as críticas, o parecer da Comissão de Constituição e Diplomacia concluiu que a transferência era constitucional. Ou seja, apesar de sua guerra de palavras com o conteúdo, a comissão entendeu que a proposta não era inconstitucional e, portanto, só pode continuar a ser analisada pelos senadores.

Tanto na Assembleia Constituinte de 1890-1891 quanto no Senado e na Câmara dos anos de 1910 e 1920, vários parlamentares, em minoria, votaram a favor do voto das mulheres. Um deles foi o deputado Zama (BA), que em 1891 falou:

— O círculo de parentes não é desorganizado quando as mulheres praticam medicina, direito, escolaridade e funções públicas, que exigem uma dose maravilhosa de tempo, pintura e discrição. No entanto, você vai ficar desorganizado pelo fato de que você vai para o dia da eleição para votar? Não, isso não é verdade.

Zama continuou:

— Estou profundamente convencido de que a presença de mulheres nos comícios eleitorais será um detalhe de ordem e paz e contribuirá muito para salvar o clube, a adaga e a faca, se usada em nosso país, das eleições.

Artigo de jornal que o sufrágio feminino dividiu opinião no Senado em 1924 (imagem: Gazeta de Notícias/Biblioteca Nacional Digital)

Ainda na Assembleia Constituinte, o deputado Costa Machado (MG) refutou que o voto das mulheres levaria à dissolução da família:

“É a luta entre menino e woguy”, dizem eles. Meus lados em guerra precisam de um círculo de harmonia familiar fundado no namoro entre mestre e servo, entre escravo e mestre, entre vítima e carrasco.

Para ele, seria absurdo que a República brasileira nascesse sem ver os cidadãos o mais completo possível:

“Como querem, senhores, fazer um monumento [a Constituição] bonito, sólido, duradouro, se o fracasso é a base?Sua República, concebida no sentido do absurdo, é o governo de um eleitorado limitado, oligárquico e aristocrático. Esta é uma mentira tradicional, o governo republicano consiste em uma elegância dos eleitores, é composto pelo voto de todos os seus habitantes, desde que tenham força para fazê-lo.

Costa Machado concluiu fazendo uma previsão:

A humanidade que vem pode rir da nossa inaptidão e dizer: “Como os homens podem desprezar essa força maravilhosa que faz parte da raça humana, a mulher?”

No final da década de 1910, o senador Justo Chermont defendeu a aprovação de seu projeto de lei de voto pró-mulheres, dizendo que, além de reparar uma “velha injustiça”, incentivaria o voto masculino:

“Ao dar o voto político à esposa, à mãe, à esposa, à filha, ela terá um interesse direto e apaixonado pelos assuntos públicos, ela chamará seu marido, seu filho, seu pai no cumprimento do dever, e faremos o país governar a si mesmo, outros se reabilitarem com o exemplo daqueles que mais amamos na vida. A confiança é um incentivo para nossa regeneração política.

O senador Lopes Gonçalves (SE) se manifestou a favor dos direitos políticos das mulheres:

Como pode o Brasil, que pratica autonomia e liberdade em toda sua plenitude, permanecer ligado aos preconceitos, entendendo que uma mulher só pode ser usada para ser dona de casa, para se enfeitar, para se adornar, para jogar futebol, para andar?Jogos de futebol, dança, atenção à missa e outras coisas dessa natureza?O país brasileiro terá que abrir o show.

O deputado Maurício de Lacerda, de algum outro projeto de lei, resumiu:

— Votar é o exercício de um dever de consciência. E a consciência usa calças ou saias.

Um artigo de jornal mostra que o sufrágio feminino dividiu opiniões no Senado em 1924 (imagem: Gazeta de Notícias/Biblioteca Nacional Digital Àeth desta vez, ao contrário da época da Assembleia Nacional Constituinte, o argumento de que o sufrágio feminino não existia nos primeiros países Nova Zelândia em 1893 e Austrália em 1902. No final da década de 1920, a Inglaterra e os Estados Unidos, duas das nações mais influentes do mundo, já haviam concedido direitos políticos às mulheres.

No Brasil, o calor das discussões parlamentares na década de 1920 aconselhou que o voto das mulheres seria aprovado. É só uma questão de tempo.

Em 1927, de forma pioneira, o Rio Grande do Norte permitiu que suas mulheres votassem e fossem eleitas. Na época, os Estados tinham mais liberdade legislativa do que têm hoje e podem simplesmente identificar suas próprias regras eleitorais. Assim, o Rio Grande do Norte elegeu em 1928 o primeiro prefeito do Brasil. A vitória de Alzira Soriano na cidade das Lajes foi até relatada no New York Times.

