Comerciantes de energia elétrica têm que pagar por postes, diz Telcomp

A Telcomp alega que o comércio confuso dos polos se deve ao controle precário dos postes através dos vendedores e propõe a criação de entidades que explorem 500 mil polos em todo o país, supervisionados pelo governo e associações industriais.

O DIRETOR-PRESIDENTE da Telcomp, Luiz Henrique Barbosa, argumentou hoje, há 15 anos, que os profissionais de energia também terão que entrar na carteira e contribuir para o rearranjo dos postes sobrecarregados com cabos de fibra óptica.

Participando do seminário de política de telecomunicações, organizado por meio da página online da Teletime em parceria com o Centro de Políticas, Direito, Economia e Tecnologias de Comunicação (CCOM/UnB), Barbosa disse que o desafio da profissão bagunçada faz anos e que os fornecedores não conseguiram ou fiscalizaram a execução dos projetos.

Segundo ele, há casos de fornecedores recebendo avisos de anomalias de distribuidoras de energia relacionadas ao uso de postes, apesar de uma alocação aprovada e documentação atualizada. Além disso, isps e operadores pagam pelo uso do poste. No entanto, os distribuidores não controlam a ocupação anormal.

“Há uma falsa narrativa dos provedores de que o setor de telecomunicações é 100% culpado pela ocupação desordenada. Esse não é o caso. Os distribuidores são pagos há mais de 10 anos para fazer o trabalho de organização. Há casos de fornecedores que nem sequer têm projetos superaprovados. O desafio do transtorno também é resultado da precária organização dos comerciantes de energia elétrica”, ressaltou.

Segundo ele, entidades setoriais estão envolvidas na consulta pública que foi colocada online na terça-feira. O texto aprovado pelo conselho de administração da Anatel é o mesmo da consulta da Aneel, que já estava causando apreensão.

Para a Telcomp, os preços de substituição de cabos são 100% de impostos das operadoras. “Precisamos localizar agentes que cobram preços proporcionalmente ao seu dever”, disse ele. Ao aprovar a consulta pública, o Conselho de Administração da Anatel entendeu que o texto previa taxas proporcionais às operadoras, dependendo do número de vagas que ocupam de forma irregular.

Barbosa também observou que as taxas de reorganização merecem ser baseadas apenas na cobrança e nunca merecem incorrer em encargos adicionais, como taxas de fiscalização. “Rejeitamos qualquer argumento de que as acusações merecem pagar pelas inspeções. “Ele disse.

Finalmente, ele lembrou que os quadros serão difíceis, e é por isso que os reguladores terão que se apressar para ter sucesso em uma regra boa o suficiente. “Estamos falando de 10 a 40 milhões de empregos no Brasil. Esse plano de execução vai levar mais de uma década. para ser realizado”, disse ele.

A Telcomp e outras entidades do setor realizarão um workshop na próxima semana sobre o tema. A partir dessa reunião, pretendem receber uma proposta exclusiva a ser levada à consulta pública aberta pela Anatel.

Especificamente, diz Barbosa, a Telcomp tem defendido a criação de uma organização que reúne organizações da MCom, Anatel, Aneel, Minas e Energia e indústrias.

Esta organização seria culpada de construir as regras operacionais de uma entidade de controle de cluster. Tal entidade teria um papel de “guardião”, examinando e organizando a ocupação, com orçamento oriundo de fornecedores e telecomunicações. Haveria várias entidades em todo o Brasil, controlando cerca de 500 mil postes.

As entidades pretendem acentuar o debate. Marcos Ferrari, executivo-chefe da Conexis, que representa as operadoras de telefonia celular, disse que “não se trata de resolver este ano, é urgente ter uma solução”.

Segundo ele, distribuidores, Anatel e operadoras têm “maturidade” para sentar à mesa e construir um “caminho equilibrado para todos os atores, esse desafio exige um diálogo mais intenso”, resumiu.

Na terça-feira, o vice-presidente da Anatel, Wilson Wellisch, disse que a empresa concluiria a elaboração do regulamento sobre postes compartilhados até 2023.

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