Em 1930, o país testemunhou um golpe que derrubou o presidente Washington Luis e fechou o Senado e a Câmara, eliminando todas as despesas em análise. O debate sobre o direito de voto das mulheres, no entanto, já estava maduro. Mesmo com o fechamento do Parlamento, o presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto do Código Eleitoral de 1932, que modernizou a votação no Brasil. A nova regra instituiu a cédula secreta, criou a justiça eleitoral e também liberou o voto das mulheres.

No ano seguinte, mulheres brasileiras de todo o país puderam, apesar de tudo, ir às urnas junto com os homens para decidir os parlamentares que escreveriam a Constituição de 1934. Entre elas, foi eleita uma mulher, Carlota Pereira de Queirós (SP), a suplente pioneira do Parlamento brasileiro.

Para a historiadora Mônica Karawejczyk, do ebook A Mulher Deve Votar?(Paco Editorial), é um erro dar todos os créditos a Vargas e perceber o decreto como um presente generoso dele para as mulheres:

Quando a história do voto feminino é resumida no Código Eleitoral Vargas, as décadas de luta que precederam 1932 são apagadas do público que apoiou sua reivindicação. No final do século XIX, por exemplo, já havia mulheres comandando jornais. e escreveu peças que definiam o sufrágio das mulheres. No início do século XX, o movimento feminista foi fixo e tomou forma. O voto das mulheres não é uma concessão para os homens. É uma façanha feminina.

Artigo de jornal que o sufrágio feminino dividiu opinião no Senado em 1924 (imagem: Gazeta de Notícias/Biblioteca Nacional Digital)

Documentos dos Arquivos do Senado mostram que se, por um lado, as mulheres, não sendo elegíveis, podem simplesmente não fornecer seus argumentos em debates plenários, por outro lado, eles realmente exerceram forte pressão nos bastidores sobre os políticos que tinham voz. na arena. política. . A partir de 1917, durante os debates sobre projetos relacionados ao voto feminino, as feministas foram às galerias do Senado e da Câmara para se manifestarem.

As convocados da moção de sufragista no Brasil foram Leolinda Daltro, que em 1910 criou o Partido Republicano Feminino (“partido” em convocação única), e Bertha Lutz, que fundou uma década depois a Liga para a Emancipação Intelectual das Mulheres (mais tarde lembrou-se da Federação Brasileira para a Promoção das Mulheres).

Ambos demonstraram na prática que eram capazes de agir politicamente. Eles, por exemplo, sabiam como domar relações com políticos influentes.

Leolinda se aproximou da primeira-dama Orsina da Fonseca e ganhou várias vezes através do presidente Hermes da Fonseca. Foi ela quem convenceu o deputado Maurício de Lacerda a apresentar o projeto de lei de 1917.

Bertha, por sua vez, juntou-se ao círculo de amigos do senador Justo Chermont do projeto de lei de 1919. Uma das mulheres que a ajudou a descobrir a Liga para a Emancipação Intelectual das Mulheres foi a esposa da senadora Isabel Imbassahy Chermont.

Ao longo dos anos, em ações separadas, Leolinda e Bertha se mobilizaram pela causa feminista, organizaram marchas, publicaram anúncios na imprensa, se reuniram com jornalistas, distribuíram panfletos nas ruas do Rio de Janeiro, organizaram petições, enviaram cartas aos políticos.

Após a criação do voto das mulheres em 1932, os principais políticos reacionários não desistiram e propuseram revogá-lo quando o Congresso reabriu. Os deputados desta organização elegeram a Assembleia Nacional Constituinte de 1933-1934 (não houve senadores) fizeram todo o possível para garantir que o novo direito não seja consagrado na nova Constituição.

“O voto das mulheres é apenas uma manobra da direita para se garantir contra a opção de um empurrão de esquerda”, disse o deputado Zoroastro Gouveia (SP) em 1934.

Pode até levar à dissolução de muitas famílias, levando a um acúmulo de prostituição”, disse o deputado Antônio Pennafort (SC).

Direito conquistado: voto nas eleições presidenciais de 1955 no Rio de Janeiro (foto: Arquivo Nacional)

O deputado Aarão Rebelo (SC) disse que, no apelo ao “bom senso”, o Brasil imita a Alemanha e revoga o “privilégio” do sufrágio feminino:

Há alguns dias, o Sr. Adolf Hitler, em um discurso dirigido aos seus associados, recordou os maravilhosos males através do feminismo e disse que a salvação da Alemanha reside na preparação do cidadão nazista, começando pela educação doméstica confiada às mulheres. Em casa.

Para Rebelo, o feminismo nada mais é do que uma “aberração social” e, como tal, teve que ser aniquilado:

Os estilos de vida desse pseudo-ideal estão na suposta igualdade dos sexos e na necessidade imaginária das mulheres de serem autossuficientes. No Brasil, essa necessidade não existe. E, quando há, é um fenômeno passageiro, que é resolvido sem problemas com a aquisição de um marido. O casamento resolve a equação.

Os argumentos da cidadania feminina fracassaram desta vez e a Constituição de 1934 confirmando o sufrágio feminino havia sido promulgada.

No entanto, assim como o Código Eleitoral de 1932, ele explicou-o como opcional, ao contrário do voto masculino, o que é obrigatório. Isso significa que o Estado não interferiu com a força do homem dentro da casa. O woguy, mesmo que ela fosse legalmente capaz de votar, não iria às urnas se seu marido o fizesse. A igualdade política entre os sexos só veio em 1965, quando o voto feminino passou do direito ao dever.

A historiadora Teresa Cristina de Novaes Marques, professora da Universidade de Brasília (UnB) e dos livros O Voto Feminino no Brasil e Bertha Lutz (ambas Edições Câmara), lembra que, apesar de todos esses avanços legais, um número gigantesco de mulheres negras, há muito tempo permaneceu sem direitos políticos, com a lei mantendo a proibição de votar nos analfabetos.

No passado, o analfabetismo era maior entre as mulheres do que entre os homens. Até hoje, é maior na população negra do que na população branca. Em 1932, na prática, as mulheres brancas tiveram direito ao voto. Saber ler e escrever não é mais um requisito para baixar o título de eleitor.

Segundo o historiador, décadas de luta pelos direitos políticos das mulheres dão aulas para hoje:

— A exclusão das mulheres da política na vida após a morte pode ser comparada hoje com a exclusão ou subrepresentação de certas equipes sociais em cargos popularmente eleitos. Ainda hoje, as mulheres são uma minoria no poder. A história da cruzada sufragista e a biografia das feministas podem ser um estímulo e inspiração para aqueles que lutam por seus direitos hoje. Ao mesmo tempo, a história dessas sufragistas ensina que, quando precisamos de mudança, teremos que saber que ela não vai se soltar ou da noite para o dia e que, portanto, teremos que agir, pressionar, resistir, insistir. Se não agirmos, a reforma que precisamos não ocorrerá.

portal vermelho

São Paulo (Brasil)2022-02-27T14:41:58. 000Z

O senador americano Bernie Sanders, um legislador independente do estado de Vermont, alertou que o mundo pode enfrentar “a pior guerra europeia em mais de 75 anos” e sugeriu que os Estados Unidos “façam tudo o que for imaginável para procurar um diplomata”. solução para o que pode ser um conflito incrivelmente destrutivo.

Sanders não absolve Putin de seu dever sobre a crise, mas também disse que Moscou tinha “considerações legítimas” sobre a expansão da OTAN para o leste na Rússia e que a rejeição dos EUA às considerações russas é “hipócrita”. e alertou para “a retórica belicosa que cresce diante de cada guerra”

O senador de Vermont, um líder progressista no Capitólio, disse que a popularidade das “complexas raízes das tensões” na região é anunciar uma solução não violenta para a crise. “É inteligente conhecer um pouco de história. . . A invasão da Rússia não é uma resposta; nem a intransigência da OTAN”, disse Sanders. “Também é importante reconhecer que a Finlândia, um dos países mais evoluídos e democráticos do mundo, tem uma fronteira com a Rússia e decidiu não ser membro da OTAN. .

“Putin possivelmente seria um mentiroso e um demagogo, mas é hipócrita para os Estados Unidos insistir que não nos contentemos com o preceito de ‘esferas de influência'”, disse Sanders. Ele apontou para a longa cultura da política externa americana. fundada na Doutrina Monroe, que diz que os EUAvocê pode necessariamente fazer o que quiser, especialmente nas Américas. Sanders disse que foi usado para derrubar “pelo menos uma dúzia de governos”.

Ele disse que, mesmo que a Rússia não fosse governada por “um líder autoritário corrupto” como Putin, o governo russo “ainda teria interesse nas políticas de segurança de seus vizinhos”. “Diga se, por exemplo, o México formaria uma aliança militar com um adversário dos EUA”, perguntou Sanders.

“Os países são flexíveis em tornar sua própria política externa uma opção possível, mas tornar essas opções possíveis sábias requer uma atenção séria aos preços e lucros”, acrescentou Sanders. “O fato é que o acesso dos EUA e ucraniano a um namoro de segurança provavelmente resultará em preços muito significativos para qualquer um dos países. “

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *